PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças

  • Movimentação de Plenário. Na tribuna o vereador Márcio Bins Ely.
    Márcio Bins Ely (PDT) (Foto: Fernando Antunes/CMPA)
  • Movimentação de Plenário. Na tribuna a vereadora Fernanda Barth.
    Fernanda Barth (PL) (Foto: Ana Terra Firmino/CMPA)

Nos discursos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (21/08), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

FISCAL - Jonas Reis (PT) criticou o governo Melo e apontou possíveis irregularidades em contratos da Prefeitura com uma prestadora de serviços de aluguel de automóveis. “O filho do dono da empresa é o próprio fiscal do contrato. Cadê o líder do governo para explicar? É uma coleção de escândalos na nossa Capital”. Ele informou que realizou um pedido de providência e exigiu esclarecimentos sobre a situação. Por fim, denunciou o que chamou de incompetência da Prefeitura para adquirir os remédios do SUS. (TP)

EDUCAÇÃO - Fernanda Barth (PL) comentou sobre as recentes críticas a respeito do projeto Escola Sem Partido, que tem como objetivo proibir professores de manifestar posicionamentos políticos e partidários em salas de aula. “Não é ‘lei da mordaça’, quem falou isso enganou vocês. Não tem nada a ver com isso. Nós queremos uma escola livre de doutrinação e espero contar com o voto de todos os colegas, porque este é um projeto verdadeiramente democrático.”  (RR)

IDOSOS - Márcio Bins Ely (PDT) discursou sobre a Sociedade Porto Alegrense de Auxílio aos Necessitados (SPAAN) e comemorou os 93 anos de fundação do asilo da instituição, que fica no bairro Nonoai. “A SPAAN é uma obra de Rotary, fundada e administrada por rotarianos, abrigando 119 idosos. A residente mais velha tem 104 anos. Estivemos reunidos lá, agradecendo aos colaboradores, funcionários e voluntários.” Além disso, relembrou o projeto de lei que inclui no calendário municipal o dia 15 de junho como o dia municipal de conscientização contra a violência à pessoa idosa. (LP)

MORDAÇA - Pedro Ruas (PSOL) manifestou-se contra o projeto Escola Sem Partido. De acordo com ele, trata-se de um projeto de “mordaça”. “Não é uma questão municipal, isso é uma questão nacional, aliás internacional, de colocar um freio em opiniões que não sejam aquelas pré-estabelecidas pela direita e pela extrema-direita”, afirmou. “O que se busca é o silenciamento, o grilhão, a opressão, o esmagamento de professores e de todo conjunto de alunos porque eles ficarão sem saber o que deveria ser ensinado”, disse. (BPA)

ESCOLAS - Ramiro Rosário (Novo) defendeu o projeto da Escola Sem Partido para combater, segundo o vereador, a doutrinação ideológica dentro das escolas. Rebateu os argumentos que caracterizam o projeto como censura: “Nós temos uma educação completamente aparelhada, que serve aos sindicatos, e não aos jovens e às famílias”. Também defendeu o modelo de compra de vagas na rede privada. (TP)

APRENDIZADO - Mari Pimentel (Republicanos) repercutiu recente dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Conforme a parlamentar, a posição de Porto Alegre foi uma das mais baixas, o que revela um déficit na educação da Capital. Mari também comentou sobre os livros distribuídos para alunos do ensino fundamental que continham erros de português e matemática. Por fim, defendeu atenção para o assunto: “É importante a Câmara saber o que está sendo comprado e fiscalizar sem ideologia. Queria ver essa direita que grita contra o Lula gritar contra o esquema de corrupção que afundou a educação de Porto Alegre.” (RR)

PEDAGOGIA - Biga Pereira (PCdoB) criticou o projeto de lei que proíbe professores de se posicionarem politicamente e partidariamente em salas de aula. “Professor que transmite conhecimento ficou para trás, as crianças aprendem discutindo. Nenhum professor ou professora discute política partidária dentro de uma escola, esse debate não é de esquerda contra direita. Quem defende essa proposta deseja frear os avanços pedagógicos e sociais construídos na sociedade e pela comunidade escolar, ouvindo alunos, pais e professores.” (LP)

ABRIGO - Lourdes Sprenger (MDB) comentou sobre a ordem de encerramento das atividades do abrigo Centro Vida por parte do Ministério Público. “Nós sabemos que em Porto Alegre entraram mais de 10 mil animais de outros municípios. O Centro Vida é do estado, é um prédio que já está em risco, ele tem umidade, mas lá muitas pessoas também foram abrigadas”, explicou. Lourdes convidou a todos que se sensibilizam com a causa para adotar os animais que ainda estão no local e afirmou que o Ministério Público deveria ter se “dedicado mais a Porto Alegre”. (BPA)

ANIMAIS - Cláudio Conceição (União) acredita que o ocorrido com os animais da empresa Cobasi foi um fato isolado, mas criticou o fato de a empresa, segundo o vereador, “não estar nem aí” para o processo de investigação em curso. Disse ser contra o projeto que proíbe a venda de animais em pet shops. “As pessoas também têm o direito de adquirir pets que não estão no contexto da doação. Têm o direito de querer adotar, ou querer comprar. Precisamos defender o direito de escolha”. (TP)

IDEB - Claudio Janta (Solidariedade) repercutiu os dados divulgados pelo Ideb acerca da educação municipal. “Saiu o último Ideb, que diz como está nossa educação: em penúltimo lugar das capitais brasileiras, e o nosso estado está em décimo primeiro lugar. Nós, que já fomos referência na educação no Brasil, tanto estadual quanto municipal. Temos que discutir o acolhimento aos alunos, a inclusão dentro das escolas e a evasão escolar”, destacou. (LP) 

DÉFICIT - Adeli Sell (PT) também comentou a respeito da baixa posição das escolas municipais no Ideb. Ele criticou o projeto Escola Sem Partido e demonstrou seu desagrado com a atenção que a iniciativa está recebendo, enquanto o déficit educacional na capital gaúcha é deixado em segundo plano: “No dia em que amanhecemos com a manchete de que Porto Alegre é a capital brasileira em que mais piorou a educação, somos confrontados com um debate que não tem lógica. Isso é uma bobagem inacreditável que só aparece aqui em véspera de eleição. E vamos perder tempo discutindo este tema insolúvel. No mundo inteiro, professores têm ideologias”. (RR)

Texto

Brenda Andrade, Laura Paim, Renata Rosa e Theo Pagot (estagiários de Jornalismo)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)