Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Sessão Ordinária Híbrida. Na foto, vereador Pedro Ruas.
    Vereador Pedro Ruas (PSOL) (Foto: Jeannifer Machado/CMPA)
  • Sessão ordinária semipresencial. Na foto, vereadora Psicóloga Tanise Sabino
    Vereadora Psicóloga Tanise Sabino (PTB) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante o período destinado às Lideranças, na sessão ordinária híbrida desta quarta-feira (4/8), os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

 

ESCOLA - Alexandre Bobadra (PSL) trouxe “uma triste lembrança”, a passagem de um ano da explosão no Porto de Beirute, no Líbano, que matou 214 pessoas. “Foi o pior desastre da história do Líbano, tiveram problemas com alimentação, energia elétrica e combustível no país.” Salientou que hoje houve uma missa em homenagem aos falecidos. “Tem mais libaneses no Brasil do que no Líbano.” Lamentando que a Capital não esteja nos primeiros lugares dos índices de avaliação educacional do país, Bobadra criticou o uso de linguagem inclusiva nas escolas. “Discutir linguagem neutra com as nossas crianças é covardia.” Pediu que a Câmara tome providências e avalie a ação dos profissionais que aplicaram os materiais às crianças. “Como vamos preparar as crianças para a vida e concursos se não estamos ensinando o certo? É um desperdício de dinheiro público.” Segundo Bobadra, os alunos “não devem servir de laboratório”. (RF)

 

PORTFÓLIO - Jessé Sangalli (Cidadania) disse que constatou “precariedade no fornecimento de energia elétrica” no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul. “Quando liga a televisão, o aparelho de monitoramento cardíaco tem dificuldade de funcionar”, denuncia, informando que, após intermediação com a Justiça do Trabalho, conversou com Mauro Sparta, secretário municipal de Saúde, para resolver a questão. Encaminhou sugestão de se fazer “um portfólio público de projetos” que poderia ser apresentado a empresas em caso de multas. “A ideia é muito simples, e o empreendedor que eventualmente vai ser multado pode escolher entre receber a multa e executar o projeto.” O vereador acredita que a ação vai desonerar os cofres públicos e “pode ser benéfico também aos empreendedores, já que a multa acaba descapitalizando a empresa”. (RF)

 

LEGALIDADE - Pedro Ruas (PSOL) lembrou que este mês de agosto marca os 60 anos do Movimento da Legalidade no Rio Grande do Sul. “Em 1961, num gesto heroico e histórico, Leonel Brizola levantou o estado e o país contra forças reacionárias, golpistas.” Segundo Ruas, “o povo se organizou e enfrentou em cada minuto aquela orientação que vinha do governo federal para que o vice-presidente João Goulart não tomasse posse” e “naquele momento a história do Brasil tomava um rumo importantíssimo”. O vereador acredita que “quando vemos um presidente que foge à Constituição, às regras da democracia, que desmoraliza as instituições democráticas, vemos mais ainda a importância daquele movimento de 60 anos passados”. Afirma que, na Assembleia Legislativa, há sessão solene nos meses de agosto em referência ao tema e sugeriu que a Câmara Municipal faça o mesmo. “Aprendi com ele (Brizola) o que é a responsabilidade de um governante, compromisso com o povo e a democracia.” (RF)

 

SUICÍDIO - Psicóloga Tanise Sabino (PTB) trouxe ao conhecimento do plenário os livros da autora Jessica Düber, que tratam sobre maneiras diferentes de se realizar suicídio. “Nos tempos que estamos vivendo, com aumento considerável do número de suicídios na pandemia, não podemos concordar que livros e manuais expliquem detalhadamente como realizar um suicídio.” A presidente da Frente Parlamentar de Prevenção ao Suicídio e Automutilação considera “extremamente perigoso o incentivo desses livros” e aponta que “vai contra o que os profissionais de saúde recomendam” ao se falar do tema. “Precisamos valorizar o ser humano, promover o tratamento da saúde mental, promover o nosso bem maior, que é a vida”. A vereadora protocolou uma Moção de Repúdio contra Jéssica Düber e pediu o apoio dos colegas para a unanimidade do requerimento. (RF)

 

ENSINO - Comentando o uso da linguagem inclusiva nas escolas, Jonas Reis (PT) destacou que é fundamental o direito da cidadania e ressaltou que a intolerância e o ódio não podem prevalecer. “As pessoas querem julgar as formas de amor, as formas de existência, assim como muitos são contra a linguagem neutra dentro das escolas.” O vereador disse ainda que não se pode cercear a liberdade de expressão. “Devemos nos colocar no lugar dos jovens oprimidos, temos que ter respeito ao povo. O barco bolsonarista está com cada vez menos pessoas favoráveis da opressão. Precisamos defender a escola pública”, finalizou o vereador (PB)

 

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)