Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Período de Comunicações Temático para tratar do tema específico “Outubro Rosa”. Na foto, a vereadora Comandante Nádia.
    Vereadora Comandante Nádia (MDB) (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Movimentações de plenário. Na foto, ao microfone, o vereador Moisés Barboza.
    Vereador Moisés Barboza (PSDB) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Ao longo da sessão ordinária desta quinta-feira (25/10), os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre utilizaram o período de Lideranças para debater os seguintes temas:

FUNDO – A distribuição do fundo especial de campanha, nos moldes feito pelo PSB, neste ano, foi considerada pelo vereador Airto Ferronato (PSB) “um crime bárbaro contra a democracia”. Ferronato lembrou que este fundo é formado por verbas públicas e afirmou que sua distribuição não pode continuar a ser feita no modelo deste ano. Conforme ele, o seu partido considerou que apenas deputados considerados eleitos, ou já com mandatos, deveriam receber verba deste fundo. Esse tipo de distribuição também foi feito por outros partidos, segundo Ferronato: “O PSB copiou por ter achado bonito”. O vereador, contudo, saudou o fato de que, mesmo com esse tipo de distribuição de verbas, ainda ocorreu renovação na composição das assembleias e do Congresso Nacional. (HP) 

ELEIÇÕES - Para Moisés Barboza (PSDB), alguns vereadores da Casa utilizaram o caso de militantes suspostamente agredidos para um debate eleitoral induzido ao erro. “O esgoto que se transformou”, disse, a respeito das campanhas eleitorais em todos níveis do país. Na ocasião, o vereador exibiu a foto de uma menina que teria sido agredida com o desenho de uma suástica no corpo. Conforme ele, as notícias falsas utilizadas para ferramenta eleitoral são repugnantes. “Registro meu manifesto e repúdio. Que não patrocinemos isso jamais”, disse, ao relatar conteúdos que tem recebido ao longo deste período eleitoral. (MF) 

SAÚDE - Cláudio Janta (SD) manifestou sua preocupação com os rumos da área da saúde na Capital e no país. O vereador relatou que, nos últimos dez anos, o Brasil perdeu mais de 40 mil leitos no Sistema Único de Saúde. De acordo com ele, uma méida de seis leitos são fechados por dia em hospitais, situação que também vem afetando o serviço particular. “Isso é uma coisa que nos assusta muito. Pode-se dizer que é uma questão de calamidade”, afirmou. Ainda segundo Janta, o tema deveria estar pautando os candidatos à presidência, por considerar um problema sério e que precisa ser sanado. A defasagem de exames, diagnósticos e, principalmente, de atenção na saúde são outros graves fatores denunciados por ele. (MF)

TÁXI - Moisés Barboza (PSDB) falou sobre inovações no serviço de táxis da Capital, repercutidas em rede nacional nesta semana. Para ele, a iniciativa dos exames toxicológicos aplicados nos motoristas é uma medida que ajudará na recuperação do número expressivo de passageiros que se perdeu com a chegada dos aplicativos de carros na cidade. O vereador relembrou o debate com a participação da sociedade e com vereadores na luta por uma frota de táxi de referência nacional. “Quero deixar meu reconhecimento aos profissionais.” Outro destaque dado por ele foi o trabalho de assistência social do município, que atua em um projeto para dar moradia aos moradores de rua. (MF)

ASSISTÊNCIA - Professor Wambert (PROS) destacou a importância do Primeira Infância Melhor (PIM), projeto que atende famílias em situação de vulnerabilidade social. Sobre o serviço que o projeto presta ao sistema prisional, o vereador contou que o seu partido criou um projeto para o município cuidar de mães de presidiários. “Essas mães são assistidas pelo PIN”. Wambert ainda saudou a presidente do PROS, que realiza o projeto dentro da prefeitura, e também manifestou sua indignação das campanhas eleitorais tanto do Estado, como do âmbito nacional. Em sua observação, há candidatos que se restringem mais a atacar do que a expor suas propostas para resvolver os problemas do Estado. (MF) 

DEMOCRACIA - Aldacir Oliboni (PT) lembrou os tempos da ditadura militar no Brasil. “Temos exemplos suficientes de pessoas honradas e que foram perseguidas, porque não tinham o direito à liberdade de expressão como temos nesta tribuna”, disse. Oliboni recordou as eleições deste ano, 2018, e afirmou que “para alguns os olhos estão mais que vendados”. “Existe um candidato que, de forma declarada, defende o ódio, a violência e pratica o fascismo. Isso está claro em todos os jornais”, contextualizou. “A tribuna é o direito de nos manifestarmos. Aqui temos pluralidade. Esperamos que o país continue com isso. Queremos que o nosso país seja o da democracia. Que continuemos na luta e na busca pela conquista de direitos”, manifestou o petista. (BSM)

ÓDIO - Mônica Leal (PP) contestou a fala do vereador Aldacir Oliboni (PT). “Nestas eleições o ódio imperou de ambos os lados. Estamos vivendo a cultura do ódio na política”, afirmou. “Como política, eu debato e/ou brigo por ideias. Se eu for divergir, será de fatos, ações e projetos”, disse. Mônica relatou ameaças que sofreu durante o primeiro turno das eleições. “Eu recebi sete cartões postais. Cada um mais assustador que o outro. E isso ocorreu porque sou filha, com muito orgulho, de um militar. É isso que vamos fomentar?”, questionou a vereadora ao recordar que o pai dela “foi militar a vida inteira e contra qualquer tipo de tortura”. (BSM)

PPP - Mauro Pinheiro (Rede) questionou o vereador Aldacir Oliboni (PT) sobre as chamadas Parcerias Público-Privadas (PPPs). Pinheiro recordou a discussão realizada na semana passada, pela Cosmam (Comissão de Saúde e Meio Ambiente), sobre esgotos em bairros de Porto Alegre. “Nós, na Capital, temos regiões que somente 30% do esgoto é tratado. Eu sou a favor das PPPs, mas o vereador Oliboni é contra”, disse. “O governador da Bahia, Rui Costa (PT), no entanto, privatizou a Empresa Baiana de Alimentos. Na minha opinião, Costa fez certo. O PT daqui tem que escutar o PT da Bahia”, sugeriu o vereador Mauro Pinheiro ao colega Olboni. (BSM)

MULHER - Comandante Nádia (MDB) enfatizou a importância e parabenizou os seis anos da Patrulha Maria da Penha, no RS. “Aqui ninguém mais se surpreende com as viaturas da cor lilás. Para as mulheres que sofrem violência, as viaturas são um alívio. Não somente pela cor delas, mas porque fazem cumpir a Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha)”, afirmou. “A Patrulha, capacitada por policiais militares, tem como objetivo primordial fazer cumprir as medidas de urgências estabelecidas na lei. Atualmente, são 36 o número de municípios atendidos pelo serviço. Por isso, somos um exemplo para outros estados do país”, afirmou. “Não se combate violência com flores, mas com trabalho árduo, com técnica”, finalizou a vereadora. (BSM)

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154) 
           Munique Freitas (estagiária de Jornalismo) 
           Bruna Schlisting Machado (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzom (reg. prof. 7400)