PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças

  • Movimentação de Plenário. Na tribuna o vereador Pablo Melo.
    Pablo Melo (MDB) (Foto: Júlia Urias/CMPA)
  • Movimentação de Plenário. Na tribuna o vereador Pedro Ruas.
    Pedro Ruas (PSOL) (Foto: Fernando Antunes/CMPA)

Nos discursos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (3/7), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre pautaram os seguintes tópicos:

POUSADA - Pedro Ruas (PSOL) citou uma matéria divulgada na Zero Hora sobre a inaptidão das dependências da Pousada Garoa para o recebimento de hóspedes. Uma das pousadas da empresa, que possuía contrato com a Prefeitura para o acolhimento da população de rua, foi cenário de um incêndio que vitimou 11 pessoas em abril. “Quem contratou a pousada? A Prefeitura. E a Prefeitura não é abstrata. Alguém assinou o contrato, alguém indicou, alguém pagou, mas ninguém fiscalizou e agora parece que não foi ninguém. Quando não é ninguém, do meu ponto de vista, foram todos”, afirmou. (BPA) 

ENCHENTE - Jonas Reis (PT) criticou o Executivo e o prefeito Sebastião Melo, afirmando que a falta de assistência nos bairros atingidos pelas cheias ficou demonstrada "por não haver manutenção dos diques, pelas casas de bombas colapsadas, com alagamento, com prejuízo às pessoas, e demonstra agora virando as costas e não fazendo a limpeza urbana que deveria fazer". Também criticou a demora na reabertura nas escolas afetadas pelas chuvas: “Mais de dez escolas, isso é um absurdo, mais de 15 mil crianças sem acesso à educação. Parece que a educação do filho do trabalhador não importa para esse governo.” (LP) 

RESPOSTA - Pablo Melo (MDB) respondeu às falas de Jonas Reis a respeito do recolhimento de lixo em Porto Alegre. De acordo com ele, a Operação Bota Fora do DMLU está ativa em 30% da cidade – que representa as partes mais atingidas pelas enchentes – e já recolheu mais de 100 mil toneladas de entulhos. Nos outros 70% do território da Capital, a limpeza urbana segue normalmente. O vereador também criticou a opinião do colega a respeito do Escritório de Reconstrução, acusando-o de hipocrisia, já que o projeto, no nível estadual, teve apoio do partido de Jonas. (RR)

DENÚNCIA - Prof. Alex Fraga (PSOL) apresentou uma suspeita sobre irregularidades nos contratos de terceirização dos serviços de manutenção preventiva e corretiva do sistema de prevenção de cheias. Apontou que há uma possível irregularidade no termo de referência que balizou a licitação do serviço. “Que tipo de licitação não estipula preço prévio aos serviços a serem prestados? Deixa a cargo de uma tratativa entre a empresa e os que a supervisionam? Algo está muito errado e precisamos cumprir a nossa obrigação legal de investigar os contratos”. Ele disse que irá iniciar a coleta de assinaturas para abrir uma CPI sobre o tema. (TP)

VOTAÇÃO - Fernanda Barth (PL) afirmou que seu partido é contra o aumento de cargos de confiança, mas que irá abrir uma exceção para a aprovação do projeto de criação do Escritório de Reconstrução de Porto Alegre, por conta do que chamou de “descaso” do governo federal. De acordo com a vereadora, não haveria a necessidade da criação de comitês de gestão da crise ambiental, caso o serviço dos governantes tivesse sido realizado como previsto: “Se não fosse a inoperância absoluta do governo federal, nós não precisaríamos estar criando escritório de reconstrução algum”. (BPA)

FRAUDE - Tiago Albrecht (Novo) repercutiu supostas fraudes identificadas em licitações do governo federal. “Em menos de 30 dias, nós vimos duas licitações com possível fraude. A primeira com relação ao arroz, que agora, com a maior ‘cara de pau’, o PT diz que não precisa mais e não irão fazer. A segunda, denunciada pelo partido Novo em Brasília, é uma possível fraude na Secom de Paulo Pimenta”, explicou. O parlamentar também teceu críticas à deputada federal Maria do Rosário. (LP)

SALÁRIO - Cláudio Janta (Solidariedade) se disse contrário ao reajuste de 3,69% para servidores e vereadores. Ele também criticou o projeto, aprovado em 2023, que aumentou os subsídios dos parlamentares para a próxima legislatura. Janta disse ter protocolado uma proposta que revoga o aumento e propôs que o valor seja destinado à reconstrução de Porto Alegre: “Esperamos que essa Casa seja solidária à catástrofe que nossa cidade está vivendo e que ainda nem terminou.” (RR)

Texto

Brenda Andrade, Laura Paim, Renata Rosa e Theo Pagot (estagiários de Jornalismo)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)