Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças, Comunicações e Grande Expediente

Nos períodos destinados às Comunicações, Lideranças e ao Grande Expediente, na tarde desta segunda-feira (18/4), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram sobre os seguintes assuntos:

HOMENAGEM - João Carlos Nedel (PP) cumprimentou o Exército Brasileiro pela data comemorativa e destacou a importância do trabalho exercido pelos militares. "Nós podemos confiar, haja o que houver. É um orgulho homenagear o exército que foi às guerras, que fez a República. O exército que derrotou ideologias extremistas", disse. O vereador, ao finalizar, agradeceu a presença de todos nas galerias e parabenizou os convidados pelo Dia do Exército Brasileiro. (CPA)

COMEMORAÇÃO - Bernardino Vendruscolo (PROS) ressaltou que homenagear o Exército Brasileiro é homenagear indiretamente o povo brasileiro. "Hoje é um dia importante para o país, e comemorar o Dia do Exército é também uma forma de comemorar pelo povo brasileiro", disse o vereador. Bernardino destacou ainda que se orgulha do trabalho e da maneira que é organizado o exército. "São pessoas que jamais nos deixarão sem amparo. É um orgulho estarmos aqui, com todos vocês, comemorando este dia importante." (CPA)

SEGURANÇA- José Freitas (PRB) agradeceu ao prefeito José Fortunati pela oportunidade em trabalhar na Secretaria de Segurança de Porto Alegre. Conforme citou, a experiência adquirida é gratificante e enriquecedora. "Todo vereador deveria ter a oportunidade de trabalhar com alguma secretaria. É uma experiência e tanto, profissional e pessoal." Falou também sobre a importância de investimentos na área da segurança na Capital e destacou o trabalho exercido pelos guardas municipais. "Acho importante falarmos destes guardas. São homens e mulheres valorosos e importantes para a segurança pública", disse. (CPA)

ESQUERDA - Fernanda Melchionna (Psol) destacou que o seupartido sempre manteve a crítica ao governo Dilma pelo campo da esquerda. Que épreciso chamar o povo a participar do debate para a construção de um novo caminhopara a crise política e econômica que o país atravessa. Observou que o PSOL defendeeleições gerais e que o período é muito complicado, com situações negativas comoo maior índice de desemprego dos últimos 20 anos. Melchionna referiu que o PSOLfaz uma oposição sincera ao governo, sem ocupar cargos, que é contra o arrochoaos trabalhadores, mas que não compactua com o que define como golpe comandadopelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), e o vice-presidente doBrasil Michel Temer (PMDB). Acrescentou que o objetivo é o de afastar a presidente Dilmapara abafar a Operação Lava a Jato. (MG)

VERGONHA – O vereador Rodrigo Maroni (PR) disse ter tido vergonhado que ocorreu domingo (17/4) no Congresso e que, independente do méritodo que estava sendo discutido na Câmara Federal, ficou claro a todos queassistiram pela televisão que aquela Casa Legislativa mantém um baixo nível, “comum acumulado de ladrões, corruptos e chinelos”. Destacou que não é lá queaprenderam a agir dessa forma, mas que essas atitudes demonstram que nãotiveram ou não aprenderam nada da educação na família e na escola. Também fezreferência a um projeto que apresentou e pretende ser um dos mais polêmicos,que prevê o uso de coleira eletrônica para pessoas que praticarem crimes contraos animais. “Entendo que assim esses indivíduos irão se expor e seremconstrangidos diante de tanta maldade que praticam contra seres que não podemse defender”. (MG)

CARÁTER -  Após ahomenagem prestada pelo Legislativo da capital ao Exército Brasileiro, overeador Tarciso Flecha Negra (PSD) afirmou que valores e caráter se adquiremem instituições que impõem respeito, hierarquia e ensinam valores que perdurampara a vida, como no seu caso foram a família, o exército e o futebol. Disseque tem preocupação com os destinos da humanidade, “que ruma para o abismo”.Que do seu aprendizado, resultou um cidadão equilibrado, que sabe respeitare dividir, valores que hoje traz para a atividade parlamentar, buscandorespeitar todas as regras impostas. Por fim, criticou a insegurança no bairroMedianeira, onde familiares têm casa na rua Eurico Lara. Disse que o abandonodo Estádio Olímpico tornou todo o entorno inseguro, tornando o direito de ir evir arriscado às pessoas que moram e trabalham nas proximidades.

