PLENÁRIO

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

  • Movimentações de plenário. Na foto, o vereador Aldacir Oliboni.
    Vereador Aldacir Oliboni (PT) (Foto: Leonardo Cardoso/CMPA)
  • Movimentações de plenário. Na foto, o vereador Moisés Barboza.
    Vereador Moisés Barboza (PSDB) (Foto: Giulia Secco/CMPA)

Durante o período de Comunicações e nos tempos de Lideranças da sessão ordinária desta quinta-feira (1/11), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

AGRESSÃO - Prof. Alex Fraga (PSOL) lamentou o episódio ocorrido na noite de quarta-feira (31/10), na Escola Municipal Grande Oriente, na Zona Norte. “Uma professora foi agredida pela irmã de um aluno”, noticiou. “Nossa atual gestão retirou a Guarda Municipal de todas as escolas. Professores e alunos estão desguarnecidos.” O vereador lembrou a visita do secretário municipal da Educação à Câmara em fevereiro deste ano. “Ele disse que, sem a Guarda Municipal, seria colocado o serviço de portaria terceirizada nas escolas, mas foi feito o quê?”, questionou. “Temos uma lei em vigor, e que nunca saiu do papel. Essa lei cria a chamada 'área de proteção' ao redor das escolas. No entanto, além de os professores exercerem o serviço deles, também cuidam do ponto, de serviços burocráticos, e ainda têm que cuidar das portarias?". Para Alex, “isso é uma falta de respeito”. (BSM)

GUARDA - José Freitas (PRB) destacou os 126 anos da Guarda Municipal de Porto Alegre, “a mais antiga do país”, segundo ele, a serem comemorados neste sábado (3/11). “Fui o primeiro secretário de Segurança na época do ex-prefeito José Fortunati”, disse. “O município tem em torno de 800 guardas municipais. Desses, 500 são da guarda centralizada. Por turno, há a redução do serviço para cem/110 guardas”, contextualizou Freitas ao recordar o movimento de unificação feito por ele. “Tentei tirar guardas das autarquias e de outros setores. Queria tê-los priorizado nas escolas, mas ninguém me deixou fazer isso”, mencionou. “Infelizmente, nesta gestão acho que não vamos chamar nem os guardas do concurso ainda vigente”, presumiu. (BSM) 

PODAS - Moisés Barboza (PSDB) falou sobre o projeto de desburocratização das podas da cidade. “O projeto expressa o cuidado das árvores de Porto Alegre para que elas sejam tratadas por meio de técnicos e engenheiros ambientais contratados pelos cidadãos. Atualmente, chega a 10 mil o número de pedidos não atendidos. Ele vai diminuir as filas de podas e fazer com que a Smams atenda os cidadãos mais rápido”, disse. O vereador leu o comentário de um porto-alegrense no jornal Correio do Povo de hoje (1/11), que solicitou, em fevereiro de 2013, a poda de duas árvores doentes, mas ainda não foi atendido. “Que possamos ver menos árvores caindo e cuidar da cidade que temos”, finalizou. (BSM)

MORO - Samir Squeff (PT) mencionou a coluna do jornalista Tulio Milman, de Zero Hora, hoje (1/11). “Tulio disse que o juiz Sérgio Moro acaba de legitimar o golpe no país”, descreveu o vereador. “Moro teve influência direta nas eleições de 2014, na retirada da presidenta Dilma - uma mulher íntegra e honesta; na prisão do maior líder popular da história do Brasil. Agora Moro vira ministro da Justiça”, disse Squeff. O vereador comparou o fato de Moro ser ministro da Justiça com um árbitro de futebol. “Imagina um árbitro, no final do campeonato mais importante, expulsar cinco jogadores de um time e depois virar diretor do departamento de futebol. É a mesma situação”, exemplificou. (BSM)

SAÚDE - Em período de Comunicações, Moisés Barboza (PSDB) celebrou a ação da Prefeitura de funcionamento de um posto de saúde até as 22 horas na comunidade Santa Rosa, Bairro Rubem Berta. O vereador citou a coluna do jornalista Paulo Germano, do jornal Zero Hora, que reconheceu o projeto da Prefeitura, inédito no Brasil, que disponibilizará atendimento 24 horas a usuários de drogas, na região que possui maior concentração de usuários de crack na cidade. Moisés também exaltou a contratação de 40 novos profissionais de saúde pelo Hospital de Pronto Socorro (HPS) da Capital e ressaltou o projeto que tem retirado das ruas moradores que viviam nelas. “É importante que nós tenhamos olhos, também, para as boas ações e as boas conquistas que essa administração vem gradativamente demonstrando”, disse. (MC)

