Plenário

Sessão Ordinária/ Lideranças

  • Movimentações de plenário. O vereador João Bosco Vaz fala sobre movimentações para interferir na presidência da Casa. Na foto, o vereador João Bosco Vaz e a vereadora Mônica Leal.
    Vereador João Bosco Vaz (PDT) e vereadora Mônica Leal (PP) (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • Movimentações de plenário.
    Vereador Mendes Ribeiro (MDB) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Na sessão ordinária desta quarta-feira (31/10), os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre utilizaram o período de Lideranças para debater os seguintes temas: 

ASSISTÊNCIA - José Freitas (PRB) falou sobre as dificuldades que constatou no cotidiano de decientes auditivos na cidade. Ao visitar a Central de Intérprete de Libras no município de Alvorada na terça-feira, o vereador declarou que se trata de uma grande parcela da população gaúcha. De acordo com ele, em torno de 420 mil pessoas possuem deficiência auditiva que não estão sendo bem atendidas. "É fundamental que o governo venha a ter este olhar." Após esta constatação, José Freitas declarou que em abril deste ano foi feita uma indicação ao prefeito, para que cidade também aderisse à central de atendimento fornecida em Alvorada. A ideia, segundo o vereador, é criar uma central com uma equipe que possa, além de realizar o atendimento em Libras no local, acompanhar pessoas em agências bancárias e, em especial, consultas médicas. (MF) 

ELEIÇÕES - Cassiá Carpes (PP) fez uma reflexão sobre o contexto político atual. Em sua observação, quase todos os partidos políticos foram punidos pela população nesta última eleição, principalmente aqueles que passaram pelo governo federal. O vereador ainda destacou a importância da Operação Lava-Jato no país e o poder do voto. "As urnas são irreversíveis." Para ele, com o novo governo no poder surge a esperança de uma boa atuação. "O que a população quer é mudança." Cassiá ainda afirmou ser a favor do sistema democrático e que acredita na legitimidade da disputa de militares a cargos políticos. O vereador ressaltou também que é contra a reeleição. (MF)

SAÚDE - Aldacir Oliboni (PT) se manifestou acerca de denúncias feitas por um grupo de trabalhadores da área da saúde. Conforme exposto por ele, uma empresa que presta serviços de portaria e cozinha nas unidades de saúde da Capital vem cometendo irregularidades que ferem os direitos de seus funcionários. Segundo o vereador, a empresa não paga vale transporte, atrasa salário, não dá férias e não paga as rescisões dos trabalhadores. Caso o contrato com a empresa seja renovado com o município, Oliboni afirmou que fará o requerimento para que a empresa compareça à Câmara e preste esclarecimentos sobre a situação. "Estão lesando os trabalhadores", lamentou o vereador. (MF) 

ELEIÇÕES II - Mendes Ribeiro (MDB) disse que, na condição de líder do seu partido, não poderia deixar de falar das eleições do último domingo (28/10). Mendes Ribeiro considerou atribuiu a derrota do MDB, na disputa ao Governo do Estado, às dificuldades enfrentadas, assim como “pela tradição dos gaúchos de não reeleger governador”. “O ex-governador José Ivo Sartori enfrentou turbulências, uma crise política econômica em âmbito nacional, e mesmo assim fez inúmeros votos”, relatou. De todo o modo, o vereador destacou os peemedebistas eleitos. “Fizemos oito deputados estaduais e quatro federais”, mencionou. “A eleição acabou, mas o processo ainda é pulsante. Devemos promover o debate do MDB sobre os novos tempos da política em benefício da qualidade de vida dos cidadãos. Sou a favor do diálogo, da construção em prol das pessoas e do desenvolvimento do RS”, finalizou. (BSM)   

ELEIÇÕES III - Em um primeiro momento, Tarciso Flecha Negra (PSD) parabenizou o time do Grêmio pelo jogo da última terça-feira (30/10), mesmo que ele tenha sido derrotado. “Perder ou ganhar são detalhes. O Grêmio jogou com garra e vontade”, elogiou. Na sequência, Flecha Negra falou das eleições, da vitória do eleito Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PSL). “Quem votou nele ou não, agora não adianta. Temos que ajudar o Brasil a ser o que queremos. O que falta é olharmos para dentro de nós mesmos. Minha bandeira é a paz, o amor, ser solidário, ajudar o Rio Grande e o país”, disse. “Trabalhei 16 anos nas periferias e sei o que é isso. Não sou oposição. Sou independente. Sou o voto de Porto Alegre”, afirmou o vereador. (BSM)

