Sessão Ordinária / Lideranças

Na tarde desta quarta-feira (11/3), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras abordaram os seguintes assuntos no período de Lideranças:

EDUCAÇÃO I - “Em Porto Alegre, não bastassem os abandonos dos múltiplos serviços necessários para uma cidadania digna, agora, começando as aulas, a Secretaria Municipal de Educação não se preparou, não fez seu dever de casa”. Ao fazer esta afirmação, Adeli Sell (PT) criticou a falta de professores e de vagas para crianças em creches. “São nove mil crianças que têm direito a estarem em uma escola de educação infantil e não têm acesso”. Adeli disse ainda que a prefeitura está cortando o segundo turno, ou turno inverso, nas escolas e pediu que todos os vereadores estejam juntos na cobrança ao Executivo sobre estes serviços. “É hora de unir vozes”, salientou. (HP)

EDUCAÇÃO II – Prof. Alex Fraga (PSol) criticou a Secretaria Municipal de Educação, além da falta de professores no começo do ano letivo, também pela falta de limpeza e manutenção das escolas. Ao mostrar imagens de algumas salas de aulas ao plenário, Alex Fraga lembrou que a SMED anuncia ter aumentado o repasse de verbas para as escolas, mas afirmou que esta prática colocou as próprias escolas como responsáveis pela manutenção de salas e limpeza de áreas de uso comum. “O dinheiro, que antes era para fins escolares, agora tem de dar conta da estrutura”, destacou e completou: “quanto mais gastos se coloca sobre os ombros das escolas, menos sobrará para atender aos alunos”. (HP)

SAÚDE - “Dizem que a saúde está a cada dia melhor. Mas a quem querem enganar?”, questionou Cláudia Araújo (PSD), ao salientar que “os postos de saúde e seus agentes seguem sem saber de qualquer destino”. Conforme a parlamentar, após ela ter indagado ao secretário municipal de Saúde o porquê da pressa em demitir os agentes da área, ele respondeu “que o processo já tinha transitado em julgado”. No entanto, mais que isso, a vereadora também demonstrou a preocupação dela com o fechamento do setor materno-infantil da PUC. Disse que o endividamento do hospital é grande, pois a “dívida do São Lucas é impagável devido à má gestão”. (BSM)  

CORONAVÍRUS - Aldacir Oliboni (PT) comunicou que, hoje pela manhã, foi noticiado o primeiro caso de coronavírus em Porto Alegre: “uma senhora de 54 anos vinda da Itália”. Por tal motivo, Oliboni reforçou a necessidade da saúde básica, do funcionamento dos pronto atendimentos e de que o poder público municipal esteja atento. Já que, em Porto Alegre, “ainda não se tem uma área adequada para esse tipo de tratamento que exige isolamento”. (BSM)

MARCHA - Farid Germano Filho (DEM) falou da Marcha da Maconha que, segundo ele, tem data marcada para ocorrer sábado, em Porto Alegre, no Parque da Redenção. Na condição de pai, cidadão e vereador, o parlamentar falou, a partir de então, que essa marcha é “absurda, ridícula e inadmissível, porque a maconha não só destrói e perturba famílias, como também leva pessoas a clínicas”. (BSM) 

DIVERSÃO - Cláudio Janta (SD) lembrou que, nesta semana, vai acontecer o Saint Patrick’s Day (Dia de São Patrício). Na oportunidade, Janta destacou que, por exemplo, “todos vão para a 24 de outubro”. Entretanto, lamentou que, quando os eventos ocorrem no Cidade Baixa, “aí não pode”, pois as pessoas levam as suas “cervejinhas, em coolers, e isso é considerado baderna”. Para finalizar, contudo, Janta questionou o motivo de às pessoas pobres ser negada a oportunidade de diversão, vez que, em outras regiões, isso é possível. (BSM)

POSTOS - Mauro Pinheiro (REDE) disse que todos estão preocupados com o coronavírus e que a cidade de Porto Alegre, assim como o estado e o resto do país, estão preparados para combater o vírus. “Porto Alegre avança. Uma das questões modificadas nos postos de saúde foram os horários estendidos de atendimento. Vários postos já estão atuando com os novos horários.” Ele também falou sobre muita gente ter criticado o fato de instituições filantrópicas, como Clínicas e Santa Casa, que assumiriam os postos em novos formatos. Mauro Pinheiro, para finalizar, falou sobre o transporte público e seus problemas. “Temos um conjunto de projetos na Casa que permitem que a passagem diminua de preço. Peço a colaboração dos vereadores para debater e votar.” (LMN)

TRANSPORTE - João Bosco Vaz (PDT) falou sobre o transporte coletivo. “Vocês falam que os projetos estão aqui para serem votados, mas não votam. A prefeitura, depois, coloca a culpa na gente.” Ele disse que o prefeito da cidade não aceita conversar com os vereadores, e depois vai para a imprensa dizer que ninguém sugere nada para que os problemas da cidade sejam resolvidos. "Tô esperando até agora uma conversa com ele. Temos 1.200 ônibus e 400 lotações na cidade. Sugeri colocar propagandas nas laterais dos veículos. Seriam quase R$ 20 milhões por ano para abater do preço da passagem.” Finalizou dizendo que isso é um desrespeito aos vereadores e que o prefeito vive em um “eterno conflito pessoal”. (LMN)

SAÚDE II - Dr. Goulart (PTB) disse que estamos em um momento crucial na história do município na área da saúde. “O presidente disse que essa história do coronavírus é um alarme desnecessário. O primeiro caso foi confirmado hoje na cidade. A Câmara não pode ficar fora dessa responsabilidade de ajudar e estudar sobre a situação.” Outro assunto trazido por ele foi a questão do Hospital São Lucas da PUCRS, que quer desativar o setor materno-infantil alegando questões financeiras. “Sugiro a montagem de duas comissões: uma para estudar sobre o vírus, que acabou de chegar na capital, e outra para garantir que esse serviço da PUCRS não seja desativado. Para isso, não existe ideologia. Todos precisamos ajudar.” (LMN)

PREFEITO - Mônica Leal (PP) falou sobre uma situação que passou no final do ano passado. “Quando era presidente da Câmara, em 29 de novembro de 2019, enviei um e-mail para o secretário do Meio Ambiente solicitando uma reunião com o secretário para falar sobre a feira orgânica Rômulo Telles.” Ela disse que recebeu resposta em 9 de dezembro dizendo que todos os pedidos de agenda oriundos da Câmara deveriam ser encaminhados diretamente para a Secretaria Municipal de Relações Institucionais. “Em toda minha vida política nunca tinha visto nada igual. Um vereador precisa falar com um secretário e não consegue. O que é isso?” Ela disse ter documentos para denunciar a “politicagem” que o prefeito está fazendo. “Ele vai para a imprensa falar que nós não ajudamos, mas nem atendidos somos.” Para finalizar, ela anunciou Cassiá Carpes como o novo líder da bancada dos Progressistas. (LMN)