Plenário

Sessão Ordinária - Grande Expediente - Comunicações - Lideranças

Vereadora Mônica Leal na tribuna
Vereadora Mônica Leal na tribuna do Plenário Otávio Rocha (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante os períodos destinados para manifestações em Grande Expediente, Comunicações e Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (7/6), na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadoras e vereadores fizeram os seguintes pronunciamentos:

AMEAÇAS - Pedro Ruas (PSOL) prestou solidariedade à ex-vereadora Manuela D’ávila, que “sofreu ameaças de morte”, e sua filha de cinco anos de idade, que, segundo o vereador, sofreu ameaças de estupro. Ruas apontou que as ameaças foram “amplamente divulgadas nas redes da ultradireita que fazem apologia ao crime” e considerou a ação “algo inominável, um absurdo”. Disse que a oposição está verificando se há transmissão dessas informações por parte de vereadores. “Se houver, vamos à Comissão de Ética e terminar com isso. Vamos responsabilizar os autores, divulgadores desse tipo de delito”. (RF)

REPÚDIO - Bruna Rodrigues (PCdoB) repudiou os ataques que ex-vereadora tem sofrido. “Manuela D’Àvila não teve sua filha poupada, uma criança de 5 anos, que foi exposta em redes sociais”, ressaltou. A vereadora explicou que a política deve e precisa ser cada vez mais revista. “Essa mesma campanha que mata aos montes os brasileiros no país é feita pelos mesmos que atacam a Laura, a filha da Manuela. Vivemos um período tão difícil em que as campanhas de ódio não poupam nem as nossas crianças”. Bruna enfatizou que não pactua com esse tipo de coisa. "Temos que repensar a forma de se fazer política e aqui temos a maior bancada de mulheres e por isso temos que nos unir por todas aquelas mães que sofrem por ver o repúdio de seus filhos”. Por fim informou que sua bancada fará uma Moção de Repúdio contra esse ato. (PB)

PREVIDÊNCIA - Comandante Nádia (DEM) falou sobre a reforma da Previdência Municipal: “O sindicato dos servidores tomou para si esta causa que não é dele". E continuou: "Aqui faço uma comparação: Com a reforma, uma professora municipal vai se aposentar com R$ 9.064,00, com paridade e integralidade. E se o professor da ativa receber um aumento de R$ 11 mil, o que estiver aposentado irá receber o mesmo”, explicou. Segundo a vereadora uma professora da rede privada que recebe R$ 8 mil reais irá se aposentar com muito menos. Nádia também apresentou dados sobre a deputada estadual Sofia Cavendon (PT). “A deputada, que ingressou na carreira de professora de educação física em julho de 1995 e trabalhou em aula somente oito anos, se aposentou com um salário de R$ 14 mil reais e acha conveniente ficar protestando contra a reforma”, finalizou. (PB)

ALÍQUOTA - Hamilton Sossmeier (PTB) destacou as alíquotas atuais da Previdência Municipal e ressaltou que o remédio menos amargo é a aprovação da reforma que irá gerar benefícios a todos. “Fico feliz em saber sobre os servidores que vieram até mim e atentaram que 22% de alíquota vai gerar uma carga expressiva”. Conforme Sossmeier, os servidores que entenderam isso buscam também reposição salarial. “Respeito os colegas por sua consciência e seus mandatos, mas entendemos que é um remédio menos amargo a reforma. A matemática não tem mágica e quando as contas não fecham precisamos encontrar algo que seja o mais justo a todos. (PB)

MOÇÃO- Aldacir Oliboni (PT) se solidarizou com Manuela D’Ávila e sua filha Laura e repudiou ações da extrema-direita. “A bancada do PT também manifesta a sua indignação às agressões e ameaças contra Manuela". Oliboni lembrou que ela já foi vereadora em Porto Alegre, além de deputada federal e candidata a vice-presidência da República. "Manuela é uma referência, e fez mais de 46% de voto para a prefeitura”. Oliboni lamentou que ela e sua filha tenham sido vítimas de um compartilhamento de imagens. “Todas essas ações são alimentadas com sentimentos de ódio. (PB)

