PLENÁRIO

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentações de Plenário.
Vereadores em Plenário nesta quarta-feira (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (05/02), na Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores fizeram as seguintes manifestações no Plenário Otávio Rocha, em período de Lideranças:

APELOS - Aldacir Oliboni (PT) trouxe ao plenário o caso de uma obra que está ocorrendo na Av. Bento Gonçalves, no trecho entre a Av. Antônio de Carvalho e a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), em que a empresa responsável pelo serviço retirou a camada de asfalto da via e já causa, há mais ou menos dez dias, transtornos na região. As reclamações são oriundas dos comerciantes locais, que apelam para a obra não ser abandonada. “Os cidadãos não podem pagar pela má gestão do poder público”, disse. O vereador citou as situações dos Pronto Atendimentos da Bom Jesus e Lomba do Pinheiro, que, segundo Oliboni, após as demissões de funcionários e terceirizações de serviços, o tempo de espera pelo atendimento pode variar de oito a 12 horas. O parlamentar sugeriu maior atenção do prefeito a esses dois casos.

CULTURA - Adeli Sell (PT) começou parabenizando os vereadores que votaram contra o projeto de retirada dos cobradores, na última segunda-feira (03/02), mostrando-se orgulhoso em ter defendido a classe, além de mostrar disposição para discutir um novo sistema de mobilidade urbana, em conjunto com a região metropolitana, sugerindo reuniões com a Metroplan e a EPTC, afim de fazer planos de integração do transporte coletivo de passageiros, pensar em Porto Alegre e nas cidades que a rodeiam. O vereador criticou as terceirizações da Cinemateca Capitólio, “belo centro da cultura cinematográfica de Porto Alegre”, e do Atelier Livre Xico Stockinger, o qual, segundo Adeli, formou grandes artistas para o município. “A cultura está sendo mercantilizada, cultura tem que ser coisa do povo”, manifestou. Adeli elogiou as conversas do presidente Reginaldo Pujol (DEM) com a direção do Theatro São Pedro, que tem como objetivo uma parceria que “pode alavancar a cultura na nossa cidade”.

PACOTES - Airto Ferronato (PSB) apontou sobre os recentes projetos colocados em pauta na Câmara e na Assembleia Legislativa. O “pacotaço” apresentado pelo governador Eduardo Leite, que, segundo Ferronato, veio para retirar direitos dos servidores públicos e manter privilégios de isenções e uma série de benefícios fiscais a megaempresas que se instalam no Rio Grande do Sul. O vereador lamentou a posição dos parlamentares do seu partido, na Assembleia, que “criminosamente votaram a favor desses projetos absurdos que retiram dinheiro do povo e o mantém em enormes conglomerados empresariais”. A respeito do pacote da mobilidade urbana de Porto Alegre, caracterizou as medidas como o “fim dos tempos”. “Já está na hora dos parlamentares compreenderem que uma ou duas categorias não seguram um déficit público existente há mais de 40 anos”, completou.

DISCUSSÃO - Prof. Alex Fraga (PSOL) apontou que os vereadores não tinham acesso e nem consciência dos projetos que compunham o pacote da mobilidade urbana de Porto Alegre, que foram colocados e pautados nas sessões extraordinárias de 30 e 31 de janeiro desse ano. “Não podíamos votar algo que os vereadores desconheciam, não é racional”, disse. Fraga manifestou que, após ter acesso concedido aos projetos e analisá-los com muito cuidado, os partidos de oposição se mostraram favoráveis a discutir dois deles: o fim da taxa administrativa, chamada de Câmara de Compensação Tarifária (CCT), e os preços variados na passagem ao correr do dia. Caso sejam para desonerar o bolso do trabalhador, o vereador acredita que as propostas possam “evoluir com mais celeridade”. Entretanto, para Fraga, “parece ridículo” cobrar das pessoas para que acessem Porto Alegre. Além disso, o vereador deixou uma indagação a respeito de como serão identificados os veículos oriundos da capital, uma vez que nos novos emplacamentos, padronizados no Mercosul, não constam mais a cidade, apenas o país.

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)