PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças

Vereador Everton Gimenis.
Everton Gimenis (PT) (Foto: Leonado Lopes/CMPA)

Nos discursos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (12/6), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre abordaram as seguintes pautas:

RECURSOS - Airto Ferronato (PSB) abordou um card publicado nas redes sociais com o resultado da votação de uma emenda do projeto do Bônus-Moradia. Disse que o município não tem como oferecer o mesmo valor que a União. Ele também criticou a apresentação de emendas com valores maiores do que o benefício proposto no projeto. “Eu acredito que votamos certo, não contra a doação de recursos para o povo atingido pelas enchentes. Apenas mantivemos o valor que estava previsto pelo projeto”. (BPA)

ESCOLA - Lourdes Sprenger (MDB) relembrou o seu mandato à frente da Escola do Legislativo Julieta Battistioli: “Nosso foco de gestão seguiu as demais escolas legislativas do estado e do País, que é buscar aplicação e gerência de conteúdos, com estratégias de ensino que são capazes de promover os resultados pretendidos no planejamento da Câmara de promover aperfeiçoamento e desenvolvimento pessoal e profissional dos servidores, assessores e gestores”. (LP)

CRÍTICAS - Karen Santos (PSOL) criticou o projeto, na ordem do dia, que desvincula recursos dos fundos municipais. Para a vereadora, tal política não permite que a população tenha acesso ao que é seu por direito. Além disso, se opôs à iniciativa que permite aumentar a vida útil de ônibus antigos em Porto Alegre: “Todas as alternativas trazidas para a Câmara por este governo pioraram a situação do transporte. Muitos ônibus hoje já circulam com a data de validade vencida. O que o governo quer é trazer legalidade para algo ilegal.” (RR)

EMBATE - Fernanda Barth (PL) disse que foi injustamente exposta e caluniada pelo vereador Giovani Culau e Coletivo (PCdoB) em suas redes sociais, pela divulgação do posicionamento contrário da vereadora à ocupação de prédios públicos por movimentos sociais. Barth rebateu as acusações e abordou sua trajetória e projetos que participou junto à população pobre da cidade: “Não aceito virem e mentirem nas redes sociais. Nunca tive problema com gente de periferia ou de onde for”. (TP)

OPOSIÇÃO - Moisés Barboza (PSDB) citou os discursos de vereadores da oposição sobre a falta de política habitacional em Porto Alegre. Ele disse que há “desonestidade intelectual” nas afirmações, pois, de acordo com ele, os moradores do bairro Anchieta, na Vila Dique 2, habitam um local irregular e impróprio há mais de 40 anos. “As pessoas não foram morar lá porque queriam. A gente sabe dos problemas e das dores da sociedade, mas elas estão em local inadequado há 40 anos”. (BPA)

AFASTAMENTO - Engenheiro Comassetto (PT) agradeceu aos colegas e trabalhadores da Câmara e comunicou o licenciamento do seu mandato para assumir a diretoria de Habitação na Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul: “O tema da habitação é muito importante e muito nobre. Nós precisamos, os municípios, o Estado e a União, construir aquilo que tem de mais digno na vida das pessoas e das famílias: suas moradias.” (LP)

ABANDONO - Everton Gimenis (PT) cobrou aplicação e fiscalização de políticas públicas para bairros periféricos que foram atingidos pelas enchentes. “A periferia está abandonada. Tem atos todo dia no Sarandi e na Vila Farrapos, porque tem lixo jogado no chão e as pessoas não conseguem voltar para casa. Esta Casa precisa propor soluções e fiscalizar como estes recursos vão ser utilizados". Ele também abordou sua posse, em substituição ao vereador Engenheiro Comassetto: “Nosso mandato está de portas abertas para os movimentos sociais e a reconstrução da nossa querida Porto Alegre.” (RR)

RESPOSTA - Giovani Culau e Coletivo (PCdoB) respondeu às falas de Fernanda Barth. Segundo ele, suas acusações contra a parlamentar têm fundamento, pois a mesma praticou LGBTfobia ao propor um projeto de lei sobre gênero, que posteriormente foi arquivado. Disse ainda que a vereadora compartilhou fake news a respeito de Manuela D’Ávila (PCdoB) e utilizou termos pejorativos para se referir a moradores de favelas. “O que eu publiquei nas minhas redes sociais são manifestações da senhora que a senhora não retirou nesta tribuna. Nossa contradição não é de gênero, é de classe. A senhora defende uma política higienista, de gentrificação social e anti-povo”, criticou. (RR)

MORADIA - Márcio Bins Ely (PDT) apontou a necessidade de se tomar medidas para resolver um problema no bairro Rubem Berta, em que a passarela de pedestres que liga Alvorada a Porto Alegre foi destruída. Também pediu ao governo federal que flexibilize as regras dos projetos de redistribuição de moradia anunciados e viabilize a participação das imobiliárias no oferecimento de imóveis. (TP)

REPÚDIO - Comandante Nádia (PL) discursou sobre a tomada do antigo prédio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no Centro Histórico de Porto Alegre, pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). “Ocupa aquilo que é teu, a gente ocupa nossa casa, nosso espaço na tribuna, ocupa o que é nosso. Invasão significa invadir o espaço do outro, seja público ou particular. Portanto, quando chamam de ocupação a questão do MTST num prédio público federal, está errado, ali é uma invasão.” (LP)

DEFESA - Ramiro Rosário (Novo) afirmou que as acusações feitas pelo vereador Giovani Culau contra os parlamentares de direita são ataques à cidade. Ramiro relembrou que todos os vereadores da Casa cobraram respostas sobre o caso de incêndio na Pousada Garoa. “A hipocrisia do vereador comunista aqui é latente. Para ganhar mídia, ele critica as condições da Pousada Garoa, mas ao mesmo tempo sobe aqui para defender que as pessoas mais pobres vivam num prédio que é uma arapuca”. Ele questionou as condições estruturais e de segurança do antigo prédio do INSS do governo federal e se opôs à recente ocupação. (BPA) 

PROJETOS - Mônica Leal (PP) acusou o vereador Jonas Reis (PT) de publicar inverdades em suas redes sociais a respeito de uma votação sobre o Bônus-Moradia, um auxílio financeiro para famílias que foram atingidas pelas cheias. Segundo a parlamentar, não foi um veto, e sim um pedido de maior cautela: “Nós temos que ter cuidado e muita responsabilidade, pois se trata de dinheiro público. O município tem que ter condições de arcar com aquilo que propõe. Por isso, é importante uma avaliação sobre as propostas apresentadas. Não vamos utilizar este trágico episódio da catástrofe climática que assola Porto Alegre com ideologias políticas, siglas partidárias e mentiras”. (RR)

AUXÍLIOS - Cláudio Janta (Solidariedade) relatou a situação difícil de diversos micro, pequenos e médios comerciantes, que estão precisando de auxílios e recursos para reconstruir seus estabelecimentos. “Neste país, se dá dinheiro para banqueiros e para países estrangeiros. Mas não se dá dinheiro para as pessoas”, criticou. Também apontou que o Pronampe está sendo insuficiente e de difícil acesso, bem como os demais auxílios diretos à população. (TP)

Texto

Brenda Andrade, Laura Paim, Renata Rosa e Theo Pagot (estagiários de Jornalismo)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)