Plenário Virtual

Sessão ordinária / Lideranças e Comunicações

Manifestações dos parlamentares  na Sessão desta quinta, 10/9.
Coleta de resíduos voltou ao debate na tarde desta quinta-feira (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

Na tarde desta quinta-feira (10/9), vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos, durante sessão ordinária realizada por videoconferência:

 

REITORIA - Adeli Sell (PT) trouxe abordou a questão da nova reitoria da UFRGS, uma das 100 universidades mais importantes do mundo e uma das melhores do Brasil, sendo símbolo em todas as áreas de conhecimento. “Semana que vem será anunciado o terceiro colocado como reitor. Isso envergonha o Rio Grande do Sul, é um papel muito triste. Tenho certeza de que haverá resistência, pois nunca tivemos algo parecido como esse afronto a democracia.” Disse que esse posicionamento vai ser essencial para que se consiga manter na reitoria a chapa que realmente ganhou nas eleições. “Por uma universidade livre!” (LMN)

 

IMESF - Aldacir Oliboni (PT) falou sobre decisão do Supremo Tribunal Federal que, há pouco tempo, determinou a extinção do Imesf. “Os recursos expiram no mês de novembro, e se isso acontecer antes que o governo dê alguma garantia ao atendimento básico, será um grande problema para a população das comunidades.” Muitos trabalhadores foram demitidos e o Ministério Público se manifestou dizendo para o governo municipal apresentar uma alternativa de continuidade ao programa. “Peço a sensibilidade do governo para que a população não fique desassistida em tempos de pandemia. Acho que devem não só manter o programa, mas também ampliá-lo para o restante da cidade.” (LMN)

 

PREÇOS - Clàudio Janta (SD) falou sobre proposta do governo estadual para aumento do IPVA em carros antigos. “Esse debate é usado como pano de fundo. O que não se fala é o aumento absurdo no valor do gás, arroz, feijão e demais produtos que compõem a cesta básica. Temos produtos que sairão de 0% para 17% de aumento.” Disse que estão protocolando um documento para entregar ao governo dizendo que, em um período como esse, com muitas dificuldades e desemprego, é inviável esse aumento drástico nos impostos. “Não tem como sobreviver dessa forma com o mínimo de dignidade.” (LMN)

 

CARRINHEIROS - Lourdes Sprenger (MDB) falou sobre aprovação do projeto que prorroga a proibição da circulação de carrinheiros em Porto Alegre e respondeu ao vereador Ramiro Rosário (PSDB). “O senhor falou ontem que eu havia solicitado a fiscalização. E sim, eu sempre solicito muitas. No bairro Assunção tem muita lomba, então são caminhões que fazem o trabalho”, e apresentou vídeo que mostra como é o trabalho daqueles que passam antes dos terceirizados da prefeitura. “Mesmo com fiscalização, não se consegue tirar de circulação esse tipo de veículo, provavelmente sem documentação, prejudicando aqueles que estão na cooperativa esperando o material de reciclagem e querem ajudar.” Finalizou falando sobre o maus tratos aos animais, também nesse contexto. “Eles sentem fome, dor, frio e calor. A nossa dedicação aqui há mais de 20 anos é a vida animal.” (LMN)

ZONA NORTE - Adeli Sell (PT) falou sobre o Recanto do Sabiá, localizado na zona norte de Porto Alegre e lembrou que, com a transferência da Vila Nazaré e a construção do Conjunto Habitacional dos Maristas, foi feito “uma lagoa de decantação, mas não funciona”. Adeli denunciou que a chuva de dias atrás fez com que o esgoto entrasse na “casa das pessoas que já são pobres e nada tem. Impossível imaginar um lugar mais deixado de lado”. Ele criticou membros do governo, afirmando que quem está no poder não conhece a região e tenta mascarar a situação. “Vejo vídeos falando sobre os encantos da zona norte como se o asfalto de um lugar ou outro pudesse esconder essa triste situação de algumas vilas”. Para Adeli, a ausência do Estado abre espaço para a ação do narcotráfico e deve-se lutar “pela defesa do bem-estar mínimo existencial”. (RF)

 

LIXÕES - Engº Comassetto (PT) refletiu acerca dos debates sobre os carroceiros e afirmou que a maioria dos 300 lixões espalhados pela cidade viraram “uma indústria sustentada pela prefeitura”. O vereador afirmou que pessoas cobram e recolhem o lixo, fazem podas e “depositam irregularmente pela cidade porque não há fiscalização”, e lembrou que há legislação aprovada na Câmara, que multa quem descarta lixo irregularmente pelas ruas, mas ela não é aplicada. Comassetto apontou que existem 850 vilas irregulares na capital, pediu os números de quantas unidades habitacionais novas foram entregues por Marchezan e acerca dos aluguéis sociais, e solicitou dados de quantos estão contratados e quantos não estão sendo pagos. O vereador finalizou denunciando que há “famílias da Tronco com três, quatro meses de aluguel social atrasado. Para ficar em casa tem que ter casa”. (RF)

Texto

Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)
Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)