PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças e Comunicações

Movimentação de plenário. Na foto, o vereador Jonas Reis.
Na tribuna, o vereador Jonas Reis (PT) (Foto: Júlia Urias/CMPA)

Nos discursos de Lideranças e Comunicações da sessão ordinária desta segunda-feira (24/06), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre pautaram os seguintes tópicos:

EDUCAÇÃO - Psicóloga Tanise Sabino (MDB) abordou os impactos das enchentes que acometeram Porto Alegre nas escolas de Educação Infantil. Ela afirmou que o desafio é a falta de recursos para reerguer as escolas atingidas, propondo uma união entre os vereadores para destinar emendas parlamentares à educação e que cada parlamentar adote uma escola comunitária, dentre as 27 escolas impactadas em nove bairros da Capital. “A educação de Porto Alegre precisa da nossa ajuda e as nossas crianças merecem todo nosso apoio”, explicou. Tanise ainda afirmou que irá protocolar o projeto de moção em apoio à proposta. (BPA)

RECURSO - Pedro Ruas (PSOL) repercutiu matéria publicada na imprensa sobre a falta de envio de dados da Capital para recebimento de recursos federais. “A Prefeitura, seus técnicos, não entregaram, não informaram que Porto Alegre sofreu os danos que sofreu e não colocaram a cidade como apta para receber recursos federais em nenhuma área. Nem para arrumar bomba, nem para arrumar o Muro da Mauá, diques, geradores ou para reconstrução de prédios”, exclamou. (LP)

DENÚNCIA - Jonas Reis (PT) acusou a vereadora Fernanda Barth (PL) de perseguição política. Conforme Jonas, a vereadora abriu um processo contra ele, por supostamente caluniá-la em suas redes sociais com inverdades a seu respeito. “A Fernanda Barth ainda diz que eu incito ódio, que faço perseguição e que espalhei fake news. Mas eu apenas espalho a verdade: esta vereadora está sendo processada na Comissão de Ética por dez vereadores. Tá para nascer quem vai calar o mandato de Jonas Reis”, declarou. (RR)

CONTESTAÇÃO - Comandante Nádia (PL) criticou a vereadora Biga Pereira (PCdoB) por “hipocrisia” ao se referir ao projeto de autoria de Nádia como “tortura contra a mulher”. O projeto discutido propõe que mulheres grávidas, vítimas de estrupro, tenham atendimento prioritário, como gestantes em situação de risco, com acesso a exames psicólogos, físicos, entre outros. Nádia contestou a fala da colega, afirmando que a parlamentar votou à favor do projeto e agora têm acusações infundadas. (BPA)

ABORTO - Biga Pereira (PCdoB) repudiou projeto da parlamentar Comantente Nádia (PL) por prever cardiotocografia prévia, sugerida pelo profissional de saúde, para escutar os batimentos cardíacos do nacituro em gestantes vitimas de abuso sexual. “Nenhuma mulher faz aborto porque acha bonito, isso é sofrimento. A decisão é sofrimento, o pós é sofrimento, mas essa sociedade hipócrita não enxerga. No ano de 2023, cerca de 23 mil crianças foram mães. Quantas realizaram o aborto? Quantas sequer sabiam que estavam grávidas?”, questionou. (LP)

XENOFOBIA - Tiago Albrecht (NOVO) disse que o presidente Lula cometeu xenofobia contra a população do Sul do Brasil, ao culpar as elites dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina pelos baixos índices socioeconômicos no Nordeste. Segundo o vereador, a atual situação na região se dá pela baixa adesão dos modelos de privatizações. “Lave a boca e dobre a língua para falar do povo do Sul, que não obstante à catástrofe, é um povo trabalhador, próspero e que deseja que outras regiões do Brasil assim o sejam”, afirmou. (RR)

