Plenário

Sessão ordinária / Lideranças

Nos tempos de Lideranças da sessão desta quarta-feira (16/10), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

BURACO - Bernardino Vendruscolo (PROS) reclamou de um buraco da operadora Oi aberto na Avenida Carlos Barbosa esquina com Avenida José de Alencar, oferecendo perigo para as pessoas e os veículos. Segundo ele, a Smov informou que se trata de uma caixa subterrânea cuja tampa de concreto teve de ser refeita, mas ainda está curando. Conforme a secretaria, atestou o vereador, a tampa será colocada na sexta-feira. “Mas será que a Oi não tem um tampa reserva? Será que tem de deixar um buraco na via pública?”, indagou. (CB)

COMUNITÁRIO - Cassio Trogildo (PTB) homenageou o Dia do Líder Comunitário, comemorado hoje. Lembrou que a data originou-se de projeto do “saudoso vereador Ervino Besson”. O dia 16 de outubro, segundo ele, foi escolhido porque marca a criação da Uampa, que completa 30 anos. Trogildo destacou a importância dos líderes comunitários para o bem comum e para o controle social das funções do Estado e convidou a todos para uma atividade do PTB em homenagem aos 25 anos do OP e ao Dia do Líder Comunitário, em 22/10. (CB)

VÂNDALOS - Cláudio Janta (SDD) defendeu que as máscaras sejam “banidas” nas manifestações de rua e lembrou que há projeto em tramitação nesse sentido na Casa, apresentado por Mônica Leal (PP). Janta comentou o artigo Quem ganha com a ação dos black blocs?, publicado em jornal de São Paulo pelo secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves. Segundo Janta, o texto fala que os black blocs, ou vândalos, estão ofuscando as manifestações dos professores, estando infiltrados para depredar tudo. “Não aceitamos a violência e a destruição como forma de manifestação, que intimida as pessoas”, disse. “Nós enfrentamos a ditadura de cara limpa; não colocamos sequer uma máscara do saci pererê.” (CB) 

NEGROS - Delegado Cleiton (PDT) disse que o Ministério Público forçou a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta entre as entidades carnavalescas e a prefeitura. “Mais uma vez, as entidades de cultura de matriz africana estão sendo excluídas. Nossos territórios estão sendo excluídos da área central. Já tivemos o Porto Seco, fomos colocados para longe do Centro, assim como nossas sociedades”, lamentou citando a Floresta Aurora e o Satélite Prontidão. “Agora diminuíram os horários de manifestação do povo negro nessas entidades, como se somente o samba trouxesse prejuízo à comunidade do Centro.” (CB)

NEGROS II - Tarciso Flecha Negra (PSD) falou da necessidade do Museu do Negro na Capital. Conforme o vereador, não mostrar a história dos negros é um descaso com a trajetória de um povo que lutou muito. “Precisamos de respeito, precisamos nos juntar. Chegou a hora da raça negra.” Tarciso afirmou que é necessário lutar para adquirir respeito. “Cinquenta por cento da população de Porto Alegre é de afrodescendente, nós ajudamos a construir não só essa cidade, mas também este país, precisamos nos unir, precisamos de respeito”. (TA)

NEGROS III - “Não consigo acreditar que ainda exista preconceito”, afirmou Paulinho Motorista (PSB). Conforme o vereador, educação vêm desde o berço. “A cor da pele não define o respeito que devemos ter pelas pessoas”, acrescentou. Paulinho Motorista elogiou o discurso de Tarciso Flecha Negra (PSD) e afirmou que ele não lutará sozinho. “Vamos lutar todos juntos, estamos trabalhando para a cidade, devemos nos unir.” O vereador também aproveitou seu tempo na tribuna para parabenizar os líderes comunitários. “Hoje é o dia do líder comunitário, parabéns para essas pessoas que apoiam sua comunidade e estão sempre buscando solucionar as demandas de onde moram.” (TA)

NEGROS IV - Idenir Cecchim (PMDB) afirmou que Porto Alegre precisa do Museu do Negro.  “Temos o Museu do Imigrante. Negro é imigrante, mesmo que contra a vontade. Eles ajudaram a construir nossa cultura e economia, nada mais justo que tenham sua história contada.” De acordo com o vereador, a Câmara Municipal tem a obrigação de realizar a Semana da Consciência Negra. Idenir também falou sobre a convenção do PMDB, que acontece no próximo sábado. “São quatro chapas inscritas para o diretório. Estamos com ânsia de mudança, e este é um momento importante para os filiados se manifestarem.” (TA)

