Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

Vereador Professor Alex Fraga
Vereador Alex lamentou que reuniões sobre o carnaval não foram consideradas (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Nos discursos de Lideranças, na sessão ordinária desta quinta-feira (27/2), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores trataram dos seguintes assuntos:

CARNAVAL - Professor Alex Fraga (PSol) abordou o que considera um problema recorrente de Porto Alegre: o carnaval de rua da Cidade Baixa. “O que valem os debates dentro da Câmara Municipal e as audiências públicas se nada dos encaminhamentos foram observados”, questionou. O vereador lembrou que, nessas oportunidades, foi sugerido que a dispersão fosse para o Anfiteatro Pôr do Sol e que a prefeitura organizasse um show - de modo a atrair os foliões -, mas isso não foi feito. “Não coloco a responsabilidade ‘circo de horrores’ nos agentes de segurança. A responsabilidade é de quem poderia ter feito algo e não fez.” O vereador disse que já são quatro carnavais seguidos cheios de problemas. “Não sou um folião, prefiro o sossego da minha casa, mas gosto de ver as pessoas felizes e se divertindo. Espero que ano que vem tenhamos alguém consciente na prefeitura que organize algo racional", salientou e completou: "Quem acabou com o carnaval da cidade foi o prefeito Marchezan”.

DEMORA - Hamilton Sossmeier (PSC) disse que, neste período de pós carnaval, lamenta a quantidade de acidentes de trânsito que voltam a se repetir ao longo dos anos. “É muito importante destacar a conscientização em relação a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança. No início era um desconforto, mas agora já até sentimos falta ao entrar no carro e não colocar”. O vereador falou também sobre a demora para liberação do ABITS. “A estrutura arcaica em plena era tecnológica acumula mais de 200.000 pastas com documentos”. Ele disse que, dessa maneira, Porto Alegre irá continuar perdendo investimento imobiliário. Para concluir, Hamilton parabenizou o vereador Cássio Trogildo (PTB) por projeto que aborda alimentação e sustentabilidade, dizendo que irá trazer muitos benefícios para os agricultores de orgânicos da cidade.

DADOS - Adeli Sell (PT) citou algumas preocupações a respeito da gestão pública de Porto Alegre. Falou sobre tentativa do Executivo de aprovar uma lei que modifica diversas questões ligadas a Procempa. Conforme o vereador, o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, que deverá ocupar em breve o espaço da Tribuna Popular em uma sessão ordinária da Câmara Municipal, possui dados importantes sobre toda a municipalidade e seus órgãos, incluindo sobre a relação deles com a população. No caso dos postos de saúde, os dados serão todos sensíveis. “Imagina se esses dados são vendidos para uma empresa de seguro ou de planos de saúde”, citou. "Vivemos em um país onde precisamos defender o tempo todo o estado de direito, e que esta é uma questão de interesse coletivo da população de Porto Alegre".

CIDADE - Engº Comassetto (PT) falou sobre problemas enfrentados pela cidade de Porto Alegre e sobre a população que vem pedindo auxílio para a realização de serviços básicos. “Na última terça-feira a cidade sofreu muito com as fortes chuvas. Não é a primeira vez que isso acontece. A cidade deveria estar preparada para esse tipo de situação mas, ao invés, está abandonada. As pessoas deveriam descansar no feriado, mas ficaram carregando movéis para tentar salvar suas coisas da água que entrava nas casas.” Comassetto disse que a situação não é por “falta de dinheiro”, pois a prefeitura encerrou o ano de 2019 com R$ 569 milhões em caixa, e foram gastos R$ 34 milhões em publicidade. “Tem lixo espalhado por toda a cidade, com essas chuvas eles vão para arroios e valas, causando alagamento”. O vereador mencionou ainda ameaças do presidente Jair Bolsonaro de fechar o Congresso e o STF e finalizou fazendo duas perguntas: “Quem matou Marielle” e "Onde está o Queiroz”.

Texto

Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)