AUXÍLIO - Idenir Cecchim (MDB) contestou o prazo do governo federal para inscrição dos municípios atingidos pelas cheias de maio no Auxílio Reconstrução. “Muitos municípios do Rio Grande do Sul estão fora disso por falta de prazo e muitas vezes pelo formulário ser complicado”, explicou. Ele também questionou os “anúncios” de recursos destinados ao Estado, que, de acordo com o vereador, não foram entregues à população, ou, não são de fato benefícios, como no caso do adiantamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Essas contas não estão bem contadas”, criticou. (BPA)

EMPREENDEDORISMO - Claudio Janta (Solidariedade) falou sobre as dificuldades e a falta de auxílio governamental enfrentadas pelos empreendedores gaúchos após as chuvas. “Nós precisamos ter no Rio Grande do Sul o tratamento que tivemos na época do Covid, para os trabalhadores e os empreendedores. A enchente foi pior que na Covid, porque os estoques estavam guardados, as empresas existiam, existia um pouco de venda, um pouco de entrega. Não tem nenhum programa para os motoboys, os ubers, os taxistas, para o setor de transporte individual de passageiros que foram atingidos”, citou. (LP)

ARROIO - Adeli Sell (PT) discursou sobre a sua recente campanha, “Arroio Não é Valão”, que se trata da falta de limpeza e remoção de lixo do Arroio do Salso, cuja poluição está causando problemas na Zona Sul de Porto Alegre. “Faço um apelo para a base do governo: ou a gente se atenta para os nossos arroios, e faz dragagem já, ou haverá muitos alagamentos em Porto Alegre. O poder público local tem que cuidar de seus arroios”, cobrou. (RR)

DEFESA - Pablo Melo (MDB) defendeu o prefeito Sebastião Melo (MDB) contra os “ataques” dos vereadores de oposição. Ele afirmou que o governo de Melo pediu apoio para o governo federal na questão de moradia popular para desabrigados pelas enchentes e questionou o encerramento do prazo para cadastramento de famílias para recebimento do Auxílio Reconstrução. O vereador finalizou abordando a recomposição orçamentária dos municípios pela queda de arrecadação devido ao desastre climático. “É uma pauta extremamente pertinente ao governo Lula para mandar esse recurso para o município recompor seu Orçamento, porque a previsão de queda de arrecadação, segundo a Fazenda municipal, é de R$ 800 bilhões até o final do ano”, explicou. (BPA)

TRANSPARÊNCIA - Biga Pereira (PCdoB) divulgou o lançamento do site de monitoramento e transparência referente à utilização de recursos federais na tragédia no Rio Grande do Sul. Além disso, rebateu as críticas dirigidas aos auxílios fornecidos pelo governo federal ao Estado. “Reafirmamos aqui que é preciso que o governo federal, o governo estadual e o governo municipal se mobilizem. Porém, a final de contas, um prefeito, sua principal tarefa é ser um articulador político e não ficar 'chorando' o tempo inteiro de que não tem como fazer. Articule e traga mais recursos para o Rio Grande do Sul”, sugeriu. (LP)

ENCHENTES - Aldo Borges (PSDB) cobrou atitudes da União a respeito das enchentes em Porto Alegre. Para o parlamentar, a situação não é culpa de uma única gestão municipal, e sim, uma questão ambiental que foi negligenciada por décadas em todas as esferas. “Não foi só problemas dos diques e das bombas. São situações que não foram enfrentadas no passado. Nós precisamos de atitudes do governo federal sim, que é responsabilidade dele também”, disse. (RR)

CRÍTICA - Comandante Nádia (PL) afirmou que o Estado “padece” de um “desgoverno” por parte do governo federal. A vereadora contestou a participação de Lula no caso de suspeita de irregularidades nos leilões de arroz, investigados pela Controladoria-Geral da União (CGU), questionou onde estão os recursos anunciados no valor de R$ 15 milhões em linhas de créditos para empresários afetados pelas cheias, e apontou que Porto Alegre não foi beneficiada com recursos federais. (BPA)

Texto

Brenda Andrade, Laura Paim e Renata Rosa (estagiárias de Jornalismo)

Edição

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)