VALORES - Valter Nagelstein (PMDB) considerou o dia 17de abril um dos dias mais importantes do Brasil. Para ele, o Congresso não deu golpee a decisão representa a vontade de aproximadamente 90 milhões de votos. Acrescentou quenão vê problema de igrejas ou movimentos de esquerda terem suas representaçõesporque aquela casa pode ser representada como uma sala de espelhos, refletindoa realidade do país e que o apoio da presidente foi o de 137 deputados. Disseque falam muito dos evangélicos e questionou qual o problema, lembrando queesse é um segmento que está presente nos lugares mais pobres, pregando virtudese tirando as pessoas de momentos de desespero. O vereador não vê problema em defenderos valores da família e de se pensar em conservadorismo e que, se Eduardo Cunhatem problemas, deve responder por eles, mas que os do ex-presidente Lula sãobem maiores. (MG)

CONGRESSO - Fernanda Melchionna (PSOL) refutou a ideia de que o Congresso Nacional seja um espelho da sociedade brasileira. Ela lembrou que, do total de 513 deputados, apenas nove são mulheres, bem como só 0,3% deles são negros e apenas um deputado é LGBT declarado. Observou, no entanto, que 40% dos deputados são vinculados a ruralistas, ao poder econômico e à lógica do poder político. Falta vergonha na cara de alguns que se dizem contra a corrupção e fazem parte de partidos corruptos. Defendemos todas as famílias e todas as religiões, mas queremos que o Estado seja laico. É preciso aprofundar investigações da Lava Jato e que Aécio Neves, citado nas delações premiadas, também seja investigado. Michel Temer, Eduardo Cunha e PSDB fazem parte de um bloco de poder. O PT escolheu governar com as elites que agora resolveram apoiar o golpe institucional." (CS)

ALIADOS - Cláudio Janta (SD) disse que seu partido já defendia o impeachment da presidente Dilma Rousseff desde o ano passado. "Já dizíamos que o governo Dilma prejudicava os trabalhadores. O governo reclama de traição, mas foi o PT que escolheu seus aliados. O povo, sim, foi traído pelo PT." Janta ainda afirmou que o governo Dilma promoveu a exploração de trabalhadores e criticou o fechamento de bingos e demitiu milhares de trabalhadores. "Os trabalhadores brasileiros pagaram a conta dos escândalos na Petrobras e no mensalão. O governo acabou com os fundos de pensão e deu o primeiro golpe nos trabalhadores quando diminuiu a jornada de trabalho. Traiu a indústria nacional, demitiu 10 milhões de trabalhadores e acabou com o seguro desemprego. Sangrou o BNDES e sufoca o povo com a inflação." (CS)

ALIVIADO - João Carlos Nedel (PP) disse que não estava alegre, mas "aliviado" com o impeachment da presidente Dilma. "Não gosto do fim melancólico do mandato da presidente Dilma. Esperava que os governos da República, nos últimos 13 anos, surpreendessem, mas isso não aconteceu. Os problemas foram agravados e a corrupção correu livre, com uso de dinheiro público. Foram ultrapassados todos os limites da tolerância e foi preciso usar recursos constitucionais como o impeachment." Para Nedel, há uma cisão nacional fruto da consciência política e da coesão em torno de um objetivo, o bem comum do povo. "O PP gaúcho teve postura coesa e firme a favor da admissibilidade do processo de impeachment." Também ressaltou discursos que destacaram os valores da família e da dignidade da pessoa humana. O Brasil reassumiu uma posição ética." (CS)

VERGONHA – Sofia Cavedon (PT) enfatizou que a data de hoje é muito especial para a sociedade brasileira, no que tange o dia após a tentativa de golpe. “O Brasil ficou envergonhado do Congresso Nacional. Mesmo os que torcem pelo governo ficaram envergonhados pela postura da forma vil e desrespeitosa dos deputados, diante das dedicatórias. Tentávamos ouvir sobre os destinos do nosso país e todos estavam homenageando seus amigos e familiares. Evidenciando um total descompromisso com a nação”, observou Sofia, acrescentando: “A ironia e o deboche que o presidente Cunha conduziu o processo de impeachment foi constrangedor. Os 34 deputados que votaram pelo impedimento da presidenta Dilma estão com processos em andamento. Garanto a vocês que Dilma é honesta”, concluiu. (MK)
 
GOLPE – Jussara ConY (PCdoB) reafirmou que o Congresso Nacional vivenciou o espírito golpista. “Foi tomado de assalto por um espírito de golpe que envergonhou a nossa nação internacionalmente. Precisaremos de unidade e amplitude, de muita luta para barrar o golpe no Senado porque essa luta ainda não acabou. O PCdoB continuará na linha de frente como fez nos seus 94 anos de história. Somos nó na madeira. Enfrentamos a ditadura militar e lutamos pela democratização do país”, ponderou. Jussara aproveitou para dizer ainda que nas grandes jornadas democráticas do Brasil sempre a democracia tem um final vitorioso. “Estamos na etapa de uma batalha onde não daremos trégua. Querem retirar o direito dos trabalhadores. É um momento grave da nação brasileira. A presidenta não tem nenhum crime cometido. Temer está em negociação. Vão acabar com as investigações da Lava Jato”, refletiu. (MK)

Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
          Milton Gerson (reg. prof. 6539)
          Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
          Mariana Kruse (reg. prof. 12088)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)