Plenário

Sessão Ordinária - Grande Expediente/Lideranças

(Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Grande Expediente e Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (6/7), trataram dos seguintes temas:

DESCONTENTAMENTO - Adeli Sell  (PT) destacou que o prefeito se utilizou do lançamento de um decreto bastante restritivo para apresentar um conjunto de projetos de lei, muitos dos quais já tramitam na Casa, sem que tenha tido êxito na sua aprovação. Disse que a falta de maioria ficou ainda mais evidente diante do silêncio de algumas bancadas que até então faziam parte da base do governo. Anunciou que a bancada do PT lançará uma nota em que afirmará o descontentamento quanto à gestão da crise pelo Executivo. Elogiou a iniciativa do Legislativo em realizar uma reunião com a participação de representantes dos setores empresariais e sindicais e cobrou que o governo deveria ter formado um comitê de crise com a presença de representação da sociedade civil. Ressaltou que soube da realização de algumas reuniões pelo governo, mas sempre feitas diante da pressão pela publicação de decretos restritivos à economia da cidade. Disse que o prefeito se ofendeu e não respondeu as perguntas dos vereadores de oposição. Falou que, ao contrário do que disse  Marchezan, não há monopólio da Procempa e que os investimentos em 100 km de fibra devem ser preservados. Que a tentativa de privatização do prefeito colide com o artigo 84 da Lei Orgânica e, ainda, criticou a falta de investimentos em leitos de UTIs e aquisição de EPIs para servidores. (MG)

TESTAGEM - Aldacir Oliboni (PT) lembrou que a presença do prefeito era esperada, especialmente pelos inúmeros questionamentos de parlamentares que percebem a ausência de um plano eficaz de combate ao coronavírus, a exemplo do que ocorre no Estado e no País. Disse, também, que o prefeito não respondeu a questões objetivas sobre a testagem para a Covid-19, por exemplo; do porquê comprou 111,3 mil testes e até agora só utilizou 8.242, conforme dados do site transparência. Que não tem plano e nem diz onde está colocando o recurso público no combate à pandemia. Para Oliboni, ao defender a contratualização de leitos de UTIs, ou seja a compra na rede privada e filantrópica, demonstrou que o discurso do legado que ficaria para a comunidade estará nas mãos da iniciativa privada. Disse que o uso de recursos do fundo de saúde para a propaganda pode ser legal, mas nesse momento é imoral. Para o vereador, o prefeito não disse nada de novo, assim como ocorreu quando participou o secretário de Saúde. Que o foco foi o envio de projetos e a votação, muitos dos quais retiram direitos dos servidores. Por fim, falou que a prefeitura segue recebendo recursos federais para a alimentação dos estudantes, mas não os repassa; missão que está sendo feita por ONGs nas comunidades. Que o prefeito joga a responsabilidade para a Câmara, sem ter um plano estratégico para a saúde e a economia de Porto Alegre. (MG)

Texto

Milton Gerson (reg.prof. 6539)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)