Sessão ordinária/Lideranças
As vereadoras e vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre discutiram os seguintes temas durante o período de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (29/8):
GOVERNO I - Sofia Cavedon (PT), analisando o contexto de projetos apresentados pelo Executivo, desaprovou a forma como o governo utiliza o argumento de crise econômica para prejudicar o patrimônio público e justificar aumento de impostos, como o IPTU. Qualificou a atitude do prefeito municipal como irresponsável, apontando que não há uma compreensão da gravidade das consequências que a descontinuidade de serviços públicos como saúde, educação e água causarão ao município. “Inaceitável que não dialogue com a cidade. Com estas mentiras, quem perde é a cidade”, lamentou Sofia. (AM)
SAÚDE - “Queremos a abertura do diálogo, independente do movimento. Senão teremos um governo autoritário, alheio aos interesses da população. Enquanto vereadores, não podemos nos eximir nem ficar calados”, salientou Aldacir Oliboni (PT). O vereador acredita que todos os projetos enviados à Câmara pelo Executivo prejudicam a população de alguma forma, seja pela taxação de impostos ou pela punição aos servidores que exercem seu direito de greve. Além disso, chamou atenção para a recente reabertura do Hospital Beneficência Portuguesa. Lamentou que o hospital não atenda mais pelo SUS, atendendo somente pacientes conveniados a planos particulares de saúde e desperdiçando os recursos públicos que já foram investidos ao longo da história da unidade. (AM)
GOVERNO II - Fernanda Melchionna (PSol) demonstrou preocupação com o que considera intransigência do prefeito. “Nunca vimos tamanha falta de diálogo”, complementou. Argumentou que os servidores municipais, além de não terem aumento e compensação salarial, tiveram confisco de parte considerável dos ganhos, devido ao aumento de contribuições. Contando a recente visita que teve em seu gabinete, de servidores que atendem no Hospital de Pronto Socorro (HPS), para denunciarem o descaso do governo com a pouca infraestrutura e atenção aos pacientes, manifestou total repúdio à prefeitura. (AM)
FUNDOS I - Moisés Barboza (PSDB) comentando sobre o projeto que trata dos fundos municipais, concordou com a vereadora Sofia Cavedon (PT), que afirmou que “mentira tem limite”. “Lamento que exista, no município, tanta grenalização e manipulação de informações para mobilizar pessoas e movimentos”, disse. Esclareceu que a maioria dos fundos não serão extintos, com exceção apenas de dois: o Fundo Municipal de Compras Coletivas e o Fundo Monumenta. Explicou também que os recursos deste último fundo que eram destinados à cultura continuarão a serem alocados para o desenvolvimento cultural. (AM)
FUNDOS II - João Carlos Nedel (PP) afirmou que tem ouvido muitas inverdades a respeito do projeto enviado pelo Executivo, que afeta os fundos públicos do município. Para ele, a afirmativa de que os fundos passarão a ser extintos não é verdadeira. Ao longo de seu pronunciamento, o vereador leu uma relação dos fundos, que de acordo com ele, terão seus valores reduzidos, mas seguirão ativos. “Todos podem fiscalizar”, garantiu. Ainda conforme Nedel, a relação apresentada por ele na tribuna foi entregue ao presidente do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), com o objetivo de esclarecer o projeto para os servidores. (MF)
FUNDOS III - Dr. Thiago Duarte (DEM) defendeu mais diálogo do Executivo em relação aos projetos enviados à Casa. Durante sua manifestação, ele fez uma solicitação ao prefeito, para ele que dialogue com os servidores ao invés de radicalizar em ações, que segundo o vereador, oprimem os trabalhadores e dificultam os serviços prestados à população. “Todos perdem com isso. Perdem os vereadores, os servidores, a prefeitura, os bairros da cidade, mas principalmente as pessoas que mais precisam dos serviços públicos da cidade”. Ele ainda afirmou que o projeto voltado a manutenção dos fundos públicos não deverá ser aprovado, com a justificativa de que a cidade perderá ainda mais recursos. (MF)
GREVE - O vereador Moisés Barboza (PSDB) leu nota emitida pelo prefeito Nelson Marchezan Jr. sobre a continuidade da greve dos municipários de Porto Alegre. De acordo com a nota “o funcionalismo está sem saída para uma greve sem motivos e, por isso, intensificou o gasto publicitário e as ações midiáticas para tentar justificar a injustificável”. Ainda, de acordo com a manifestação, “ao insistir em uma paralização sem sentido, a não ser por proveito particular e partidário de seus dirigentes militantes, o Simpa se afasta dos bons servidores quem prestam serviços públicos à população de Porto Alegre. Mais do que isso: penaliza as pessoas que mais precisam de atendimento essencial na saúde, educação e assistência social”. (RA)
Textos: Alex Marchand (estagiário de jornalismo)
Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Regina Andrade (reg. prof. 8.423)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)