PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário
Movimentação em Plenário nesta terça-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Na sessão plenária de hoje (11/7) da Câmara Municipal, vereadores e vereadoras de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos em seus discursos de Lideranças:

RODEIOS - Cintia Rockenbach (Podemos) discursou sobre o projeto de revitalização do Parque Harmonia, especificamente a planejada arena de rodeios a ser construída. Segundo a vereadora, são estruturas destinadas a espetáculos de tortura e sofrimento e, consequentemente, não deveriam ser vistos como algo moderno ou atrativo para a cidade. Rockenbach esclarece não ser contra o tradicionalismo, apenas o rodeio. ”É triste e revoltante ver que enquanto países desenvolvidos e modernos ao redor do mundo estão banindo e proibindo esse tipo de atividade, nós vamos na contramão e erguemos um templo para a realização desses espetáculos.”

EXTREMISMO - Leonel Radde (PT) comentou sobre Marcelo Arruda, tesoureiro do PT morto por um bolsonarista durante sua festa de aniversário. Radde condenou quem chama o caso de uma “disputa de extremos”, pois lembra que o único grupo a ver na violência uma saída é aquele ligado ao atual presidente Jair Bolsonaro. “Em 2018, Bolsonaro falou em um comício que a turma dele deveria ‘fuzilar a petralhada’. Dois dias antes do assassinato de Marcelo, ele declarou que ‘seu grupo sabia o que tinha de ser feito’. Tudo isso cria um clima insustentável.”

CONTROVÉRSIA - Cassiá Carpes (PP) retomou a fala de Radde para dizer que a morte do prefeito Celso Daniel, pelo PT, partido do qual fazia parte, também não deve ser esquecida. O vereador criticou Radde, considerando-o duro em alguns de seus discursos. Todavia, esclareceu que quer que as campanhas eleitorais sejam limpas e visando o futuro do Brasil. "Quanto menos agitação, melhor."

SOLIDARIDADE - Daiana Santos (PCdoB) criticou a fala de Cassiá Carpes e se solidarizou com o PT. Também trouxe o tópico do estupro de pacientes pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra enquanto estavam sedadas. “Se nós não apresentamos possibilidades de políticas efetivas, nós estamos dando margem para que isso continue.” A vereadora ainda relembrou outros casos das últimas semanas contra as mulheres, como a denúncia de assédio sexual contra o presidente da Caixa e a criança de 11 anos estuprada que foi impedida de fazer um aborto legal.

VIOLÊNCIA - Laura Sito (PT) ressaltou a gravidade das acusações do vereador Cassiá Carpes (PP), sem nenhum embasamento. Segundo o parlamentar, o PT mandou assassinar o prefeito Celso Daniel.  A vereadora citou também o assasintato do apoiador do ex-presidente Lula em Foz do Iguaçu (SP). “Nós já vínhamos apontando isso há muito tempo. Nesta Casa, inclusive, nós da bancada negra, entre outros vereadores, já recebemos ameaças de morte por conta destes grupos extremistas. Passamos o ano passado debatendo o avanço da violência política”, afirmou Laura Sito.

ATENTADO - Alexandre Bobadra (PL) diz se preocupar com a onda de violência que assola o Brasil. Segundo o parlamentar, essa onda de intolerância política começou em 2018, onde o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, sofreu um atentado. “Um homem filiado a um partido de esquerda ultrarradical enfiou uma faca no coração do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro. Ele errou, e pegou no estômago, e por meio milímetro não matou nosso presidente”, ressaltou Bobadra.

BOLSONARISMO - Roberto Robaina (PSOL) falou que a morte em Foz do Iguaçu foi o primeiro assassinato político logo no início de uma campanha eleitoral. Segundo o vereador, este é um evento que é da natureza do bolsonarismo, da natureza fascista, que busca destruir a capacidade do povo de se mobilizar para defender seus direitos e seus interesses e que busca amedrontar o povo. “Nós vamos dizer quem é quem, não vamos nos cansar de qualificar o bolsonarismo como ele é. E vamos derrotar o movimento bolsonarista nas urnas.”

Texto

Lucas Zanella / Josué Garcia / Eduarda Burguez
(estagiários de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)