Sessão ordinária / Lideranças
Na sessão plenária remota de hoje (9/9) da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:
156 - Adeli Sell (PT) disse que o governo Marchezan “está punindo a população, porque limita o acesso de nós vereadores a informações do 156”. Adeli lembrou que os parlamentares podem fazer uso dos Pedidos de Providência, mas ressaltou a agilidade do sistema online do 156. O vereador disse que todos os dias “chegam dezenas de demandas” e agora a prefeitura “tirou o link do ar sem aviso prévio e justificativa”. O petista criticou que o sistema disponível para consulta só dá acesso aos links abertos pelo próprio cidadão, além de que “prejudica a pesquisa” e “cria mais um obstáculo para a obtenção dos direitos das pessoas”. Adeli informou que fará uma oficialização em detalhes dessa questão para análise da Mesa Diretora e Lideranças da Câmara. O vereador ainda compactou com as últimas manifestações de Reginaldo Pujol (DEM) na imprensa, afirmando que “representam a média ou amplíssima maioria da nossa Câmara”. (RF)
OMISSÃO - Lourdes Sprenger (MDB) recordou uma ordem de serviço do ano de 2011, que regulamenta a ativação do link de denúncias diretas ao 156. “Além de não atenderem as demandas, não nos deixam transparência para o que foi solicitado”, criticou a vereadora, que considera “lamentável que o Executivo se distancia do Legislativo com pequenas decisões”. Lourdes disse que essas ações prejudicam o trabalho dos vereadores e apontou que se levantar as pendências do 156 “é assustador”, além de afirmar que “há omissão e improbidade administrativa”. Lourdes criticou o vídeo gravado na cidade de Osório, em que cavalos são arrastados no piso. A vereadora afirmou que, ao invés de “se sensibilizar com esse ato medieval” e emitir uma nota, o MTG vai contratar um veterinário para cuidar das decorrências desse tipo de ação, que, segundo ela, “nem dá para considerar esporte”. (RF)
COMUNIDADE - Aldacir Oliboni (PT) afirmou que as comunidades estão sendo muito prejudicadas, pois antes a população ligava ao 156 e havia “uma comprovação da demanda apresentada, com um protocolo”. Oliboni disse que demandas urgentes, como um cano estourado, não estão sendo atendidas. O vereador solicitou a presença de alguém do governo na sessão de segunda-feira para “dizer qual outro instrumento está substituindo o 156”. Sobre a nota do presidente Reginaldo Pujol (DEM) ao Sul 21, Oliboni corroborou com o democrata e disse que “há projetos em regime de urgência (como o pacote dos transportes) que não há como votar” e pediu “sensibilidade do governo” em tirá-los. “A cidade tem que andar ao natural. Não é justo que isso aconteça em tempos de pandemia. É lamentável”, completou o vereador. (RF)
COLO - Cassiá Carpes (PP) frisou que o 156 tem fundamental importância na cidade. “Eu disse ao prefeito que tinha que administrar com o 156 no colo”, afirmou criticando a falta de diálogo com os vereadores, que “nem conseguem mais ligar a comunidade ao Executivo”. Segundo Cassiá, as secretarias ficaram bem menores e divididas e o “secretário tem que ter autonomia”. O progressista acredita que “não existirá nenhum prefeito com sucesso em Porto Alegre se ele não tiver o 156 no seu colo e não souber o que acontece na cidade”. O vereador lembrou que há quatro meses “ninguém fala nada do Viaduto dos Açorianos”, recordando que dos 50 viadutos, passarelas e pontes, “há vistoria de apenas 28 e só no olhômetro”. Finalizando, Cassiá aponta que “o prefeito não faz nada que vem do vereador e consequentemente perde a cidade”. (RF)
INGOVERNABILIDADE - Roberto Robaina (PSol) disse estar muito preocupado com a situação política da cidade e falou que a natureza deste governo nunca foi pensar nos interesses da população, mas sim na minoria privilegiada. “Não acredito que tenhamos cometido nenhum erro processual em relação ao impeachment, e espero que possamos retomar logo. Ele tem natureza política, mas só pode ser consumado com base jurídica. Junto com a CPI, consegui juntar uma série de documentos que provam as ilegalidades do governo.” O vereador também relembrou a antecipação da campanha eleitoral de Marchezan que, em dezembro do ano passado, gastou cerca de R$ 30 milhões da verba publicitária. “Ele perdeu a governabilidade. Seu autoritarismo atingiu não só os servidores públicos, mas sua própria base de apoio.” (LMN)