ELEIÇÕES - Cassiá Carpes (PP) rebateu discurso de Samir Squeff (PT) e o caracterizou como “tendencioso, ideologista”. Cassiá pediu à direção da Câmara para não receber mais o jornal Folha de S. Paulo. Segundo ele, há uma resolução que “praticamente obriga” os vereadores a assiná-la. “É um jornal conivente com essa esquerda retrógrada que mandou no Brasil”, disse. "A esquerda manda na Casa”. O vereador criticou o PT, que, na sua opinião, realiza discurso sectarista e se encontra isolado enquanto partido de oposição. “Ou vocês vão se reciclar, ou não vão voltar mais porque a sociedade não vai deixar”, analisou. Para Cassiá, a situação da Região Nordeste tende a melhorar com o novo governo federal “Olhará com olhos de valorização àquela sociedade nordestina, que merece”, disse. (MC)

EDUCAÇÃO - Aldacir Oliboni (PT) questionou a troca de partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, que até recentemente era ligado ao PP. “Por que será? Atrás dessa cortina estão muitos problemas que serão desvendados”, analisou. O vereador discordou da colocação de Cassiá sobre a esquerda mandar na Câmara, pois, segundo ele, não houve proporcionalidade na construção da Mesa Diretora e na distribuição de cargos nas comissões. Sobre a audiência pública convocada pela vereadora Comandante Nádia (MDB) sobre supostas manifestações político-partidárias que ocorreram dentro de escolas privadas, Oliboni discordou da avaliação de que alunos tenham sofrido influência de professores. “Será que agora vamos viver um período ditatorial de impedir a liberdade da juventude, dos DCEs, dos centros acadêmicos?”, questionou. Oliboni ainda se colocou a favor da defesa da democracia e da livre expressão de pensamento. (MC)

EDUCAÇÃO II - Comandante Nádia (MDB) abordou os desvios de dinheiro da reforma agrícola, de mais de R$ 3 milhões, segundo ela, que deveriam estar indo para pessoas que recebem menos de três salários mínimos. “Infelizmente, temos os cofres de um país rico sendo roubado por quem deveria estar priorizando as pessoas que mais necessitam”, lamentou. Sobre os recentes casos de professoras sendo agredidas em sala de aula em escolas da Capital, ela disse faltar “pulso firme” por parte das professoras e afirmou acreditar que a motivação das agressões se deve à falta de respeito aos “símbolos nacionais, “ao hino, à bandeira e às autoridades instituídas pelo voto universal”. Sobre as manifestações no Colégio Marista Rosário, Nádia disse acreditar que as motivações tenham sido político-partidárias e defendeu que o contraponto seja sempre mostrado nas escolas. (MC)

EDUCAÇÃO III - Fernanda Melchionna (PSOL) defendeu o direito de liberdade de manifestação de estudantes nas instituições de ensino. A vereadora afirmou considerar um problema grave quando atos estudantis, sem qualquer identificação política, sejam associados a movimentos partidários. “Precisamos ouvir os estudantes”, disse, ao destacar a importância da liberdade de expressão e do respeito a visões ideológicas. Fernanda disse também que é preciso respeitar a autonomia dos professores nas salas de aula. Para ela, o projeto Escola Sem Partido interfere na liberdade de ensino dos profissionais, que são ameaçados com supostas doutrinações no exercício de suas atividades. (MF) 

GOVERNO – Pelo tempo de oposição, Samir Squeff (PT) respondeu ao vereador Cassiá Carpes (PP). Em defesa do PT, Squeff afirmou que um partido que possui 56 cadeiras no legislativo nacional não pode ser considerado morto. Ele disse acreditar em uma esquerda mais unida, no entanto, segundo o vereador, é preciso que ela se reorganize diante do fascismo dos dias atuais. “Não sairemos das ruas. Não passará nenhuma tentativa de retrocesso ou qualquer imitação do tempo de 1964”, garantiu, em crítica ao novo presidente eleito e sua gestão. (MF)

AMBIENTE - Pela Liderança do governo, Moisés Barboza (PSDB) anunciou o lançamento do edital de adoção dos canteiros centrais na Avenida Ipiranga. De acordo com ele, esses espaços são divididos em três partes, que contemplam as avenidas Edvaldo Pereira Paiva, Silva Só, Salvador França e Antônio de Carvalho. “Um edital importante para o sentimento de pertencimento das pessoas da cidade”, disse, ao pedir a participação de empresas nesta iniciativa. Moisés também aproveitou para comentar o cenário político. Conforme o vereador, o povo gaúcho deu um sinal claro ao PT, não permitindo a ida do partido ao segundo turno. (MF)

Texto: Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
          Matheus Closs (estagiário de Jornalismo) 
          Munique Freitas 
(estagiária de Jornalismo) 
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)