Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto, vereador Cláudio Conceição.
    Vereador Cláudio Conceição (DEM) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto, vereadora Margarete Moraes.
    Vereadora Margarete Moraes (PT) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (20/11), durante o período de Lideranças, vereadoras e vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

CONSCIÊNCIA I – “Uma data importante que deve servir para conscientizar que racismo e machismo são formas discriminatórias”. Ao fazer esta afirmação, Margarete Moraes (PT) lamentou que o Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro, não seja feriado em Porto Alegre, a exemplo de diversas outras cidades do país. “A abolição foi só uma assinatura”, disse a vereadora. “Os negros sofrem até hoje com o racismo e a discriminação.” Margarete, que assumiu cadeira nesta tarde por licença do vereador Engenheiro Comasseto (PT), também disse ao plenário que protocolou projeto de lei homenageando o magistrado Rogério Favreto: “Tem um currículo rico no serviço público prestado à cidade”. (HP)

TURISMO -  Idenir Cecchim (MDB) saudou o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), presidido por Henry Chmelnitsky, que está se propondo a colaborar com o desenvolvimento da capital gaúcha. O vereador revelou que, em café da manhã nesta quarta-feira, a entidade mostrou disposição em ajudar a escolher local para a instalação de um centro de eventos na Capital. “Querem também que as pessoas que vem a Porto Alegre fiquem mais um dia na cidade”, disse Cecchim ao lembrar que a Orla do Guaíba, ao ter suas três etapas finalizadas, deverá mudar o perfil da cidade. “Os visitantes terão razão em ficar aqui”, destacou. “Saúdo o Sindha, que tenta fazer com que Porto Alegre tenha mais atrativos turísticos.” (HP)

CONSCIÊNCIA II – Ao destacar a passagem do Dia da Consciência Negra, Cláudia Araújo (PSD) se comprometeu, na tribuna do Plenário Otávio Rocha, a dar sequência às bandeiras de luta do ex-vereador Tarciso Flecha Negra, principalmente na questão do Museu do Negro. “Sua criação foi aprovada há nove anos”, lembrou ela ao lamentar que até o momento nada tenha sido feito pela instalação e funcionamento deste local que deverá ser de preservação e estudos da presença negra em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. “É uma vergonha”, disse ainda Cláudia, citando ter sido o Brasil um dos últimos países no mundo a abolir a escravidão. “Isso gera consequências até hoje. E uma delas é a perseguição às religiões de matriz africana.” (HP)

CONSCIÊNCIA III – “Venho de uma família negra, sou filho de mãe negra”, destacou Cláudio Conceição (DEM) ao saudar o Dia da Consciência Negra. O vereador revelou que sua família é originária de uma classe fragilizada, com histórias de desencontro e superação de obstáculos. Ao citar ser policial civil por profissão, Conceição disse que atualmente 70% dos presos são negros: “Por causa das condições de vida, da falta de oportunidades. Muitos estão presos por não ter direito à Justiça”. E completou: “A Justiça no país custa caro”. O vereador, contudo, disse não tratar esta questão com vitimismo ou culpa. “Devemos clamar por consciência humana para podermos celebrar com oportunidades iguais, para fazermos diferença não pela cor, mas pela capacidade”. (HP)

RECONHECIMENTO – Márcio Bins Ely (PDT) referiu o dia o Dia da Consciência Negra em sua fala, mostrando todo o seu reconhecimento àqueles que sofreram com a discriminação. “Hoje vivemos novos tempos e reconhecemos que temos uma grande luta pela igualdade de oportunidades.” E também falou sobre o Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete). “Sendo o principal centro de treinamento, está com a grama alta e precisa de manutenção, pois muitas pessoas frequentam o local. Que sejam tomadas as providências cabíveis.” (PB)

GUARDADORES - Airton Ferronato (PSB) usou a tribuna para falar sobre a votação na Casa que passou a proibir a atividade de guardadores de carro em Porto Alegre. O vereador, em sua manifestação, lamentou o resultado, pois, segundo ele, quem extorque as pessoas são jovens pobres à mando de traficantes e não trabalhadores que usam desse expediente para manter suas famílias. “E nós embarcamos nessa 'furada' em aceitar o projeto do Governo”, disse. Ferronato também falou da comemoração dos vereadores que votaram a favor do projeto. “Foi patético.” (RA)

CONSCIÊNCIA - Roberto Robaina (PSOL) falou sobre o Dia da Consciência Negra. Segundo ele, o quadro da representação política no Brasil demonstra que, em geral, somos representados por homens, brancos e muitos ricos. “Ou seja, o oposto da composição social do povo brasileiro.” Robaina também falou sobre os presidiários brasileiros. “Lá temos a maior presença de negros, jovens e pobres, produtos de um pais com a maior desigualdade social.” Na opinião dele, a luta do povo negro é para que se acabe com a exploração racial. “Mas sabemos que falta muito para que tenhamos uma sociedade igualitária.” (RA) 

AEROPORTO - Mauro Pinheiro (Rede) disse que esteve na inauguração das novas instalações do Aeroporto Salgado Filho na manhã de hoje (20/11). “Um investimento que vai trazer grandes transformações para Porto Alegre”, considerou. Segundo ele, a partir de agora o aeroporto está apto a receber aviões de grande porte. “Não vamos mais depender somente do transporte terrestre, o que encarece o produto final para a sociedade.” Na opinião do parlamentar, é uma obra importante feita através de concessão. “Uma forma de se fazer grandes obras mesmo sem ter recursos próprios.” Mauro Pinheiro também falou que a prefeitura vem investindo em parques e praças através de concessões de áreas. “Uma nova maneira para se revitalizar a cidade.” (RA) 

RACISMO - Professor Alex Fraga (PSOL) usou a tribuna para ler um texto do jornalista Eduardo Nunes, que fala sobre o Dia da Consciência Negra. Segundo ele, a obra traz uma reflexão sobre aspectos culturais da sociedade atual em relação ao racismo. “Temos um racismo cultural velado”, disse ele, ressaltando que os negros, de acordo com o texto, eram tratados com condescendência e cinismo. O parlamentar disse que sua manifestação teve o intuito de que piadas racistas sejam cada vez menos aceitas. “Que os negros tenham amigos brancos de verdade, e não cínicos.” (RA)

Texto

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)
Regina Andrade (reg. prof. 8.423)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)