DECEPÇÃO - Airto Ferronato (PSB) também se solidarizou com a ex-deputada Manuela D’Ávila e sua filha Laura. Ele ainda manifestou sua “profunda decepção” com a postura do vereador Idenir Cecchim (MDB), que o chamou de homofóbico na última semana e divulgou seu contracheque em redes sociais. O parlamentar também lamentou ter ouvido comentarista da Rádio Guaíba afirmando na manhã de hoje (7/6) que ele teria trabalhado por apenas dois anos na prefeitura de Porto Alegre e se aposentado com salário de R$ 42 mil. “Primeiro que não ganho esse salário e segundo que nunca fui servidor municipal”, afirmou, destacando que foi aprovado em diferentes concursos públicos, tendo atuado no Estado e na União por mais de 15 anos, até ser eleito vereador da Capital. (ALG)

AMEAÇAS - Ramiro Rosário (PSDB) disse abominar completamente qualquer tipo de ameaça, ainda mais a uma criança, como temos visto em algumas redes sociais. “Acredito que nenhum vereador vá bater palmas para isso”, afirmou, destacando que ele mesmo já foi ameaçado em rede social e por isso sabe o quanto isso machuca o alvo das ameaças e seus familiares. Ele pediu ao vereador Aldacir Oliboni (PT) para que retirasse a manifestação ligando o vice-prefeito Ricardo Gomes e seus familiares ao compartilhamento das mensagens de ódio. Ele disse que Gomes “tem sofrido muito nos últimos dias devido a esta injusta” e já fez denúncia ao Deic para verificar a autoria da “campanha difamatória”. (ALG)

ESTERILIZAÇÃO - Lourdes Sprenger (MDB) celebrou o atendimento de demanda de seu mandato para a ampliação da esterilização de animais domésticos da população carente. Ela informou que na próxima quinta-feira (10), serão abertas as inscrições para esterilização de cães e gatos de moradores de Porto Alegre. Para ter direito ao benefício, o interessado deverá estar inscrito no CAd único, apresentar o cartão NIS ou comprovante de renda de até três salários mínimos. A vereadora acrescentou que, assim como ocorre nas internações de humanos, o responsável precisa acompanhar seu pet no pós-operatório. Lourdes também reivindicou a regionalização do serviço de castração para que moradores de diferentes bairros possam ter acesso ao mesmo. (ALG)

AMEAÇAS II - Mônica Leal (PP) também manifestou apoio à ex-deputada Manuela D’Ávila e disse que cada vez mais se surpreende com a manifestação de inverdades e ofensas nas redes sociais. “Como jornalista, quero dizer que hoje o exercício da liberdade de expressão, um importante direito que a democracia conquistou, está completamente banalizado”, afirmou, destacando que o direito não exime quem se manifesta da responsabilidade sobre sua fala. Ela mostrou imagem de uma postagem no MBL durante a última campanha eleitoral, atacando o vice-presidente, general Hamilton Mourão. “Eu senti na pele”, afirmou, declarando que todos as que forem agredidos contarão com o seu apoio. “Tenho 20 anos de política. Sei aquele que sobe aqui, faz uma coisa e faz outra”, frisou. (ALG)

IMPEDIMENTO - Felipe Camozzato (NOVO) relatou tentativa de ter sido impedido de entrar nas dependências da Câmara Municipal de Porto Alegre por manifestantes que não concordam com a sua decisão de votar favoravelmente à Reforma da Previdência. Camozzato, que afirmou ter sido ameaçado, considerou a atitude dos manifestantes como antidemocrática, e defendeu que é preciso existir uma divergência saudável e sem violência. (LC)

VIOLÊNCIA INFANTIL - Ao mencionar a Frente Parlamentar de Combate à Violência contra Crianças e Proteção à Infância, lançada pela vereadora Fernanda Barth (PRTB), o vereador José Freitas (Republicanos) falou sobre os números da violência infantil no período da pandemia em que crianças e adolescentes estiveram fora da escola. Freitas defendeu o acolhimento oferecido aos alunos em sala de aula, e disse que é necessário lutar por políticas públicas, equipar conselhos tutelares e órgãos que atendem crianças e adolescentes. (LC)

EMPREGO - Kaká D'Ávila (PSDB) informou que protocolou projeto em busca de fomentar a geração de emprego e renda. Além de uma remuneração por seis horas de trabalho, o trabalhador também receberia uma cesta básica para revitalização de praças, de paradas de ônibus e outras necessidades de zeladoria da cidade. A verba para os pagamentos seria oriunda dos valores devolvidos anualmente pela CMPA ao Executivo municipal. (LC)

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Priscila Bittencourte (re,. prof. 14806)
Liziane Cordeiro (reg. prof. 14176)
Ana Luiza Godoy (reg. prof. 14341)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)