Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Vereador Pedro Ruas
    Vereador Pedro Ruas (PSOL) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Vereadora Daiana Santos
    Vereadora Daiana Santos (PCdoB) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante o período de Lideranças, na sessão ordinária híbrida desta quarta-feira (8/9), os vereadores e vereadoras trataram dos seguintes temas:

 

CARRIS - Aldacir Oliboni (PT) falou que “hoje é um dia muito triste para Porto Alegre” e “para nós da oposição, que defendemos a qualidade do serviço público e a manutenção dos empregos”. O vereador entende que “esse projeto é inconstitucional” e acredita que a proposta, se aprovada, será vencida na Justiça. “A Carris é um patrimônio da cidade.” Salientou ainda que, “nos governos da Frente Popular, a empresa era uma referência nacional e internacional no transporte”. Ressaltou que o prefeito Sebastião Melo “assumiu a agenda do capital”, diferente de quando era vereador e contra as terceirizações e privatizações. “Não respeita mais as diferenças, a opinião da oposição, não aceita nenhuma emenda, projeto ou sugestão nas audiências públicas.” Pediu ao governo que retire o projeto e dialogue com a sociedade. Alerta que “ao liquidar a Carris, as outras concessionárias pedirão muito mais dinheiro público”. (RF)

 

BOLSONARO - Pedro Ruas (PSOL) disse que “foi o pior 7 de setembro da história democrática do Brasil”. Ruas afirmou que, por todo o país, “as transmissões de televisão e rádio mostravam o presidente da República em plena campanha eleitoral, com palanque e trio elétrico”. O vereador criticou a fala do presidente, que disse, "em alto e bom som", que não cumpriria mais decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes. "É inacreditável." O vereador acredita que os atos se trataram de, “no mínimo, campanha eleitoral antecipada, e o resto é crime de responsabilidade”. Ruas conta que um advogado lhe dizia que a manifestação de Bolsonaro era “pré-crime”, mas, segundo o vereador, “já é um crime de responsabilidade, está acontecendo”. Criticou os preços do gás e da gasolina, o índice elevado de desempregados e a falta de “combate efetivo e eficaz” contra a covid-19. (RF)

 

CARRIS II - Roberto Robaina (PSOL) disse que é “uma tarde muito difícil”, em função do ato nacional promovido ontem pelo presidente Jair Bolsonaro. Criticou o discurso de Bolsonaro, apontando que “promove a anarquia, o golpe”, e afirma que o presidente “ataca o movimento dos trabalhadores e instituições da democracia”. Disse que o prefeito Sebastião Melo “adota elemento comum ao bolsonarismo, tentativa de combater uma categoria profissional, os rodoviários”. Para Robaina, a privatização da Carris “significa entregar o sistema de transporte de Porto Alegre às empresas privadas”. Apontou que a Carris tem sido prejudicada porque a ATP não repassa os valores e a prefeitura não cobra esses recursos. Segundo o parlamentar, a aprovação da proposta "significará desemprego e piora substancial do serviço de transporte, não vão baixar as tarifas, aumentar o número de ônibus ou ter mais qualidade”. (RF)

 

ALINHAMENTO - Daiana Santos (PCdoB) citou a manifestação do presidente do STF, Luiz Fux, que “considerou crime de responsabilidade as falas de ontem do presidente Bolsonaro”. Daiana aponta que “aqueles que estão alinhados nesse projeto se amedrontam com a queda vertiginosa da popularidade do presidente”. A vereadora critica a “corrupção ativa em torno das vacinas” e as rachadinhas e elenca a situação dos indígenas, violência, aumento da fome e de pessoas em situação de rua como defeitos atuais do país. Disse que, em Porto Alegre, “muitos que votam contra o trabalhador" não serão esquecidos. “Estão promovendo caos, desordem e aumentando o número de desempregados no país.” Criticou o “triste movimento de fechar as portas da casa do povo” e lamentou que a Capital tenha a “cesta básica mais cara do país”. Sobre o projeto de extinção da Carris, disse que “deveríamos estar colocando outras coisas como prioridade” e criticou o alinhamento do prefeito e vereadores ao presidente. (RF)

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)