Sessão Ordinária / Lideranças
Na sessão ordinária desta tarde (5/9), na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras abordaram os seguintes assuntos no período de Lideranças:
PREFEITO I – Fernanda Melchionna (PSOL) lamentou ataques feitos pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior aos servidores municipais em entrevista concedida na terça-feira a emissora de rádio da Capital. “Quem chama os servidores de criminosos só pode ser chamado de psicopata”, disse a vereadora, e completou: “Não há nenhuma outra palavra para definir (o prefeito). Ele está fora de qualquer limite de razoabilidade”. Fernanda também criticou Marchezan por ele ter revelado que área destinada pelo Estado para a Ocupação Mirabal – que atende mulheres vítimas de violência - não será usada para esta finalidade. “Isso não é um desrespeito só com as mulheres, mas com o conjunto da cidade”, afirmou. “Se tem um criminoso no Município, é o prefeito que desrespeita a cidade”, lamentou. (HP)
QUÓRUM – Aldacir Oliboni (PT) citou críticas feitas através da imprensa sobre a falta de quórum em sessões da Câmara Municipal: “Não concordo muito”. Conforme o vereador, é preciso observar que as presenças durante as sessões, às vezes, ultrapassam o mínimo de 19 presentes, mas, para o período de Ordem do Dia – momento de votações –, esse número não é alcançado. “Dizem ser a oposição que tira o quórum, mas há 10 sessões quem não dá presenças é a base do governo”, informou. Oliboni afirmou que isso vem acontecendo pelo fato de a base do governo ter percebido não conseguir os votos necessários para aprovar projeto de lei do Executivo sobre os fundos municipais. (HP)
PREFEITO II – Sofia Cavedon (PT), falando em Liderança de Oposição, se disse chocada com a declaração de Nelson Marchezan Júnior sobre os servidores municipais de "não negociar com criminosos". “Entendo que o Simpa pode processar o prefeito por danos morais”, afirmou, ao revelar ser filiada ao Sindicato dos Servidores e, por isso, também ter ficado ofendida. A vereadora lembrou que muitos dos funcionários do Município não conseguem realizar seus trabalhos pela falta de condições. Sofia citou casos da educação, onde professores foram designados para atender áreas diferentes de sua formação, ou de bibliotecas que foram fechadas, sendo o professor alocado em sala de aulas. “Ele que é criminoso, acusa sem razões, sem provas”, criticou. (HP)
PESSOALIZAÇÃO – Moisés Barboza (PSDB) lamentou que questões políticas da cidade venham sendo pessoalizadas e usadas para o que ele definiu como “discurso de ódio”, com o objetivo de destruir o governo municipal. “Fazem política com o fígado, não com a inteligência ou para o bem das pessoas.” O vereador disse ainda fazer um apelo para que as pessoas reflitam sobre isso e afirmou que a “sociedade não aguenta mais ter de pagar (impostos) e não ter serviços”. Conforme Moisés, a população também “está cansada da política da raiva, do populismo”. Ainda creditou o fato de partidos dominarem sindicatos, como o Simpa - “a maioria dos diretores é filiada ao PT” –, motivo pelo qual as questões são pessoalizadas. (HP)
PREFEITO III - Clàudio Janta (SD) criticou o que chamou de política do ódio. Explicou que ela tem causado diversos malefícios na cidade, mas aparece mais explicitamente em épocas eleitorais, principalmente por meio de candidatos “salvadores da pátria”. Pediu cuidado para os candidatos que anunciam ter todas as soluções. “Dizem que não aumentarão impostos, que resolverão os problemas de maneira milagrosa. Na verdade, são soluções velhas, arcaicas: culpabilizam as pessoas que estão na ponta, atendendo a população nos postos de saúde, nas escolas, etc”, complementou, apontando o prefeito municipal como um propagador de ódio e responsabilizando-o por não buscar confortar os cidadãos. (AM)
CIVISMO - Comandante Nádia (MDB) lamentou o descaso público e político durante a sessão solene de ontem para celebrar a Semana da Pátria. Segundo ela, interesses pessoais, políticos e ideológicos não devem se sobrepor a interesses coletivos e nacionais. Também destacando a recente homenagem aos 20 anos do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), lembrou que a Brigada Militar não atua somente na repressão do crime: “Também é preventiva, trabalhando para auxiliar os mais carentes”. (AM)
Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Alex Marchand (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)