Sessão Ordinária / Lideranças
No período de Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (16/09), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre discursaram sobre as seguintes pautas:
HOMENAGEM - Pedro Ruas (PSOL) homenageou o artista, cantor e compositor Lupicínio Rodrigues, em alusão à data de seu nascimento, dia 16 de setembro. “Para todos nós, gaúchos e gaúchas, mas também brasileiros, há um orgulho imenso de que essa terra produziu, no Rio Grande e no Brasil, um talento extraordinário como o de Lupicínio Rodrigues”. (TP)
AGRO - Comandante Nádia (PL) lamentou a atribuição de culpa à indústria do agronegócio às recentes queimadas na Amazônia. “Não é o agro que está produzindo esse crime histórico ambiental. São bandidos que não possuem consciência, que invadem terras que não possuem títulos dessas propriedades. São criminosos que precisam ser barrados e tirados da sociedade. O agro é o meio que leva comida para dentro de casa e sustenta não só o Brasil, mas fora dele”, afirmou. Por fim, cobrou maior atuação do presidente Lula a respeito e manifestou apoio às críticas da anciã Yakuy Tupinambá direcionadas ao governo federal. (RR)
QUEIMADAS - Adeli Sell (PT) repercutiu as queimadas e a nuvem de fumaça que assolaram o país na última semana. “O Brasil passa por um momento muito difícil, queimam extensões imensas de terra em vários Estados da federação, em Estados com governantes de partidos diversos, municípios que têm diferentes prefeitos e o grande prejudicado no fim é o Brasil e seu povo. Aqui, pessoas tiveram que ir a hospitais e postos de saúde, dada as condições atmosféricas, especialmente por conta da fuligem resultado da fumaça vinda de outros Estados”. (LP)
CRÍTICA - Ramiro Rosário (NOVO) criticou a oposição por “justificar” as queimadas em território nacional, diminuindo a responsabilidade do governo federal, ao não cobrar o presidente Lula. “Vejo aqui vereadores do PT e PCdoB se revezando para justificar o injustificável”. O vereador também defendeu o agronegócio. “Justamente o agro que é responsável pela manutenção de 20% das áreas de reserva do Brasil. Nunca se teve tanta queimada de floresta quanto no governo Lula, queima, queima e queima, e vem aqui falar que defende o meio ambiente”. (BPA)
PRIVATIZAÇÃO - Aldacir Oliboni (PT) relembrou a intenção do governador Eduardo Leite em derrubar o Muro da Mauá para fazer da área um centro comercial. “Talvez seja a maior justificativa de não fazerem nada de manutenção das bombas, das comportas. Na última semana, uma pequena chuva alagou o Menino Deus, o 4º Distrito e o Sarandi”. O vereador considera que a falta de investimento tem a ver com a intenção de privatizar o DMAE, assim como foi feito com a Carris. “Os governos neoliberais e capitalistas procuram entregar à iniciativa privada o que tem de mais sagrado à população, o que mantém o preço da água acessível”. (TP)
CAIS - Moisés Barboza (PSDB) chamou de "desonestidade intelectual" a afirmação de que os políticos favoráveis à derrubada do Muro da Mauá agem sem base em estudos e preocupação com os impactos ambientais. “Quero rebater essa visão arcaica de que o Cais Mauá só pode existir se tiver aquele muro de contenção. Ninguém defende que se termine com as engenharias necessárias para conter as águas na possível invasão da cidade por uma nova enchente. O que se discute com a ajuda de técnicos da UFRGS são novas formas de contenção e novos diques”. Além disso, defendeu as recentes falas do governador Eduardo Leite a respeito do assunto. “Apoiamos e nos orgulhamos da fala do governador Eduardo Leite que espera que o Cais Mauá tenha seu espaço muito melhor aproveitado”. (RR)
FGTS - Cassiá Carpes (Cidadania) repudiou o projeto que prevê a extinção do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “O ministro Luiz Marinho solicitou o término do fundo de garantia do saque-aniversário e o governo Lula aceitou. Vai prejudicar o cidadão, o fundo é dele e faz o que bem entender. Querem incentivar o empréstimo consignado, por mais que os juros sejam baixos, tem juros e o cidadão não pode tirar o seu dinheiro que já estava consolidado. A esquerda gosta muito da pobreza, mas não gosta do pobre”. (LP)
RESPOSTA - Idenir Cecchim (MDB) respondeu ao discurso do vereador Aldacir Oliboni (PT), afirmando que o parlamentar e a candidata à prefeitura Maria do Rosário não se preocupam com a cidade, mas em como responsabilizar o atual prefeito Sebastião Melo pela enchente que acometeu a Capital no mês de maio. “Eu nunca vi o vereador defender as Ilhas, que são as primeiras casas a serem afetadas quando aumenta o nível do rio. Nunca vi o vereador defender a Vila dos Sargentos. Ele não gosta da zona sul. O vereador só quer defender uma parte da cidade, nós temos uma diferença, nós queremos que a tecnologia resolva toda a cidade e não só parte”, disse. (BPA)