Sessão ordinária / Lideranças
No período de Lideranças da sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre desta segunda-feira (11/11), os parlamentares abordaram os seguintes tópicos:
JORNADA - Biga Pereira (PCdoB) repercutiu as discussões feitas nas redes sociais sobre a Vida Além do Trabalho, movimento que pauta o fim da escala de trabalho 6 por 1: “Na Inglaterra, uma centena de empresas participou de uma pesquisa sobre a redução da jornada, na qual se concluiu que trazia benefícios e que não afetava a produtividade, pelo contrário”. Também apontou que a lógica de trabalho 6 por 1 piora a qualidade de vida de milhões de trabalhadores. (TP)
PROJETOS - Moisés Barboza (PSDB) destacou dois projetos aprovados pela Assembleia Legislativa do RS: o PL 145/2024, que institui a política estadual de desassoreamento dos rios, e o PL 325/2024, que visa desenvolver o sistema hidroviário estadual: “Essas políticas são importantes para que nós possamos desenvolver todo o potencial que merecemos em Porto Alegre”. Também saudou o anúncio do governador Eduardo Leite (PSDB) de ampliação no número de escolas com turno integral. (RR)
SERVIDORES - Roberto Robaina (PSOL) criticou o projeto do Executivo que propõe a extinção da licença-prêmio dos servidores municipais, afirmando se tratar de uma tentativa do governo do prefeito Sebastião Melo e do ex-prefeito, Nelson Marchezan, de "liquidar com os direitos" dos servidores. “Eu quero deixar claro: não vai passar no dia de hoje. O governo não vai tirar a licença-prêmio dos servidores municipais. Não vai passar e eu quero dizer mais, não vai passar porque é ilegal”, ressaltou. (BPA)
DESMATAMENTO - Jonas Reis (PT) comemorou a redução da taxa de desmatamento da Amazônia no último período analisado (de agosto de 2023 até julho de 2024), no qual houve queda de 30,6%. No Cerrado, houve redução de 25,7%. Segundo o vereador, esta é uma ação prática para resolver os problemas da crise climática. Também saudou a luta dos municipários contra a extinção da licença-prêmio e colocou seu mandato à disposição para enfrentar o projeto. (TP)
LICENÇA - Idenir Cecchim (MDB) respondeu aos vereadores Jonas Reis e Roberto Robaina: “Eu quero garantir para vocês, nós não vamos votar esse projeto neste ano”. O parlamentar também comentou os resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos: “Não foi só o Trump que ganhou a eleição. Quem ganhou a eleição foi a ideia do trabalho. De quem trabalha, de quem gera renda”. (BPA)
SAÚDE - Psicóloga Tanise Sabino (MDB) compartilhou uma ferramenta voltada para a saúde mental das vítimas das cheias que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. O programa Text4Hope-RS oferece apoio diário por meio de mensagens positivas enviadas por profissionais da saúde mental, e tem mostrado uma redução de 25% nos sintomas relacionados ao estresse, ansiedade e depressão, de acordo com ela. “Não se trata de um conteúdo genérico de autoajuda, mas sim de profissionais da saúde mental que fizeram este programa com o objetivo de reduzir os sintomas de estresse pós-traumático”, destacou. (RR)
MEDIAÇÃO - Mari Pimentel (Republicanos) discutiu o tema da reforma do plano de carreira dos servidores públicos do município. Ela criticou a redução do debate para o âmbito estritamente econômico e financeiro. Para a vereadora, é preciso revisar o modelo como um todo: “Nós precisamos que a nova geração de servidores queira estar nas escolas, nos postos de saúde, em todos os locais, servindo à população”. (TP)
AGRO - Fernanda Barth (PL) criticou o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar, que tem como objetivo tornar a agricultura brasileira mais orgânica. “Todos querem produzir de forma mais natural e sustentável. O que nós não podemos é criar regras que obriguem todo o setor do agro a ser orgânico ou carbono zero sem que haja avaliação de impacto econômico e nem da segurança alimentar e da soberania dos nossos produtores.” (RR)
TRUMP - Tiago Albrecht (Novo) comentou a nomeação de Susie Wiles para chefe de gabinete do governo de Donald Trump: “O Trump, com uma caneta, detonou todos vocês de esquerda. É o primeiro a colocar uma mulher como chefe de gabinete”. Ele também fez críticas às posições da oposição sobre o funcionalismo e em relação ao conflito no Oriente Médio: “Defender o Hamas, aqui na Esquina Democrática, é uma barbada. Quero ver defender o Hamas na Faixa de Gaza”. (BPA)
CRÍTICA - Pedro Ruas (PSOL) defendeu a luta dos servidores municipais e criticou o que considerou como ofensas aos municipários presentes no plenário. “No meio sindical, ser chamado de pelego é algo muito grave. Não posso aceitar que pessoas que não tenham microfone, que não tenham a tribuna, sejam ofendidas desta maneira. Se elas não podem responder, como podem ser ofendidas?”, questionou. Também defendeu que pelo menos um dos presentes pudesse ter direito a responder às críticas. (TP)