Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

  • Vereador Jonas Reis na tribuna
    Vereador Jonas Reis (PT) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Vereadora Fernanda Barth na tribuna
    Vereadora Fernanda Barth (PRTB) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante os períodos de Lideranças e de Comunicações, na sessão ordinária híbrida desta segunda-feira (12/7), os vereadores e vereadoras trataram dos seguintes temas:

CONSTRANGIMENTO - Pedro Ruas (PSOL) salientou que o Rio Grande do Sul registrou manifestações durante a presença do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores no final de semana. Afirma que Sebastião Melo tratou o presidente de forma que “nos deixou constrangidos”, pois Bolsonaro “é um negacionista” e está “envolvido em uma série de denúncias, combateu toda a ciência” e negou vacinação rápida aos brasileiros. Frisou que o presidente não usou máscara na Capital e criticou o prefeito por decidir não multar as pessoas que não fizessem uso do equipamento. “Além de deseducar as pessoas, o prefeito desobedece ao decreto municipal.” Disse que é de um “constrangimento extremo”, pois o prefeito representa a cidade e não poderia, “em hipótese alguma, dizer que não multaria o presidente”. O vereador afirma que “Porto Alegre ficou numa situação ridícula” e que, ao não cumprir a lei, “é prevaricação”. (RF)

MÁSCARA - Jonas Reis (PT) disse estar estarrecido com o pronunciamento do prefeito Sebastião Melo sobre a vinda do presidente Jair Bolsonaro, ocasião em que o prefeito disse que não multaria o não uso da máscara. “Que exemplo é esse de dizer que fecha festas clandestinas, que não deixa acontecer aglomeração?" Falou sobre aglomeração das motos e disse que Melo deu péssimo exemplo ao tirar foto sem máscara. Falou ainda sobre a alíquota previdenciária das pessoas que não recolhem atualmente e que são os operários de nível médio que irão recolher. “Essa é a negociação. Isso é roubo de salário legalizado por lei. Está se criando imposto sobre aposentadoria, e isso é inaceitável e lamentável.” (GA)

 

VISITA - Matheus Gomes (PSOL) também refletiu sobre a visita do presidente Bolsonaro afirmando que não contribuiu em nada para a solução dos problemas. “Disseminou desinformação, como faz em todo o Brasil, jogou desconfiança sobre o processo eleitoral brasileiro, fez uma mobilização que descumpriu os protocolos sanitários e serviu para organizar a sua base política em Porto Alegre, que é cada vez menor.” Disse ainda pensar que o contexto político tem cada vez menos espaço para essas ideias, de acordo com a queda da popularidade de Bolsonaro nas pesquisas. “Precisamos de fato fazer com que o trabalho do Legislativo seja estruturado com políticas que atendam os interesses emergenciais da nossa população.”

 

AGLOMERAÇÃO - Idenir Cecchin (MDB) disse ter escutado os pronunciamentos anteriores em que os vereadores reclamavam do não uso das máscaras. “No sábado à noite, muitos eleitores dos dois parlamentares estavam na quadra do Império da Zona Norte, sem máscara e acumulando mais de 2,5 mil pessoas. A Guarda Municipal teve que ir lá acabar com a farra clandestina. Uma juventude bonita querendo se divertir, mas estava, a maioria, sem máscara. Eleitores de jovens vereadores, como muitos dizem.” Finalizou pedindo coerência nos discursos. (GA)

 

FAKENEWS - Jonas Reis (PT) voltou à tribuna dizendo que Idenir Cecchin (MDB) espalhou fake news. “Uma vergonha. O MDB de outrora sumiu, colocaram na gaveta. Muitos eleitores meus e do vereador Matheus Gomes (PSOL) gostam de um bom samba, mas não quer dizer que eram eles que estavam lá.” Disse também que é contra qualquer tipo de aglomeração e pediu respeito à tribuna e à cidade. “E quem não respeitar tem que ser autuado." (GA)

OBRAS - Alexandre Bobadra (PSL) mencionou uma série de obras, das quais afirmou que o Partido dos Trabalhadores (PT), via BNDES, liberou para diversos países. “BRT de Maputo, construção da ferrovia na Argentina, Bacia del Norte na Bolívia, o governo Lula liberou R$ 200 milhões para Moçambique, hidrelétrica em Nicarágua, ônibus na Colômbia, R$ 3 milhões para Cuba. O PT administrou Porto Alegre por 16 anos e estamos enfrentando todas as dificuldades pela má administração.” Sobre as manifestações em Cuba, o parlamentar citou que “as pessoas estão saindo às ruas, as pessoas estão passando fome. A ideia é que nosso país virasse uma Cuba, uma Venezuela com a esquerda ultrarradical, onde as pessoas estão passando dificuldades.” (BMB)

CUBA – Fernanda Barth (PRTB) convidou os demais parlamentares a assinarem Moção de Apoio ao povo cubano. “Temos o silêncio da esquerda e dos falsos defensores dos direitos humanos ao que acontece em Cuba desde ontem. Esperei ser a última a falar para dar uma chance para a esquerda defender a população desarmada e que está levando tiro. Cuba, a ilha onde até os peixes são estatais, uma prova cabal de que comunismo não funciona em lugar nenhum no mundo e só incentiva a miséria. Há o colapso em todas as áreas, o presidente ditador convocou as polícias para combater nas ruas a população pobre e oprimida, está disposto a derramar sangue e destruir famílias. Abro agora a Moção de Apoio. Quem defende os direitos humanos e a liberdade vai assinar, e quem não o fizer é porque é a favor do massacre”. (BMB)

REINTEGRAÇÃO – Karen Santos (PSOL) tratou sobre a situação da Casa da Mãe Sandra de Bará, que está com processo de reintegração de posse para ser executado. “Desde o início da gestão do Melo, estamos com essa mesa de negociação e ideia de buscar um território no Bairro Medianeira, que comporte as cinco famílias e o terreno da Casa. Tenho uma nota de solidariedade pedindo a dispensa de reintegração de posse. Hoje, com apenas dois bônus moradia não se compra uma casa, nosso compromisso é com a celeridade no processo. Não podemos remover sem que haja um 'plano b'. A Casa quer negociar. Me assusta a quantidade de polêmica que se cria nesta Câmara para fugir de debate sério que temos que enfrentar. Fla-Flu ideológico que nada corresponde aos problemas que o povo está enfrentando.” (BMB)

COMUNIDADES – Daiana Santos (PCdoB) afirmou que, no último final de semana, durante manifestações com o presidente Jair Bolsonaro na cidade, “enquanto estavam rodando com suas motos achando que dessa forma se combate a desigualdade, nós estávamos nas comunidades distribuindo comida e dignidade para a população”. Sobre Cuba, disse que “não tivemos tempo de olhar para Cuba, porque aqui no Brasil de mais de 530 mil mortos pela Covid, da corrupção na compra de vacina, da falta de alimento na mesa, onde mais de 19 milhões de pessoas estão novamente no mapa da miséria e da fome. Estamos falando da miséria que foi colocada no país por conta do Bolsonaro e todos aqueles que os seguem, alinhados a essa política da morte, que não consegue dar conta da centralidade da vida e do cuidado com a população. Nós pautamos a vida.” (BMB)

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Grazielle Araujo (reg. prof. 12855)
Bruna Mena Bueno (reg. prof. 15.774)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)