REFORMA - Jussara Cony (PCdoB) falou sobre a Frente Parlamentar Gaúcha pela Reforma Política, instalada no início da semana. “Este é um momento marcado pela luta e pela democratização”. A vereadora afirmou que este é um avanço que vai possibilitar construir reformas políticas de importância junto com as entidades, movimentos sociais e partidos. “Queremos mudança, buscamos horizontes para um Brasil soberano e democrático”, completou. Conforme a vereadora, o Brasil não suporta o retrocesso nem a estagnação. “Precisamos fazer a reforma política e avançar nesta discussão”. (TA)

DIÁLOGO - Engenheiro Comassetto (PT) comemorou a parceria republicana da União, do Estado e do Município para “tornar real a possibilidade de avançar na mobilidade urbana” com o anúncio do metrô de Porto Alegre. Ele criticou a postura do prefeito Fortunati de não querer mais mandar representantes às audiências públicas promovidas pela Câmara Municipal. “As críticas ao projeto da Orla, na última audiência, aconteceram por falta de diálogo, e agora o prefeito parece que não quer mais dialogar.” Comassetto repudiou a agressão “descontrolada e descabida” em frente ao edifício onde mora o prefeito. Ao final, se disse preocupado com a burocracia na aprovação de projetos e diz esperar que o escritório de licenciamento, recentemente inaugurado, faça com que a cidade saia de seu estado atual: “A cidade está parada!”. (GF)

DIÁLOGO II - Airto Ferronato (PSB) fez uma breve homenagem à União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa) e aos líderes comunitários e defendeu o projeto do Executivo para a Orla do Guaíba, afirmando que “estamos num grande começo de projeto para qualificar a Orla do Centro até o Lami”. Ele garante que, após a finalização do projeto, todos os cidadãos de Porto Alegre terão acesso ao rio. Ferronato, contrapondo Comassetto, defendeu a postura do prefeito em boicotar as audiências públicas, uma vez que estas reuniões, segundo ele, não podem ser ofensivas aos convidados, “como ocorreu na segunda-feira”. Ele diz que a posição do prefeito significa um sinal necessário para alertar sobre a falta de respeito. Por fim, se disse favorável a qualquer manifesto, desde que pacífico. “Manifestação precisa ter o cunho de manifestação e não de depredação”, concluiu. (GF)

DIÁLOGO III - Mônica Leal (PP) se disse “surpresa, chocada e triste” com o que aconteceu ontem, quando houve o “ataque à casa do prefeito José Fortunati”. Ela mostrou imagens da frente do edifício em que reside o prefeito para exemplificar a depredação. “Protesto, sim; vandalismo, não!”, exclamou, lamentando a disparidade entre o tratamento destinado ao prefeito e ao governador por parte da Brigada Militar, “uma vez que, quando aconteceram os protestos de professores na casa de Tarso Genro, dezenas de policiais protegeram o local, enquanto na casa de Fortunati ficaram apenas olhando”. Mônica também apoiou a decisão do prefeito de não mandar mais representantes às audiências púbicas, uma vez que teria acontecido, na segunda-feira, “desrespeito muito grande" ao arquiteto Jaime Lerner. "Entendo e apoio a decisão do prefeito enquanto a baderna continuar.” (GF)

DIÁLOGO IV - Mauro Pinheiro (PT) rebateu Mônica Leal (PP), dizendo que ficou preocupado com a decisão do prefeito Fortunati em não participar das audiências públicas. Ele diz que o chefe do Executivo Municipal está se isolando e desrespeitando outras instâncias como a Câmara Municipal e o Ministério Público. Pinheiro também falou da CPI da Procempa, dizendo que acha “incrível como a Procempa transferia recursos para a associação dos funcionários”, num valor que pode passar de R$ 5 milhões. “E o pior é que os números apresentados pela direção da Procempa não batem com a contabilidade da associação. Parece que a Procempa, assim como o governo Fortunati, não vive um bom momento.”, concluiu. (GF)

DIÁLOGO IV - Reginaldo Pujol (DEM) pediu compreensão com o prefeito José Fortunati. "Como esperar que alguém que foi estupidamente agradecido possa ter pensamento sereno nesta hora? Temos que entender isso no contexto." Comentou que pessoas de bom senso são solidárias a Fortunati. "Quem pode concordar com essa loucura que aconteceu ali na Praça da Matriz mais uma vez? Entendo que o prefeito não precisava ter dado a manifestação que deu, pois já tinha a solidariedade de todos." Disse ainda que, embora a atitude não tenha sido a mais recomendável, "não podemos deixar de demonstrar solidariedade ao prefeito, que tem sido vítima de tantas agressões". (MM)

Textos: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
    Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
    Gustavo Ferenci (reg. prof. 14.303)
    Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)