Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças e Comunicações

Movimentações de plenario.
Vereadores no plenário, na sessão desta segunda-feira (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Durante os períodos destinados às Comunicações e às Lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (29/10), os vereadorese vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

PERÍCIA - Dr. Thiago Duarte (DEM) destacou o "exemplar laudo" realizado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), do Departamento Médico Legal, no caso envolvendo uma menina que tatuou uma cruz suástica no seu próprio corpo e que ensejou uma série de demandas periciais. "O laudo foi feito de maneira independente por técnicos capacitados do IGP e fez com que aquela situação fosse esclarecida, mostrando que houve comunicação falsa de crime, tal como ocorrido em caso semelhante, na Suíça, em que uma brasileira foi processada e multada pelo mesmo motivo, com possibilidade de ser extraditada para o Brasil." Segundo Dr. Thiago, o Departamento demonstrou que atua de forma independente, sem aceitar pressões políticas. (CS)

ELEIÇÕES - “Ontem foi um dia de vitória para brasileiros e rio-grandenses, de uma eleição equilibrada em todos os aspectos: na militância e, sobretudo, nos resultados”, disse Comandante Nádia (MDB). “No Brasil, venceu a família tradicional, mas também a organizada de formas diversas”, afirmou ao destacar que a vitória se estende aos negros, brancos e índios; ao imigrante e ao nativo; ao homem e à mulher; aos heterossexuais e aos homossexuais e, aos religiosos e o respeito pela crença deles. “O povo brasileiro terá, na presidência, um homem que reflete todas essas esperanças. Militares trazem a disciplina e a coragem como valores alicerçados na alma e no coração. Para o presidente eleito, a minha continência”, cumprimentou Nádia. (BSM) 

ELEIÇÕES II - Rodrigo Maroni (Pode) deixou clara sua não-votação entre as pessoas que optaram por escolher o presidente eleito. “Ele não me representa e eu não votaria nele. Mas sou da tese de que qualquer fanatismo é estupidez”, falou Maroni. “O problema da política, no Brasil, é a generalização, é a política de que “está tudo ruim e eu sou o melhor””, disse. O vereador relatou que, “quem paga pelo fanatismo é o povo, e paga com qualquer governo”. “Como uma pessoa que faz política, semear o ódio, a intolerância e a impaciência não fazem parte de mim, ”, afirmou. Por fim, ele enfatizou que “a política tem que se unir, porque ela precisa de um amadurecimento”. (BSM)

ELEIÇÕES III - Sofia Cavedon (PT) também tratou das eleições do último domingo e expressou seu descontentamento. “Não estou otimista. O presidente eleito, em 27 anos como parlamentar, não mostrou atitude e trabalho. Não teve produção legislativa e tampouco lidou com propostas que resolvessem os principais problemas do país. Fizemos oposição e continuaremos fazendo”, mencionou Sofia. Preocupada, a vereadora disse não ser à toa a manifestação do presidente do STF. “Ele mencionou que o presidente eleito terá que obedecer a Constituição”, lembrou. “Esperamos o respeito e a permanência da democracia”, comunicou. (BSM)

PARTIDOS - João Bosco Vaz (PDT) fez reflexões para que seu partido possa seguir um caminho sozinho. “Ontem, durante todo o dia, os partidos que apoiaram o candidato à presidência da república pelo PT, culparam o meu partido. Por isso, vejo quanta grandeza falta para o PT”, lamentou. Vaz lembrou Leonel Brizola: “Teve a grandeza e a humildade de ser o vice-presidente de Lula”. “Mas chega de o PDT ser acessório do PT”, corroborou. “Nada contra a maneira de o PT pensar a política. Meu partido precisa ter vida própria a partir de agora e não fazer mais coligação com esse partido. Não temos que pegar na alça do caixão do PT”, expressou o parlamentar. (BSM). 

TURISMO - João Carlos Nedel (PP) falou sobre a primeira edição do Caminho dos Santuários, realizada no último dia 20 de outubro com o apoio da Frente Parlamentar do Turismo da Câmara Municipal de Porto Alegre (Frentur). O vereador caracterizou o evento como um momento onde muitos jovens puderam ter contato com a fé. Segundo ele, a caminhada, que partiu do Santuário Nossa Senhora do Trabalho e passou por inúmeras igrejas em diferentes bairros em seu trajeto até o Santuário Nossa Senhora de Fátima, teve como objetivo ocupar os espaços públicos e fomentar o turismo religioso em Porto Alegre. “Nós temos vários tesouros religiosos, que podem ser divulgados e visitados pela nossa população”, disse. (MC)

ELEIÇÕES IV - Professor Wambert (PROS) revelou o seu contentamento com o resultado das eleições. Entretanto, lamentou discurso da Vereadora Sofia Cavedon (PT), o qual ele definiu ter sido feito dentro de uma bolha totalitária. “A ideologia pode ser uma doença quando ela nos divorcia da realidade e nos afasta do concreto”, declarou. Para ele, com o resultado das eleições, o Brasil se livrou do totalitarismo, que segundo ele, queria submeter o Brasil a um movimento bolivariano de pensamento hegemônico e violência moral. O vereador ainda teceu críticas ao Partido dos Trabalhadores, do qual definiu como “facção criminosa idêntica ao PCC”. Wambert ainda reproduziu parte do discurso da vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro. (MC)

