Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Sessão ordinário. Na foto, vereadora Bruna Rodrigues
    Vereadora Bruna Rodrigues (PCdoB) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão ordinário. Na foto, vereador Idenir Cecchim
    Vereador Idenir Cecchim (MDB) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (16/6), os vereadores e vereadoras trataram dos seguintes temas:

TRANSPORTE – Aldacir Oliboni (PT), em nome da bancada, manifestou-se contra a iniciativa do Executivo Municipal que visa à desestatização da Carris. “Queremos o diálogo que o prefeito está propondo. Estamos encaminhando uma comissão especial na Câmara para que, juntos, possamos buscar uma saída para o transporte público sem que seja necessário privatizar a Carris. As concessionárias atuais não vão resolver o problema do transporte. Já foram liberados mais de R$ 80 milhões em tempos de pandemia, e eles (empresários) continuam querendo subsídios. São dois mil trabalhadores na Carris e 720 mil passageiros. Queremos tempo de discussão para ver alternativas e não vender ou liquidar a Carris. Ela não é minha, não é do prefeito, é da sociedade porto-alegrense. Precisamos discutir esse projeto com os trabalhadores e com a sociedade.” (BMB)

CARRIS – Roberto Robaina (PSOL) afirmou que o projeto sobre a Carris é uma vergonha. “Esse projeto de liquidação da Carris está mostrando que o governo só tem pauta prejudicial. Na hipótese do plano do governo dar certo, ou as pessoas serão massacradas com tarifas cada vez mais caras ou se estabelecerá algum nível de subsídio, como ocorre com as empresas privadas, que vão receber mais. Com o fim da Carris, o poder público fica sem capacidade de regular o transporte privado, ficando na mão das empresas, a licitação é recente, numa luta que em grande parte tem a ver com o PSOL. Tenho projeto que institui a taxa de mobilidade e que pode reduzir o valor da passagem a quase R$ 2. É preciso política real para melhorar o sistema. Liquidar a Carris é liquidar a possibilidade do poder público controlar o sistema de ônibus de Porto Alegre.” (BMB)

PRIVATIZAÇÃO – Pedro Ruas (PSOL) também abordou o tema sobre a Carris. “Sabemos que, em todo o País, há o subsidio para o transporte público. O anúncio que o prefeito tem alegria em privatizar nos choca. Queremos debater de forma séria, pois a solução sempre é a venda. O serviço público é de muita importância, é o patrimônio dos que não têm patrimônio e tem que ser prestigiado, sim. Tem que haver alternativas de busca de recursos. SP tem subsídio federal. Por que aqui não pode ter, se o prefeito é alinhado como poucos ao governo federal? Por que aqui não se consegue (recurso) para a Carris? Busca no governo federal, pois é da lá que sai pra SP e BH. Temos divergência e não vamos nos conformar. Isso atenta contra os interesses da Capital e da população, e faremos enfrentamento sério para manter a Carris.” (BMB)

PASSAGEM - Bruna Rodrigues (PCdoB), em nome da bancada, manifestou repúdio ao aumento abusivo de passagem aprovado pelo Comtu e à privatização da Carris. “Aumento da tarifa está desconectado com o momento que o mundo e Porto Alegre vivem, que desconsidera a pandemia e a crise sanitária e econômica que vivemos e que fala sobre o transporte a partir de uma ótica romantizada, que inclusive destrói o sistema público de transporte e nos leva a questionar que modelo de transporte priorizaremos em Porto Alegre. Quem entrou nas periferias, na pandemia, foi a Carris, ela que assumiu e ficou ao lado dos trabalhadores. Temos gestão privada de transporte muito ruim, que não apresenta qualidade, só aumento dos preços. Vimos repudiar de forma muito firme esse aumento abusivo e a privatização da Carris, porque sabemos a quem vai servir a Carris privada.” (BMB)

TRANSPORTE - Idenir Cecchim (MDB) salientou que, a respeito de transporte público, Bruna Rodrigues (PCdoB) “falou de tudo errado, só não deu uma sugestão”. Cecchim diz que a população “ficou pagando por 20 anos a desastrada intervenção do PT nas empresas de ônibus de Porto Alegre”. Afirma que são necessárias soluções para baixar as passagens, mas pediu coragem do bloco da oposição para “tirar isenções” e “gastos desnecessários de todas as empresas”. De acordo com o líder do governo, “desde 30 anos atrás que estamos tentando organizar a Carris, que custa muito caro”. Criticou a “perfumaria” feita “em cima de uma empresa para ganhar prêmio internacional”. Cecchim salientou que os ônibus “não andam com vento, precisam ter motorista, e nós precisamos ver se precisa ter cobrador todo tempo”. (RF)

 

HOMESCHOOLING - José Freitas (Republicanos) disse que o projeto de homeschooling (educação domiciliar) “vem tarde demais”. Lembrou de uma situação que viveu na época em que foi conselheiro tutelar na região central de Porto Alegre. “Em 2004, atendi uma família que vivia em uma bolha dentro de casa e denunciaram que o pai não deixava os filhos irem para a escola. Ele me disse que tinha medo dos filhos levarem vírus e bactérias para dentro de casa.” Salientou que o Ministério Público decidiu contra a família na ocasião. “Esse projeto é para esse tipo de caso, em que a família pode pagar professores para proteger a saúde.” Encaminhou o voto favorável ao projeto. (RF)

 

ISENÇÕES - Moisés Barboza (PSDB) disse que “alguns aqui terão que pedir desculpas ao governo Marchezan e ao secretário (Rodrigo) Tortoriello”, pois alguns dos problemas do transporte público “poderiam não existir mais, se o populismo tivesse sido colocado de lado e se a eleição não tivesse contaminado esta Casa”. Barboza aponta que “poderíamos ter enfrentado o tema dos cobradores, sem demitir nenhum cobrador”. O líder do PSDB diz que o impacto na tarifa teria sido “sentido beneficamente”. Frisou que é necessário enfrentar o problema das isenções. “Nosso índice de isenção é muito acima do padrão normal do país.” Ressaltou o problema dos táxis-lotação, frisando que “muitos empresários querem entregar as linhas, mas não podem, porque há um contrato a ser respeitado”. (RF)

Texto

Bruna Mena Bueno (reg. prof. 15.774)
Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)