PLENÁRIO

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentações de plenário.  Na foto, presidente em exercício Mônica Leal com lideranças
Movimentação em Plenário hoje (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre utilizaram os tempos de Lideranças, da sessão ordinária desta quarta-feira (24/10), para debater os seguintes temas: 

GOVERNO - Falando em nome da oposição, Adeli Sell (PT) citou a Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura ao defender a continuidade do processo de defesa da Feira do Livro e dos programas que existiam e foram, segundo ele, “torpedeados pelo atual governo”. Ele solicitou ao líder do governo na Câmara, vereador Moisés Barboza (PSDB), a verificação dos pedidos de providência dos vereadores. “Temos que cuidar dessas questões que são elementares na cidade”, disse ao questionar a questão dos buracos e da qualidade do asfalto em Porto Alegre. O vereador ainda levantou a necessidade da discussão de projetos ambientais na Capital, como o de conservação de espaços verdes e arborização das ruas. (MC)

ELEIÇÕES I - Rodrigo Maroni (PODE) afirmou ser um momento triste para ser eleito deputado, pois sente-se constrangido com o momento maniqueísta na política, onde, segundo ele, os vereadores se veem compelidos a apoiar indivíduos como o candidato à presidência Jair Bolsonaro. “Que lamentável essa suposta renovação que houve. Mas uma renovação conservadora, atrasada, que a gente anda 40 anos para trás”, lastimou. Entretanto, disse respeitar opiniões divergentes, dizendo que não teve orientação de campanha majoritária em sua campanha ao pleito de deputado estadual. Maroni ainda reiterou seu compromisso com o estabelecimento de clínicas veterinárias, com a circulação de ônibus para castrar e atender animais no interior do estado e com a fiscalização das prefeituras na atuação junto à causa animal. (MC)

ELEIÇÕES II - Aldacir Oliboni (PT) considerou as eleições de 2018 como uma das mais importantes de sua vida do ponto de vista político. Ao definir a presença de dois extremos, disse que um lado tenta reunir centro e esquerda, e o outro, não sabe dizer o lado real e concreto que é apresentado porque “ele foge do debate”. O vereador observou um declínio na identificação com algum campo político por causa da decepção do povo brasileiro com governantes municipais, estaduais e federais. Sobre os congelamentos na área da saúde, citou a redução de leitos hospitalares. “Não vai ser diferente a partir destes governos que não têm um olhar para aumentar a oferta de serviços públicos”, disse, ao analisar as propostas de privatizações de certos campos políticos. (MC)

ELEIÇÕES III - Reginaldo Pujol (DEM) disse estranhar a manifestação do vereador Aldacir Oliboni (PT), a qual classificou como “amargurada”, pois os déficits na saúde e demais situações angustiantes, segundo Pujol, foram criados pelo partido de Oliboni. Ainda sobre a declaração de Oliboni, o vereador destacou a superação do PT na cidade e no estado, pois em ambas as eleições os candidatos não chegaram ao segundo turno. Pujol lamentou o uso da tribuna para falar sobre eleições. “Acho que os problemas de Porto Alegre são muito mais relevantes no que diz respeito à nossa atenção, do que o grande problema nacional”, disse. Ao abordar a crise ética, moral e econômica que o povo brasileiro, segundo ele, não suporta mais, Pujol prevê que a decisão das urnas será favorável à população. (MC)

FAKE NEWS - Clàudio Janta (SD) comentou sobre a dimensão que as notícias falsas transmitidas pelo Whatsapp, popular aplicativo de mensagens instantâneas, atingiram. “Era para ser uma ferramenta útil de comunicação, mas acabam utilizando para a desinformação, inclusive por candidatos e partidos em campanha eleitoral”. Afirmou que a desinformação não afeta somente a esfera política, citando os desdobramentos do recente caso da menina Eduarda, de Porto Alegre, que, com nove anos de idade, foi sequestrada e encontrada morta próxima da ERS-118, em Alvorada. O incidente gerou uma onda de insatisfação nos moradores de bairros da zona norte da Capital, que, após receberem boatos que eram compartilhados nas redes sociais, se mobilizaram, protestaram e agrediram agentes de uma delegacia de Polícia Civil que nem sequer era responsável pela investigação do crime. (AM)

TRÂNSITO - Márcio Bins Ely (PDT) denunciou a omissão da EPTC para resolver problemas de segurança no trânsito em um ponto específico da avenida Sertório. O local é uma travessia de pedestres que fica em frente a uma instituição de ensino superior, com fluxo diário aproximado de três mil alunos. Dentre as dificuldades, estão problemas de sinalização por falta de placas, acessibilidade precária por conta de desalinhamento da faixa de segurança e canteiro central desnivelado. “Fica evidente que um cadeirante não consegue atravessar a rua nestas condições”, afirmou, exibindo fotografias do local na tela do plenário. Não bastassem as dificuldades arquitetônicas e urbanísticas, os pedestres precisam lidar também com motoristas que transitam irregularmente nos corredores de ônibus, potencializando as probabilidades de atropelamentos. (AM)

Texto de: Matheus Closs (estagiário de Jornalismo) 
               Alex Marchand (estagiário de jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)