ELEIÇÕES V -  “Para muitos, o PT iria desaparecer nessas eleições”, disse Aldacir Oliboni (PT) ao citar o número de candidaturas eleitas do partido nas eleições de 2018 - 4 governadores e 56 deputados federais. O vereador falou sobre a disseminação de fake news que, segundo ele, foram iniciadas por Jair Bolsonaro. O vereador defendeu a postura de seu partido, que para ele, foi disciplinado com a sua ideologia, e se colocou contrário à privatização de estatais como a Eletrobras e Petrobras. Oliboni ainda analisou o discurso do presidente eleito que, segundo ele, foi voltado apenas para seus eleitores e não para o Brasil. “Nós queremos ver agora o que fará Bolsonaro. Se fará um governo para todos ou para aqueles que defendem o armamento e o fim da dignidade das pessoas”, disse. (MC)

ELEIÇÕES VI - Idenir Cecchim (MDB) saudou a postura de José Ivo Sartori, que após a derrota, ligou e se colocou à disposição do governador eleito Eduardo Leite, diferentemente de Fernando Haddad que o vereador disse “não saber perder”, pois não teria ligado para Bolsonaro. Ele analisou as eleições de 2018 como um momento de esfacelamento dos partidos, pois o resultado foi obtido através do discurso de pessoas e não dos partidos.“A eleição deste ano nos mostrou que nada mais é como antes”, disse. Cecchim também falou que a população “não aguentava mais os puxadinhos do PT”, se referindo ao PC do B e ao PSOL. Segundo ele, “todos os homens de bem e que gostam da democracia tem que se juntar” contra “aqueles que pregam a invasão e pregam a roubar o próprio país”. (MC)

RESPONSABILIDADE – Fernanda Melchionna (PSOL) disse ter tranquilidade com relação à sua postura e de seu partido de terem apoiado o candidato do PT, Fernando Haddad, à presidência da República no segundo turno das eleições. Destacou que sempre fez oposição ao PT e que, inclusive, o PSOL foi fundado porque lideranças discordavam do Partido dos Trabalhadores. “Estas eleições não eram um plebiscito para dizer se o PT estava certo ou errado. Estas eleições eram um plebiscito entre democracia e ditadura. E o PSOL sempre escolherá a democracia.” Disse ainda que “o país corre sérios riscos”, mas garantiu que o PSOL continuará lutando “neste terceiro turno” pelas conquistas constitucionais e pelas liberdades democráticas. (CC)

REELEIÇÃO – Ao classificar o resultado das urnas de soberano, André Carús (MDB) fez um apelo às lideranças de seu partido para que façam oposição responsável ao futuro governo do Estado e cobrem o cumprimento de promessas de campanha, como a de não atrasar os salários do funcionalismo já no primeiro ano de gestão. “Queira que as lideranças estaduais do MDB tenham o juízo de acolher a resposta das urnas.” Disse ainda que o futuro governo receberá o Estado em melhores condições do que o atual governador recebeu. “Sartori teve que fazer um curso de arqueologia porque pegou o Estado em ruínas. Fica o desejo de que o governador eleito traga as receitas que apresentou para o prefeito Marchezan afim de acabar com o déficit público.” (CC)

BANCADA – Idenir Cecchim (MDB) avaliou que a vitória de Eduardo Leite ao governo do Estado representaria, na prática, a aprovação do governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior “pelos municipários, pelo Simpa, pelo PT e pelo PSOL, que votaram no PSDB”. “O PT está aguardando para ser da base do governo Marchezan aqui na Câmara”, sugeriu. Disse ainda torcer para que tudo o que foi prometido durante a propaganda eleitoral seja cumprido e avaliou que o governador José Ivo Sartori "sairá do Palácio Piratini de cabeça erguida, reconhecido e respeitado”.  (CC)

PROBLEMAS – Ao destacar que 31 milhões de eleitores se abstiveram de votar no segundo turno, Clàudio Janta (SDD) disse que cabe a todos acatar a decisão democrática de quem foi às urnas. “Nos últimos 20 anos, não se teve Reforma da Previdência, não se reduziu uma hora da jornada dos trabalhadores, não se resolveu o problema dos brasileiros, o que permitiu a chegada ao atual momento.” Disse desejar que ocorram mudanças para melhor, para que as pessoas se sintam mais seguras, tenham médicos nos postos, educação de qualidade, e recursos para os Estados e municípios. “Espero que a Constituição e nossos direitos básicos sejam respeitados e que os novos governantes não se esqueçam que uma boa parte da população só assistiu e não votou.” (CC)

Textos: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
          Bruna Schlisting Machado (estagiária de jornalismo)
          Matheus Closs (estagiário de jornalismo)
          Cibele Carneiro (reg. prof. 11.977)
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)