Sessão Ordinária - Grande Expediente/Lideranças
Na tarde desta quinta-feira (13/8), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos, em períodos de Grande Expediente e Lideranças:
DECRETOS - Adeli Sell (PT) abordou os decretos do Executivo que estão sempre mudando e que deixam "a cidade perdida com toda essa desorganização. Porto Alegre está a 'bangu' e ainda por cima os nossos pedidos de providência não estão sendo atendidos". O vereador falou também das obras na capital: "Não existe isso de alguém decidir por nós o que é prioritário e o que não é. Isso é um absurdo. Vemos a cidade em obras e as principais necessidades da cidade à espera". Adeli destacou também questões sobre o transporte coletivo. "A Carris está assumindo algumas linhas que não são de sua competência. O governo está a cada dia fazendo cada vez mais afrontas e nós não vamos nos calar". (PB)
EXONERAÇÕES - Cláudio Janta (SD) destacou exonerações feitas pelo Executivo, em cargos de comissão, e questionou a eficácia do Banco de Talentos. Disse que o próprio prefeito não passou pelo Banco de Talentos porque mentiu para o povo. "Todos os comissionados passaram pelo Banco de Talentos, e porque agora foram exonerados? O prefeito não realizou os projetos que prometeu para a população". Sobre a pandemia, Janta disse que o prefeito ficou no "abre e fecha" das lojas e deixou as pessoas em cativeiro em casa por seis meses. "Agora, mandou projeto para a Câmara para que a população pague um valor para entrar no centro da capital, isso é um absurdo completo". Janta reforçou ainda, ao final, que o Banco de Talentos é uma fraude. (PB)
ENTREVISTAS - Cassiá Carpes (PP) abordou posição do prefeito contra a emissoras Band. "Marchezan disse que não dará mais entrevista porque não falam bem do Executivo. Como o prefeito pode agir dessa forma", questionou, e completou: "a cidade está abandonada, e vemos dizer que irão melhorar a iluminação da cidade, mas só agora, no final do seu mandato? Trocou mais de 50 secretários, o Banco de Talentos não funciona, e passa pelo sexto pedido de impeachment, pois pegou recursos da saúde para fazer propaganda. Isso mostra como tem sido a sua gestão". Cassiá reforçou que o prefeito deve ser isento e não beneficiar uma ou outra emissora. "Não quer ser contrariado de ouvir que a cidade está abandonada. É lamentável a atitude do prefeito". (PB)
CONTRATADAS - Karen Santos (Psol) destacou a existência de mais de 1.000 trabalhadoras contratadas pela Secretaria Municipal de Educação que atuam na área de limpeza e cozinha das escolas municipais, e que não receberam pagamento. Segundo Karen, a empresa terceirizada que mantêm o contrato disse que ainda não recebeu o valor do Executivo. "Já encaminhamos ofício à prefeitura sobre isso, mas não obtivemos retorno", disse a vereadora. Karen destacou ainda denúncia de uma trabalhadora que ligou para empresa, para saber quando iriam enviar seu pagamento, e foi desligada por justa causa. "É uma situação que se repete, pois já recebem um valor irrisório, e mesmo assim não estão tendo seus direitos garantidos", lamentou. Por fim, a veradora destacou que a Fasc não vem, nos meses de pandemia, repassado os pedidos de cestas básicas às familias que precisam. "São 300 famílias que estão sendo desassistidas", enfatizou. (PB)
GOVERNO - Moisés Barboza (PSDB), que retornou à Câmara por licença-saúde de João Carlos Nedel (PP), registrou que seguirá defendendo o que acha correto. “O governo Marchezan pode ter erros e acertos, principalmente em tempos de pandemia, mas acho triste que alguns colegas venham dizer que agora, no apagar das luzes, estamos fazendo isso ou aquilo”. Ele citou o caso de um vereador que afirmou na tribuna que o leilão da iluminação pública seria de cartas marcadas e que determinada empresa venceria, insinuando ilegalidades, mas que quando a dita empresa ficou nas últimas colocações, o parlamentar não pediu desculpas. Conforme Barboza, tanto a questão da iluminação pública quanto dos relógios digitais de rua tiveram um longo debate antes da concessão. (ALG)
ANIMAIS - Lourdes Sprenger (MDB) saudou a criação de um órgão nacional para tratar das políticas públicas da causa animal. A vereadora informou que o presidente da República assinou o Decreto 10.455, inserindo a nova estrutura no Ministério do Meio Ambiente. “Nossa área animal foi contemplada, mais focada na grande população de cães e gatos”, afirmou, acrescentando que nos últimos anos não tenha havido gestores preocupado em minimizar os problemas que envolvem essa população. Ela citou que há lei federal prevendo o controle populacional de cães e gatos, mas que a mesma não é efetivada por falta de recursos. “Esperamos agora que com essa inclusão tenhamos um fundo com recursos para os estados e municípios”, afirmou. (ALG)