Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Nos discursos de Lideranças da sessão plenária desta segunda-feira (25/11) da Câmara Municipal os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

ATP - Pedro Ruas (PSOL) destacou que os jornais mostraram que a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) volta a falar em reajuste da tarifa do transporte coletivo vinculado a possibilidade de reajuste salarial aos rodoviários. “A ATP busca novamente chantagear o Poder Público que, em anos anteriores, caiu nessa chantagem”. Disse que o presidente da ATP faz chantagem, como sempre se fez. “Para aumentar a tarifa e aumentar o lucro dos empresários, vem com um argumento de que precisa responder ao dissídio dos rodoviários. Isso é falso. Os empresários lucraram acima do que deveriam durante muito tempo.” (MM)

MARINA - Bernardino Vendruscolo (PROS) agradeceu aos vereadores pela aprovação do pedido de indicação ao Executivo. “E o primeiro caso que vamos analisar é o projeto para que a marina pública leve o nome de Marina Almirante Negro. É uma homenagem a João Cândido, que nasceu em Encruzilhada do Sul em 1880. E lá em 1910 se rebelou e comandou a chamada Revolta da Chibata”. O vereador defendeu a aprovação da proposta que valoriza um líder negro. “Esse cidadão merece o nosso reconhecimento.” (MM)

ATP II - Cláudio Janta (SDD) garantiu apoio ao projeto que dá o nome de Marina Almirante Negro à marina pública. E comentou o alerta do vereador Pedro Ruas (PSOL) para as ameaças da ATP. “Já haviam ameaçado que, se a passagem fosse mantida, a população ficaria sem ônibus. A ATP ameaça a Prefeitura e a Câmara, mas nunca quis entregar as linhas de ônibus. Pelo contrário, impedem. A ATP se adonou de linhas que não existiam na época da intervenção.” Citou o caso de bairros novos. “Com certeza, a população e os vereadores não vão permitir mais essa chantagem dessas empresas de ônibus que giram com valores incalculáveis no sistema financeiro. O aumento dos rodoviários já está embutido na tarifa de ônibus e nas isenções”. (MM)

CAIS MAUÁ - Valter Nagelstein (PMDB) afirmou que não há ativo urbano em Porto Alegre de maior valor do que o Cais Mauá, “que precisa encontrar uma nova ocupação”. Disse que está preocupado porque não se sabe exatamente quem ganhou o processo para revitalizar o local. “E as contrapartidas que estavam previstas? Cadê tudo isso?”, questionou Nagelstein, que é presidente da Frente Parlamentar para a Revitalização do Cais. “Ou vem um grande grupo que possa bancar as obras, ou que se cancele a licitação.” Criticou que se está fazendo algo que a Câmara não projetou. “Estão fatiando o projeto”. Informou que haverá uma reunião na Cefor para tratar do tema. (MM)

NEGROS - Delegado Cleiton (PDT) saudou projeto de indicação dos vereadores Bernardino Vendruscolo (PROS) e Tarciso Flecha Negra (PSD) que denomina Almirante Negro a futura marina do Cais do Porto. Lembrou que o gaúcho João Cândido, chamado Almirante Negro, liderou a Revolta da Chibata, em 1910. Também disse que hoje encaminhou representação à Polícia para que “não passem em vão as manifestações racistas pichadas nos viadutos” perto do campus central da Ufrgs. Segundo Cleiton, as pichações criticam as cotas raciais e afirmam que os negros devem é trabalhar no Restaurante Universitário (RU). “Isso não pode ocorrer mais. Nós, negros, com índios e brancos, fomos a mão forte do trabalho neste país”, afirmou. (CB)
INVESTIMENTOS - Engenheiro Comassetto (PT) disse que o vereador Valter Nagelstein (PMDB) trouxe “uma crítica equivocada” à obra do Cais Mauá. Segundo Comassetto, a ex-governadora Yeda Crusius fez um projeto “sem fazer as consultas e licenciamentos” e não o encaminhou ao governo federal. “É claro que tinha de bater na trave”, afirmou. Comassetto também elogiou o desempenho dos governos do RS e do país em investimentos em Porto Alegre e no Estado para obras como as duplicações da BR-116 e da BR-392 e a expansão do metrô da Capital, além da geração de emprego com carteira assinada. (CB)

DCE UFRGS - Fernanda Melchionna (PSOL) afirmou ao presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT), que ele poderia traquilizar-se, pois as eleições do DCE da UFRGS sempre foram livres e democráticas. "Nunca houve edital atrás da porta, como tradicionalmente acontecia na PUCRS, quando o Diretório Central da Universidade estava nas mãos de estudantes vinculados, inclusive, ao seu partido, Dr. Thiago", enfatiza. "O senhor trouxe o nome do Gabriel Marchesi, o qual lhe provei que afirmou ser fascista em uma entrevista à Zero Hora". Fernanda garantiu que na UFRGS quem ganha as eleições assume a coordenadoria do Diretório, no entanto, ressaltou que "isso não significa que a vanguarda do movimento não siga na luta por uma universidade pública, popular e democrática". (LV)

Textos: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
           Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
   Luciano Victorino (estagiário de Jornalismo)