Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Sessão ordinária híbrida. Na foto, vereador Aldacir Oliboni
    Vereador Aldacir Oliboni (PT) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão ordinária híbrida. Na foto, vereador Claudio Janta
    Vereador Cláudio Janta (SD) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante o período destinado às Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (26/5), os vereadores fizeram os seguintes pronunciamentos: 

DEDICAÇÃO - Pai Ricardo d’Oxum (PSDB) utilizou o seu primeiro espaço na tribuna para agradecer a todos que contribuíram para sua chegada à Câmara Municipal de Porto Alegre, desde eleitores até sua família e equipe. “Sabemos as dificuldades que o povo enfrenta, mas vamos trabalhar muito nesses dias. Esperem o máximo de mim.” Prometeu exercer o cargo com honestidade e dedicação ao Legislativo de Porto Alegre. (RF)

PREVIDÊNCIA - Aldacir Oliboni (PT) disse que, infelizmente, o momento de pandemia impossibilita a Câmara de abrir seu espaço físico para “sentir o calor humano do servidor público que se manifesta contra a Reforma da Previdência”. Disse que Melo prometeu que o servidor “não ia perder mais”, citou a “desvalorização salarial” da categoria, criticou os processos de privatização e “a perseguição aos servidores demitidos do Imesf”. Oliboni afirma que o dia de votação da Reforma “é muito triste para o servidor público” e demonstrou decepção com muitos vereadores que “estão cooptados com o governo por indicações de CCs, de parentes”. Segundo Oliboni, “esse governo é mais quatro anos de desastre para a nossa cidade”. (RF)

DIÁLOGO - Cláudio Janta (SD) criticou o vereador Aldacir Oliboni (PT) por dizer que alguns vereadores não mereciam estar na Casa por “traírem os eleitores”. Janta aponta que “quem demitiu 500 servidores do Imesf não foi o governo, foi a sua bancada (do PT)”. O vereador diz que “uma coisa que o prefeito Melo não fez foi mentir” e reforçou que na campanha “foi prometido diálogo, mas os servidores não querem ceder em nada”. Disse que o PT não quis ceder na questão da redução da jornada de trabalho e reforma trabalhista, votadas no Congresso. "Vocês radicalizaram.” Janta alerta que “não pode é uma pessoa ficar a vida inteira na iniciativa privada e querer se aposentar depois de cinco anos no setor público e em plena atividade”. (RF)

COVID - Pedro Ruas (PSOL) disse que cobra do prefeito “compromisso com a cidade” e aponta que a situação da covid “se agravou no Brasil”. “A cada 100 infectados no Brasil, temos 2,8 óbitos. No RS, temos quatro óbitos a cada 100 infectados, e quem puxa esses óbitos é Porto Alegre”. Ruas diz que Melo “não conseguiu elaborar um único projeto de combate à pandemia” e “quer convencer as pessoas de que abrir tudo na cidade não aumenta os casos de covid”. Sugeriu projetos para distribuir cestas básicas, álcool gel, auxílio emergencial ou “qualquer tipo de ajuda às pessoas”. Lamentou que o PLL Nº 068/21 não foi votado na última segunda-feira (24/5) e acredita que o “governo ignora o que povo está sofrendo”, pois “o lado do governo é o dos ricos”. (RF)

PREVIDÊNCIA – Roberto Robaina (PSOL) fez algumas considerações contra a proposta do Executivo sobre a reforma da previdência. “Não estão pensando na questão ligada às finanças, mas no ajuste para redução dos direitos dos trabalhadores. Há um grande equívoco, pois não leva em conta que temos no país uma lógica econômica dominante, que é a neoliberal, e um tipo de economia que tem como característica mais importante a exportação. Ao defender os direitos dos servidores, estamos defendendo o conjunto da classe trabalhadora e não fazer com que não tenham direito à aposentadoria. Esse projeto não tem condições de ser aprovado. Vamos derrotar com a unidade de 13 vereadores, pois é um projeto contra o serviço público e antipopular.” (BMB)

ESTÁDIOS – Mauro Pinheiro (PL) defendeu projeto de sua autoria e que visa autorizar a presença do público nos estádios de futebol. “Desde março de 2020, as torcidas estão impossibilitadas de frequentar a Arena e o Beira-Rio. Sabemos que tivemos momentos difíceis, mas vejo que, neste momento, em que estamos numa situação bem melhor, podemos retornar as torcidas aos estádios. Queremos discutir com os vereadores, prefeitura, presidentes dos clubes, Federação Gaúcha de Futebol e população, pois ninguém quer que se volte como foi na final da Libertadores, com uma partida em que as torcidas foram de forma desorganizada. Nossa ideia é que possamos fazer a discussão e voltar de forma regulamentada, cumprindo todos os protocolos, pois um jogo com torcidas movimenta no mínimo 5 mil trabalhadores, dentro e no entorno”. (BMB)

FEMINICÍDIO – Bruna Rodrigues (PCdoB) solicitou apoio dos parlamentares para a aprovação de moção contra o feminicídio. “Neste momento de pandemia, onde são as mulheres que chefiam as famílias nas comunidades, elas têm sofrido com o aumento da violência doméstica e do feminicídio. Já está na pauta essa moção, que penso que deverá ser aprovada por unanimidade, pois acredito que nenhum vereador pactue com o aumento da violência. Nos solidarizamos com todas as mulheres, que cuidam dos seus filhos enquanto não conseguem mandar para a escola com segurança. O Executivo precisa apresentar políticas efetivas de proteção às mulheres e às crianças também, ações de combate à violência e que garantam a segurança e a integridade.” (BMB)

MUNICIPÁRIOS – Airto Ferronato (PSB) também tratou do projeto da reforma da previdência e fez esclarecimentos aos municipários e a seus eleitores. “Nos meus 68 anos de idade e 32 anos de Câmara, tenho procurado agir de forma serena e pacífica, buscando coisas que tratem para melhor as propostas que dizem respeito aos servidores. Sempre participei de todas as reuniões e sempre disse da necessidade de medir as ações. Disse às entidades e ao governo que não serei o 24º voto (favorável ao projeto). Quando o projeto entrou na Câmara, passamos a defender a ideia de que não se votaria se não tivesse emenda trazendo regras de transição. Conversamos mais uma vez e definimos uma subemenda a pedido de entidades e servidores. Assinar isso não significa que está tudo resolvido.” (BMB)

 

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Bruna Mena Bueno (reg. prof. 15.774)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)