TERCEIRIZAÇÃO - Cláudio Janta (SD) relatou os atrasos na saúde e nas escolas do município. “Empresas prestadoras de serviço têm atrasado os vale-refeição e transporte, mas mesmo assim têm conseguido pagar os salários, porque buscam empréstimos”, declarou. “Isso ocorre pelo fato de que aprovamos uma lei que diz que as cooperativas têm que ter uma “gordura” para arcar com os contratos”, contou Janta. Na oportunidade, o vereador comentou a política da terceirização, no município. “Essa política de serviço não torna os funcionários das empresas terceirizadas servidores de Porto Alegre. Acho que os técnicos da Fazenda não pensam na população”, relatou ele ao comparar as cooperativas, de contratos pequenos, com grandes contratos. “Temos que cobrar compromisso e postura dos governos e dos partidos políticos.” (BSM)

PRESIDÊNCIA - João Bosco Vaz (PDT) falou do acordo da Mesa para a presidência da Casa nos próximos quatro anos. “É inadmissível e até inacreditável que ocorra influência externa para definir quem vai ou não presidir esta Casa”, lamentou. “A bancada do MDB foi muito firme quando manteve o vereador Valter Nagelstein (MDB), na presidência, enquanto existiam influências externas para ele não ser o escolhido”, contou. Bosco Vaz relatou “sentir uma tentativa de não deixarem a vereadora Mônica Leal (PP) ser a próxima presidente”. Na tribuna, ele pediu ao PP que o acordo assinado fosse mantido. “Quem quer escolher presidente e não está aqui tem que se eleger vereador e vir para cá.”, disse o pedetista. (BSM)

PRESIDÊNCIA II - Em período de oposição, Adeli Sell (PT) referiu-se aosrumores sobre uma tentativa de impedir a vereadora Mônica Leal (PP) de assumir a presidência da Câmara no próximo ano, além de possíveis articulações que, segundo ele, estariam sendo feitas sobre a votação da formação da próxima mesa diretora da Casa. “Quando não se obedece a democracia, ocorre esse tipo de esculhambação. Um dá uma rasteira no outro”, afirmou. Ele também fez queixa sobre a decisão dos vereadores em deixar a oposição de fora da mesa diretora e de cargos nas comissões. “A Câmara deveria respeitar sua tradição, fazer uma divisão equânime dos cargos”, lamentou, pois segundo ele, retrataria melhor a representação democrática da cidade. Adeli ainda propôs uma discussão sobre a qualidade do asfalto de Porto Alegre. (MC)

EDUCAÇÃO - Professor Wambert (PROS) revelou seu temor sobre o “nível de conflito” que, segundo ele,  estaria travestido de liberdade, em manifestações estudantis ocorridas no Colégio Marista Rosário na segunda-feira (29/10). Ele ainda questionou a espontaneidade da ação que, para ele, foi supostamente influenciada por adultos. “O que estamos ensinando a nossas crianças? Aversão à democracia?”, questionou. O vereador defendeu que a escola não deveria ser um local para conflito e, sim, deveria ensinar a solidariedade, a paz social, o patriotismo e os valores da democracia. Segundo ele, vivemos em uma crise de racionalidade e, para combater isso, convocou os “homens de boa vontade” para a realização do bem comum. (MC)

ELEIÇÕES IV - Roberto Robaina (PSOL) celebrou a eleição da vereadora do seu partido, Fernanda Melchionna para a Câmara Federal. “Vai fazer imensa diferença no Congresso Nacional”, avaliou. Segundo ele, a vitória de candidatas do PSOL pelo Brasil caracterizam um fenômeno que ele definiu como “primavera feminista”, um movimento do empoderamento e luta das mulheres que gerou a campanha “#EleNão”. Robaina se colocou como oposição ao presidente eleito, por mostrar preocupação com as políticas planejadas por Jair Bolsonaro, além de criticar a falta de ação do político enquanto fazia parte do Partido Progressista (PP), que possui o maior número de envolvidos na operação Lava Jato. O vereador também teceu críticas aos governos do PT, que ele diz ter aceitado a lógica política tradicional dos partidos, "representando os grandes grupos empresariais, os latifundiários e as empreiteiras”. O vereador ainda defendeu a autonomia e a livre expressão das universidades brasileiras. (MC)

EDUCAÇÃO II - Em tempo de liderança de governo, Mônica Leal (PP) abordou o caso do Colégio Marista Rosário e questionou a nota da escola, que afirma a espontaneidade da manifestação dos estudantes. Ao citar trechos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Lei nº 9394/96, que defendem o exercício da cidadania, questionou o papel da escola como educadora. “Os mais velhos têm a obrigação de orientar e não de incitar ou deixar que se levem por algumas colocações equivocadas”, disse. A vereadora afirmou que entrou com um ofício solicitando que o ocorrido seja uma pauta discutida entre a Cedecondh e a Cece. Mônica ainda observou que a eleição de Bolsonaro ocorreu por a população estava cansada com a falta de ética, com a corrupção. “Nós queremos um presidente decente, sério, com rigor no dinheiro público”, disse. (MC)

 

Texto de: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
               Bruna Schlisting Machado (estagiária de jornalismo)
               Matheus Closs (estagiário de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:Lideranças