Plenário Virtual

Sessão extraordinária / Lideranças

  • Sessão extraordinária remota.
    Sessão extraordinária remota. (Foto: Ederson Nunes/CMPA)
  • Sessão extraordinária remota.
    Sessão extraordinária remota. (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Lideranças da sessão virtual extraordinária desta sexta-feira (24/7), trataram dos seguintes temas:

AUDIÊNCIA - Mendes Ribeiro (DEM) disse ter sido pego de surpresa com o pedido de audiência pública sobre o projeto dele e do vereador Felipe Camozzato (Novo) acerca da transparência das obras públicas. “Me chamou a atenção que foi um pedido sem justificativa, sem mérito e ao que tudo indica solicitado por um CC da prefeitura”, narrou Mendes, ao também contar que situação semelhante ocorreu com um projeto do colega João Bosco Vaz (PDT). Na oportunidade, lembrou ser da base do governo, que nunca deixou de falar isso e que sempre ajudou a votar projetos importantes para Porto Alegre, e para a gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior. “Mas quero deixar bem claro que não terceirizei o meu mandato”, destacou o parlamentar, ao passo que salientou fazer “política buscando diálogo, consenso, e construindo pontes para o bem comum”. Mendes sublinhou que “não podemos confundir parceria com submissão”. (BSM)

AUDIÊNCIA II - João Bosco Vaz (PDT) comentou sobre seu projeto, citado por Mendes. Relatou que o novo trecho da Orla do Guaíba, que está sendo revitalizado, terá 27 quadras esportivas e, destas, “não há uma única com acessibilidade para que a pessoa com deficiência possa praticar esportes”. Há, somente, elucidou o parlamentar, “a acessibilidade para a pessoa chegar no local”. Bosco mencionou, a partir daí, que o seu projeto “não manda fazer uma quadra”, mas solicita a adequação de apenas uma das 27 quadras para que o entorno dela seja fechado e, por exemplo, uma pessoa com deficiência visual possa jogar bola sem que o objeto saia do campo. “Entrei com um pedido para o meu projeto ser votado ontem, mas um ex-funcionário da Secretaria de Desenvolvimento Social e Esporte solicitou audiência pública”, contou, ao anotar que essa audiência será “inócua”. (BSM)

AUDIÊNCIA III - “A liderança do Mendes acabou ensejando a manifestação dos vereadores”, relatou Aldacir Oliboni (PT). Conforme ele, ao período de recesso parlamentar foi oportunizada a votação dos projetos de lei dos vereadores e “esse processo pode ser prejudicado com as audiências públicas”, destacou, ao avaliar que, “caso contrário, que então tenhamos uma semana de recesso”. Ainda, segundo Oliboni, “o governo não dialogou com a sociedade durante três anos e agora pede audiência pública de um vereador da base”. O parlamentar lamentou que a Câmara nunca tenha sido valorizada pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior. Oliboni acrescentou que “a decepção é mais que unânime” com o governo atual. (BSM)

AUDIÊNCIA IV - Adeli Sell (PT) declarou que “não há senões sobre pedidos de audiência, mas que sejam feitos dentro de critérios regimentais”. O vereador avaliou ter sido “bem posto, por Mendes, a pessoa que fez o pedido de audiência, pois está evidente a intencionalidade dela”. Igualmente, Adeli opinou ter sido “serena a exposição de Bosco”. Somou-se, com isso, aos colegas e destacou que “é melhor constituirmos uma maioria em defesa da civilidade, da democracia”. Considerou que “o paço não tem o condão de nos colocar de joelhos - a escravidão passou e o chefe do Executivo não é rei”. Para finalizar, Adeli explicou os três poderes existentes no Brasil e as diferentes esferas de entes políticos. “Devemos respeito ao Executivo, desde que ele não transborde”, analisou, ao lastimar que “não é isso que tem acontecido desse cidadão que se acha o rei do paço”. (BSM) 

DESRESPEITO - Mônica Leal (PP) disse que o Progressistas foi o partido que garantiu a eleição de Nelson Marchezan e do seu vice Gustavo Paim. “Além de prestar ao prefeito toda competência e conhecimento jurídico eleitoral, defendemos projetos que contrariavam até premissas do partido.” A vereadora comentou que, desde a transição de governo, foi registrado um modelo autocrático e centralizador. “Nossos quadros partidários respeitaram até julho de 2018 o governo, afinal, fomos os responsáveis por elegê-lo.” Disse que o prefeito também destrata os outros partidos, e fez menção ao desabafo do vereador Mendes Ribeiro (DEM). “Sempre fomos muito respeitados. Em 20 anos de vida política nunca assisti um comando da capital com um prefeito tão desqualificado e desrespeitoso. Novembro está aí e, se Deus for porto-alegrense, nós vamos sim ter a limpeza no paço municipal.” (LMN)

GOVERNO - Lourdes Sprenger (MDB) falou sobre as ocorrências observadas no governo municipal. “Tenho um projeto tramitando desde o ano passado, daí fizeram um decreto e aprovaram com muitas propagandas com o mesmo teor do meu.” A vereadora mencionou emendas impositivas que não foram cumpridas pelo Executivo e destacou a necessidade de respeito e colaboração com o Legislativo. “Mandaram derrubar um projeto meu. A partir desses fatos, começamos a repensar apoios e as intenções de projeto.” Disse ainda que a secretaria responsável pelo bem-estar animal faz apenas paliativos e que cada dia surgem mais pedidos e despesas com quem não é atendido por elas. (LMN)

 

REPRESENTATIVIDADE - Alex Fraga (PSol) parabenizou Mônica Leal (PP) por sua fala e disse que essa é a atual situação da nossa prefeitura. “Talvez o Progressistas tenha agora percebido a total falta de diálogo que nós, da oposição, sentimos na pele desde o início.” Falou que o prefeito precisa entender que ele não governa apenas para seus eleitores, mas sim para toda a população, e que precisa aprender a escutar os 36 representantes do povo. “No momento em que se constrói algo assim, como está, perdemos a capacidade de dialogar totalmente com a população e entender seus anseios e dificuldades.” Mencionou o fato de o comitê gestor de crise da Prefeitura estar debatendo formas de restringir a circulação de veículos pela cidade e citou a falta de representatividade do órgão. “Tenho boas sugestões para o enfrentamento dessa crise, e gostaria de ser ouvido. Não podemos aceitar passivamente os mandos e desmandos do Nelson Marchezan Jr.” (LMN)

 

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)