Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenario.
    Vereador Marcelo Sgarbossa (PT) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
  • Movimentação de plenario.
    Vereador Idenir Cecchim (MDB) (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (3/7), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos em Lideranças:

BURACOS - Marcelo Sgarbossa (PT) criticou o prefeito Nelson Marchezan Júnior afirmando que o atual gestor vem usando exemplos de “velha política” para administrar a Capital. “Ainda antes de iniciar o mandato, só falava em crise e falta de recursos”, destacou ao dizer que, nos dois primeiros anos, muito pouco foi feito na cidade. “Agora começa a tapar buracos de ruas da cidade”, salientou Sgarbossa e questionou: “Fica uma pergunta: até um mês atrás não tinha dinheiro. Agora colocou as contas em dia?" O vereador lembrou que projetos aprovados na Câmara Municipal sobre o funcionalismo e de aumento da planta de valores do IPTU ainda não tiveram efeitos financeiros. “Mas agora tem dinheiro para tapar buracos. Isto é a velha política.” (HP)

GOVERNOS – Idenir Cecchim (MDB) afirmou que seu partido teve o azar de suceder, no Estado, governos do PT. “Por onde passou, o PT destruiu”, destacou. Conforme disse ele, a ex-governadora Yeda Crusius conseguiu “mais ou menos botar as finanças em dia, pois teve secretários competentes”, mas foi sucedida por Tarso Genro. “Foi uma nuvem de gafanhotos, tomou R$ 6 bilhões de compulsórios e gastou tudo.” Cecchim lembrou que José Ivo Sartori sucedeu Tarso: “Veio o MDB, para consertar. Mas como consertar depois que o PT passou?”, questionou. Conforme o vereador, é provável que o atual governador Eduardo Leite não tivesse todas as informações e, por isso, “achou que, com fluxo de caixa, conseguiria arrumar”. (HP)

REVISÃO – Felipe Camozzato (Novo) agradeceu aos vereadores que integraram a Comissão Especial de Revisão Legislativa, cujos trabalhos foram encerrados na terça-feira (2/7), após 90 dias de atividades. O vereador, que presidiu a comissão, também agradeceu a servidores de gabinetes e da Câmara Municipal que participaram ativamente do processo e lembrou que um dos encaminhamentos do relatório final é de que o trabalho de revisão seja permanente, não ficando restrito a uma frente parlamentar ou comissão especial. “Assim, sempre teremos uma legislação atualizada”, afirmou. Conforme ainda salientou, foram identificadas cerca de 800 leis consideradas inócuas ou desnecessárias, as quais serão recomendadas à revogação. (HP)

SAÚDE – Aldacir Oliboni (PT) disse que aqueles que afirmam que a saúde pública vai bem na cidade não tem conhecimento do que acontece em postos de pronto atendimento ou no Hospital de Pronto-Socorro (HPS). “A cidade está esquecida pelo Município, e na saúde o discurso é deslocado”, afirmou. Oliboni lembrou que, entre 2017 e 2018, cerca de 185 vagas de trabalho foram abertas no HPS por demissões ou aposentadoria. Destas, salientou, o preenchimento não chegou a 90 vagas. “E agora o prefeito está entregando a gestão do HPS para uma empresa privada, para não chamar os servidores concursados”, lamentou. “Terceirizar não é promover a saúde pública. É ter lucro com a saúde às custas da população”, disse. “Marchezan está deslocado”, finalizou o vereador. (HP)

CRISE - Roberto Robaina (PSOL) relatou a notícia que, de acordo com ele, tem repercutido desde o início da semana: "a crise econômica e social que segue se desenvolvendo no RS". “Tivemos mais demonstrações de que apenas a lógica do investimento empresarial vai salvar o estado”, ironizou o parlamentar, ao complementar “que não necessitamos de políticas públicas eficazes”, também em tom de ironia. Robaina mencionou as demissões promovidas pelas empresas Nestlé e Duratex. Destacou os cerca de 500 mil desempregados só no Rio Grande do Sul. Falou que este número de pessoas sem emprego “demonstra a economia estagnada e o objetivo dos empresários em aumentar a lucratividade”. Para finalizar, o psolista lembrou os colegas vereadores, assim como sublinhou ser obrigação dos parlamentares de outras Casas, “a reversão dessa lógica de estagnação econômica”. “O PT saiu do governo em 2016. Já passamos pelo Temer e completamos seis meses do governo Bolsonaro, e ainda não temos nenhuma política para o desenvolvimento do país”, lamentou. (BSM)

AVANÇOS - Mauro Pinheiro (Rede) contestou a fala do vereador Marcelo Sgarbossa (PT). Disse que o petista se mostrou preocupado com o governo Marchezan, “porque a cidade está avançando e tapando buracos”. “Mas acho que isto é motivo de felicidade”, opinou. Na oportunidade, o vereador recordou que, quando Marchezan assumiu a prefeitura da Capital, o município estava com problemas financeiros. Afirmou que, atualmente, com a ajuda da Câmara, o prefeito tem conseguido tratar Porto Alegre. “Com a boa gestão, as reformas são estruturantes. A cidade necessitava disso e agora começa a tomar um novo rumo”, enfatizou. Para exemplificar, Pinheiro relatou as medidas tomadas pelo Executivo. Elencou que “ele cortou gastos na previdência, reformou a estrutura administrativa, modificou o IPTU, embora ainda não tenhamos recebido nada”. “Várias ações foram feitas ao longo desses dois anos e, com isso, começou a dar resultados”, elogiou. (BSM)

AUTISMO - Cláudio Janta (SD) compartilhou “a vitória que aconteceu no Senado Federal”. Disse que, ontem (2/7), a Casa determinou o levantamento de dados e informações sobre pessoas com autismo pelos censos demográficos. Sendo assim, Janta considerou a importância desse censo de pessoas com autismo. Abordou a necessidade de especificidades por meio dos censos. “Precisamos saber quantos autistas temos nos país, porque a partir disso poderemos pensar políticas públicas adequadas”, observou, ao citar a educação, a saúde, os profissionais especializados para o atendimento de quem tem o transtorno, os lares de acolhimento e os centros de convivência. Em conclusão, o parlamentar elogiou a medida. “Isso é para que as famílias tenham dignidade”. (BSM)

SANEAMENTO - Mauro Pinheiro (Rede) parabenizou os vereadores do município de Canoas. “Na minha opinião, eles tiveram uma atitude correta ao aprovar a adesão da prefeitura à Parceria Público-Privada (PPP) da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).” Dentro de um grupo com nove municípios, disse que Canoas foi o último a aprovar a questão a favor do saneamento da cidade. Mencionou que, a partir daí, “em 11 anos teremos o aumento de 87% do saneamento básico melhorado na Região Metropolitana”. Pinheiro orçou em R$ 1,7 bilhões o valor necessário para a Capital avançar no mesmo sentido. Lamentou, porém, não haver o mesmo em Porto Alegre, “porque não há recursos”. Disse considerar que seria válido o tratamento do esgoto nos bairros Sarandi, Rubem Berta, Cavalhada e Lami, que, conforme Pinheiro, “não têm cuidados”. “Sou favorável às concessões e às PPPs. Com um debate claro poderemos buscar alternativas, assim como a Região Metropolitana buscou”. (BSM)

Texto

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)