Sessão ordinária / Lideranças

No período de Lideranças da sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre desta quarta-feira (5/3), os parlamentares da Capital abordaram os seguintes tópicos:
REPÚDIO - Natasha Ferreira (PT) comentou as ações da Brigada Militar no bairro Cidade Baixa contra foliões, em especial à militante trans agredida na madrugada do sábado de Carnaval (01/03). “Vocês acham mesmo que há chance de um feriado de carnaval dar certo, onde o prefeito expulsa o povo de consumir qualquer coisa nesse bairro, acaba com os blocos e sufoca a cultura? Essa cidade precisa ser reconstruída, vocês acreditam que esse prefeito tem um plano de reconstruir a cidade? Mas é claro que não. O plano deles é acabar com tudo aquilo que faz com que pessoas das periferias, pessoas negras, LGBTs, estejam no mesmo espaço, no mesmo bairro, fazendo festa e celebrando a cultura popular”, afirmou. (BPA)
OSCAR - Pedro Ruas (PSOL) comemorou a vitória do longa-metragem “Ainda Estou Aqui” na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2025 e destacou a importância da obra pela defesa dos direitos humanos no país. “Há 40 anos que vários grupos do país lutam pela memória, pela verdade e pela justiça. A arte tem um poder fantástico. A vitória desse filme, ‘Ainda Estou Aqui’, fez mais pela nossa causa do que todos nós juntos em 40 anos e isso não desmerece nossa luta, pelo contrário, enaltece e ajuda.” (LP)
CARNAVAL - Biga Pereira (PCdoB) criticou a falta de incentivo financeiro ao Carnaval em Porto Alegre, atribuída ao ano fiscal, período de prestação de contas de empresas brasileiras. Também condenou a ação da Brigada Militar na Cidade Baixa, que deixou feridos por balas de chumbinho. “Porto Alegre não viveu este período oficial por conta do ano fiscal. Isto justifica não apostar nesta festa e quando ela acontece espontaneamente? Ao invés de nós estarmos mostrando nossa cidade pujante de alegria do povo na rua, fomos manchetes de repressão e pessoas ensanguentadas.” (RR)
DEFESA - Mariana Lescano (PP) defendeu as ações da Brigada Militar no bairro Cidade Baixa e explicou que a Prefeitura seguiu recomendações do Ministério Público para descentralizar os festejos do bairro, devido a reclamações dos moradores da região. “Houve uma recomendação do Ministério Público a pedido de diversos moradores que não aguentavam mais a baderna, a esculhambação, as fezes, o xixi, pessoas deitadas na frente das suas casas e foram ao Ministério Público pedir socorro. E a Prefeitura usou a recomendação do Ministério Público para que não saísse o Carnaval na Cidade Baixa”. (BPA)
COMÉRCIO - Jonas Reis (PT) repudiou a ação da Brigada Militar na madrugada de sábado no Carnaval que ocorreu no bairro Cidade Baixa. “Nosso Carnaval era vibrante, pulsante. Hoje os governos de extrema-direita colocam a força policial em cima dos foliões Foi isso que aconteceu na Cidade Baixa. Os comerciantes estão indignados contra o governo Melo porque o governo é contra o emprego, o governo do quanto pior, melhor, porque ele não se importa com as famílias que têm comércio ou vendem para os foliões.” (LP)
RESPOSTA - Idenir Cecchim (MDB) respondeu às falas de Jonas Reis, para quem o prefeito Sebastião Melo é contra o trabalho e a valorização do comércio local. “O prefeito, no sábado de tarde, estava despachando na Prefeitura. Eu e o senhor estávamos descansando, o prefeito não estava. O senhor se informe um pouco mais antes de falar. Tem que parar com as fake news e acompanhar o trabalho do nosso prefeito.” (RR)
BRIGADA - Comandante Nádia (PL) falou sobre as manifestações contra o policiamento ostensivo no bairro Cidade Baixa e afirmou que as ações da Brigada Militar são sempre “proporcionais” e usam a força necessária aos manifestantes que resistem e não respeitam as normas. “Chamar a Policia Militar de criminosa é no mínimo medir a régua daqueles que defendem bandido, daqueles que defendem invasão de propriedade, que não querem castração química para estuprador, mas aceitam o aborto a qualquer tempo, matando criancinhas inocentes no ventre das mães.” A parlamentar explicou que as ações da PM atuam a favor dos moradores e da grande maioria dos cidadãos de Porto Alegre. (BPA)
CONSELHO - Márcio Bins Ely (PDT) condenou a ação judicial que anula a eleição de representantes de entidades no Conselho do Plano Diretor de Porto Alegre. “O Conselho do Plano Diretor teve sua eleição impugnada, inclusive as reuniões do conselho que ocorrem semanalmente estão suspensas por conta dessa decisão judicial que questiona a eleição das entidades. Considero uma barbaridade Nós participamos ativamente desse processo democrático de reafirmação nas mais diversas regiões da cidade.” (LP)
HIPOCRISIA - Ramiro Rosário (NOVO) chamou de hipócritas os esquerdistas que defendem o fim da Brigada Militar. “É muito fácil para os hipócritas da esquerda fazerem passeatas pedindo o fim da Brigada Militar ou vir na tribuna dizendo que a Brigada é racista, LGBTfóbica, se quando a coisa aperta, são os primeiros a ligarem para o 190.” Citou como exemplo a deputada Maria do Rosário (PT), que acionou a Brigada após ter seu carro assaltado. “Maria do Rosário construiu sua história defendendo bandido, os ditos direitos humanos, e criticando a atuação dos órgãos de segurança. Pois bem, todos sabem o que aconteceu quando ela própria foi vítima de um crime e teve no trabalho da Brigada a atuação necessária para recuperar o seu veículo”.(RR)
CINEMA - Moisés Barboza (PSDB) lamentou que a premiação do Oscar tenha se tornado algo político e afirmou: “Eu quero deixar muito claro que eu sempre vou torcer por premiações para o Brasil”. Ele considerou ser “triste” que sejam considerados comunistas aqueles que comemoraram a vitória do filme "Ainda Estou Aqui". Também defendeu o vereador Airto Ferronato (PSB) no caso de corrupção do qual seu ex-assessor é réu. (BPA)