Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Sessão ordinária. Vereadora Mônica Leal
    Vereadora Mônica Leal (PP) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão ordinária. Vereadora Bárbara Penna
    Vereadora Barbara Penna (Republicanos) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (19/5), em sessão ordinária realizada no formato híbrido, vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos no período de Lideranças:

FOME - Mônica Leal (PP) demonstrou apoio ao projeto que autoriza o Executivo a fornecer almoço a estudantes da rede municipal durante a pandemia. “É um projeto muito importante enquanto vemos o número de CNPJs que não existem mais”, afirma Mônica, ressaltando o aumento de pessoas nas periferias que perderam seus trabalhos. “Não tem ideologia política num momento desses. Essas crianças vão para a escola muitas vezes com o desejo de ter uma única alimentação.” A vereadora aponta que é um reflexo da perda excessiva de empregos na Capital nos últimos 15 meses. “Me vejo na obrigação de pedir a todos que apoiem o projeto em nome das crianças e das famílias. Não existe coisa mais triste do que saber que uma criança não tem comida”, completou.

MINISTROS - Acerca do projeto que autoriza o Executivo a fornecer almoço a estudantes da rede municipal durante a pandemia, Pedro Ruas (PSOL) concordou com Mônica Leal (PP). Reforçou que nenhuma pauta nacional é indiferente, pois atinge Porto Alegre também. Afirmou que os veículos do país ressaltavam escândalos do Rio de Janeiro, onde "houve gastos na Superintendência do Ministério da Saúde, fizeram todo tipo de negociata possível em plena tragédia social”. Segundo Ruas, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "é um criminoso" e exaltou operação da Polícia Federal (PF) contra Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente. Lembrou a maior apreensão de madeira ilegal do país feita pela PF em dezembro de 2020 e disse que o ministro "defendeu os desmatadores ilegais", além de citar que Salles está envolvido nesse tipo de operação, “promovendo o desmatamento e ganhando dinheiro com isso”.

PREVIMPA - Jonas Reis (PT) disse que "o Ministério da Saúde estava preocupado em reformar com dinheiro público galpões que nunca foram entregues". Demonstrou repúdio aos governantes que "usaram a pandemia para roubar", pois "enquanto não tinha oxigênio no Amazonas, tinha dinheiro nas cuecas do senador". Apontou que em 2019 foi solicitada, pelo Conselho de Administração do Previmpa, uma auditoria acerca do andamento do dinheiro da capitalização, que teve ordem de início apenas em março de 2021. "Em 15/3, a empresa (contratada para a auditoria) solicitou dados, ficou um mês sem resposta e, no dia 13/5, o Previmpa informa que não é possível fornecer as informações". Criticou o prazo de 120 dias pedido pelo Previmpa para informar os dados. "Querem reformar a Previdência sem saber ao certo como está a saúde da Previdência". Disse que a prefeitura "quer manter pessoas até ficarem bem velhinhas e não criar novas vagas".

VIOLÊNCIA - Barbara Penna (Republicanos) disse que, nos últimos meses, se observou agravamento na violência doméstica a mulheres e crianças. "Sem ter um lugar seguro para ir, muitas mulheres têm que conviver com seus agressores permanentemente." Apontou que a Patrulha Maria da Penha carece de investimentos e que Porto Alegre "não possui nenhuma rede de proteção efetiva". A vereadora diz que é procurada por vítimas devido à sua experiência e diz que "também não teve suporte". Citou a falta de vagas nas creches como um dos impeditivos para mães terem oportunidades de emprego e diz que, mesmo com avanços, o SUS ainda apresenta "dificuldades para atender vítimas de violência doméstica". Lembrou o Dia Nacional de Doação de Leite Materno, "gesto que ajuda a salvar vidas dos prematuros e bebês doentes que precisam do alimento".

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)