Sessão Ordinária / Lideranças
No período de Comunicação de Lideranças, em tempos antes e depois da Ordem do Dia, da sessão ordinária desta quarta-feira (31/5), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre discutiram sobre os seguintes temas:
CONGELAMENTO - “Hoje é uma tarde péssima para Porto Alegre. O Marchezan escolheu os trabalhadores como seus inimigos” declarou Fernanda Melchionna (PSOL), primeira a expor sua contrariedade à votação do Projeto de Lei que prevê que o congelamento dos salários dos municipários. Conforme Melchionna, o PL representa uma “manobra autoritária” do prefeito municipal que “ataca a categoria que está lotando as galerias” do Plenário Otávio Rocha. Criticando os comentários feitos por Marchezan Jr., a vereadora afirmou que na “nossa opinião, vagabundo é quem desrespeita os trabalhadores” e que o prefeito está tentando criar um Estado mínimo para a população e um Estado máximo para as empresas. (CM)
CONGELAMENTO II - "Esse projeto de lei é uma sinalização péssima de um governo que não veio para construir uma gestão com os municipários” declarou Sofia Cavedon (PT). Conforme a vereadora, o projeto é contrárias aos servidores municipais por propor o congelamento dos salários. "O secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, enxerga a folha salarial como uma fonte de recursos”, afirmou. Entretanto, Sofia revelou considerar a folha de pessoal “um investimento obrigatório que a Prefeitura tem que fazer. O maior investimento precisa ser no funcionário público pelo serviço que presta à população". Por fim, ela declarou que “para o governo o mais importante é massacrar os municipários e municipárias”. (CM)
CONGELAMENTO III - Marcio Bins Ely (PDT) afirmou que, se estivesse comandando a Prefeitura Municipal em uma situação financeira difícil, faria o possível para não precisar parcelar os salários: "o funcionalismo precisa estar perto do governo". Falando em nome da bancada do PDT na Câmara, Bins Ely disse ser contra a aprovação do projeto de lei que prevê o congelamento dos salários dos servidores pois o mesmo “tira direito constitucional dos trabalhadores”. O vereador ainda criticou a postura do prefeito Marchezan Jr. dizendo não ser esta uma “postura de quem quer iniciar um governo”. (CM)
CONGELAMENTO IV - Rodrigo Maroni (PR) revelou aos presentes nas galerias do Plenário Otávio Rocha ser filho de pais servidores públicos e que acompanhou suas lutas quando era criança. “É fundamental que os sindicatos sejam organizados e que tenham espaço para a negociação”. Maroni defendeu reiteradamente que haja uma conversa entre o prefeito Marchezan Jr. e o Simpa para tratar sobre os assuntos da categoria. “Eu defendi na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e defenderei até o final que tenha uma abertura para a negociação”, declarou. Ao final, ele sugeriu aos municipários: “se vocês não estão satisfeitos, tem que ter greve.” (CM)
CONGELAMENTO V - Roberto Robaina (PSOL) disse que o governo se apressou para trazer o projeto sobre o congelamento dos salários dos municipários para a Câmara, por pretender que o mesmo fosse votado antes do final do mês para que a lei não viesse a favorecer aos servidores, caso aprovada. "Isso faz com que a Câmara se curve aos seus interesses, mas tenho certeza que isso não vai ocorrer", disse. Robaina ainda falou sobre outras despesa do Município e disse que seu partido tem lutado para que haja investigação sobre corrupção no Departamento de Esgosto Pluviais (Dep). "Nós achamos que não é possível que a Câmara aceite uma lógica que corte despesas dos serviços públicos. É preciso discutir a receita do município", defendeu. (MF)
AMARELO - Dr. Thiago Duarte (DEM). comentou projeto de sua autoria, em tramitação na Câmara, que institui o Setembro Amarelo no Calendário Oficial de Porto Alegre. Segundo Thiago, o Setembro Amarelo se constituirá num mês dedicado à prevenção do suicídio e à valorização da vida: "pois o suicídio também é um problema de saúde pública que inclui patologias da depressão". Garantiu que, no mês de setembro, haverá eventos programados para este período. Em relação ao projeto do Executivo que tratava da reposição salarial dos municipários, ratificou que o Bloco Independente ao qual pertence não acreditam na lógica de ser contra ou a favor do governo. "A retirada do projeto não significa derrota do governo, mas vitória do diálogo." (CS)
Textos: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)