PLENÁRIO VIRTUAL

Sessão ordinária / Lideranças

  • Sessão remota.
    Sessão remota. (Foto: Débora Ercolani/CMPA)
  • Sessão remota.
    Sessão remota. (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Na sessão plenária remota de hoje (9/9) da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

156 - Adeli Sell (PT) disse que o governo Marchezan “está punindo a população, porque limita o acesso de nós vereadores a informações do 156”. Adeli lembrou que os parlamentares podem fazer uso dos Pedidos de Providência, mas ressaltou a agilidade do sistema online do 156. O vereador disse que todos os dias “chegam dezenas de demandas” e agora a prefeitura “tirou o link do ar sem aviso prévio e justificativa”. O petista criticou que o sistema disponível para consulta só dá acesso aos links abertos pelo próprio cidadão, além de que “prejudica a pesquisa” e “cria mais um obstáculo para a obtenção dos direitos das pessoas”. Adeli informou que fará uma oficialização em detalhes dessa questão para análise da Mesa Diretora e Lideranças da Câmara. O vereador ainda compactou com as últimas manifestações de Reginaldo Pujol (DEM) na imprensa, afirmando que “representam a média ou amplíssima maioria da nossa Câmara”. (RF)

OMISSÃO - Lourdes Sprenger (MDB) recordou uma ordem de serviço do ano de 2011, que regulamenta a ativação do link de denúncias diretas ao 156. “Além de não atenderem as demandas, não nos deixam transparência para o que foi solicitado”, criticou a vereadora, que considera “lamentável que o Executivo se distancia do Legislativo com pequenas decisões”. Lourdes disse que essas ações prejudicam o trabalho dos vereadores e apontou que se levantar as pendências do 156 “é assustador”, além de afirmar que “há omissão e improbidade administrativa”. Lourdes criticou o vídeo gravado na cidade de Osório, em que cavalos são arrastados no piso. A vereadora afirmou que, ao invés de “se sensibilizar com esse ato medieval” e emitir uma nota, o MTG vai contratar um veterinário para cuidar das decorrências desse tipo de ação, que, segundo ela, “nem dá para considerar esporte”. (RF)

COMUNIDADE - Aldacir Oliboni (PT) afirmou que as comunidades estão sendo muito prejudicadas, pois antes a população ligava ao 156 e havia “uma comprovação da demanda apresentada, com um protocolo”. Oliboni disse que demandas urgentes, como um cano estourado, não estão sendo atendidas. O vereador solicitou a presença de alguém do governo na sessão de segunda-feira para “dizer qual outro instrumento está substituindo o 156”. Sobre a nota do presidente Reginaldo Pujol (DEM) ao Sul 21, Oliboni corroborou com o democrata e disse que “há projetos em regime de urgência (como o pacote dos transportes) que não há como votar” e pediu “sensibilidade do governo” em tirá-los. “A cidade tem que andar ao natural. Não é justo que isso aconteça em tempos de pandemia. É lamentável”, completou o vereador. (RF)

COLO - Cassiá Carpes (PP) frisou que o 156 tem fundamental importância na cidade. “Eu disse ao prefeito que tinha que administrar com o 156 no colo”, afirmou criticando a falta de diálogo com os vereadores, que “nem conseguem mais ligar a comunidade ao Executivo”. Segundo Cassiá, as secretarias ficaram bem menores e divididas e o “secretário tem que ter autonomia”. O progressista acredita que “não existirá nenhum prefeito com sucesso em Porto Alegre se ele não tiver o 156 no seu colo e não souber o que acontece na cidade”. O vereador lembrou que há quatro meses “ninguém fala nada do Viaduto dos Açorianos”, recordando que dos 50 viadutos, passarelas e pontes, “há vistoria de apenas 28 e só no olhômetro”. Finalizando, Cassiá aponta que “o prefeito não faz nada que vem do vereador e consequentemente perde a cidade”. (RF)

INGOVERNABILIDADE - Roberto Robaina (PSol) disse estar muito preocupado com a situação política da cidade e falou que a natureza deste governo nunca foi pensar nos interesses da população, mas sim na minoria privilegiada. “Não acredito que tenhamos cometido nenhum erro processual em relação ao impeachment, e espero que possamos retomar logo. Ele tem natureza política, mas só pode ser consumado com base jurídica. Junto com a CPI, consegui juntar uma série de documentos que provam as ilegalidades do governo.” O vereador também relembrou a antecipação da campanha eleitoral de Marchezan que, em dezembro do ano passado, gastou cerca de R$ 30 milhões da verba publicitária. “Ele perdeu a governabilidade. Seu autoritarismo atingiu não só os servidores públicos, mas sua própria base de apoio.” (LMN)

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)
Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)