Plenário Virtual

Sessão Ordinária Presencial-Virtual / Lideranças

Plenário Ana Terra.
Nas quartas-feira sessão da Câmara Municipal é mista: virtual e presencial (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (28/10), em sessão ordinária, vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos em período de Liderança:

 

EDITAL - Clàudio Janta (SD) saudou a passagem do Dia do Servidor Público, em especial aos da Câmara Municipal, e usou seu tempo para falar de um tema que, como disse, está passando à margem da Casa. “Tenho dois projetos de regulamentação dos contêineres de lixo e recolhimento deles. Me estranhou ver um edital da prefeitura no dia seguinte do primeiro turno das eleições para rever a questão do lixo na cidade.” O vereador acredita que isso deveria ser encaminhado pelo futuro prefeito, se houvesse a necessidade, e que falta no edital a previsão contida no plano municipal de gestão de resíduos sólidos. “Não exigem capacidade técnica e profissional.” Disse que já encaminhou um pedido de audiência pública para discutir essa questão e que esse tipo de gestão caberia ao novo prefeito. (LMN)

 

ADIAMENTO - Mendes Ribeiro (DEM) falou sobre a sua preocupação em relação aos projetos que estão em pauta sobre logística reversa. “Não sou contra. Todos queremos o meio ambiente melhor e mais equilibrado, porque isso implica em uma melhor qualidade de vida das futuras gerações. O que me chama a atenção é a maneira como foi redigido.” Ele disse que hoje vivemos uma grande crise e que esses projetos extrapolam a legislação federal, exonerando os comerciantes e fabricantes. “Não vejo esse valor saindo da taxa de lixo. Fico muito preocupado, ainda mais com as penas pesadas.” Para concluir, pediu aos vereadores a sensibilidade para que haja o adiamento desses projetos, para que possam ser avaliados com mais calma. (LMN)

 

FUNMERCADO - Adeli Sell (PT) demonstrou, segundo ele, como o prefeito e o secretário de políticas estratégicas têm mentido, e trouxe o assunto do Mercado Público. “Em cinco anos o Funmercado arrecadou R$ 18,9 milhões, e a prefeitura pegou 5,4 e usou em outras coisas, de forma ilegal.” Disse que já havia levado essa questão no processo que construiu no Ministério Público de Contas, com ganho de causa, para que o mercado continuasse cumprindo sua função original. “Nos omitiram a respeito do Funmercado, e dessa vez vou ir até o fim, para que inclusive o atual titular do Paço Municipal seja eliminado politicamente e institucionalmente. Tudo que ele faz é uma afronta ao povo e aos cofres públicos.” (LMN)

 

PERSEGUIÇÃO - Aldacir Oliboni (PT) falou que a marca do governo Marchezan é a perseguição aos servidores públicos, precarizando os serviços com centenas de demissões. “Nós reconhecemos a importância do servidor público, mas em 4 anos de gestão o governo municipal não percebeu.” Disse que, agora com uma liminar, o prefeito só poderá fazer algo semelhante ao que fez com o IMESF no dia 4 de dezembro, mas que a Câmara não deixará que nada aconteça com os trabalhadores. “Os 3 candidatos apontados para o segundo turno já se manifestaram contra a extinção do emprego e a favor da continuidade do programa.” Finalizou falando sobre a rejeição do prefeito e sobre como o povo quer alguém que olhe para cidade e não precarize a saúde, educação e o transporte público. (LMN)

LEGISLAÇÃO - Cassio Trogildo (PTB), que retornou às sessões presenciais após ter testado positivo para Covid-19, afirmou que não teve sintomas da doença durante os 14 dias de isolamento. O vereador ainda afirmou que seu filho e empregada não tiveram a doença e sua mulher teve sintomas leves. “Precisamos nos cuidar sim, não é uma gripezinha”. Trogildo citou a peça orçamentária encaminhada pelo Executivo à Casa, e destacou para uma irregularidade: "os aposentados da área da educação não podem mais ser alocados como despesa de educação”. De acordo com Trogildo, enquanto essa questão não for revista, “não há como aprovar a Lei Orçamentária Anual”. “Não somos autores da Peça orçamentária, ela precisa chegar aqui de uma forma que cumpra a Legislação. Queremos cumprir nossa atribuição, dentro do que preceitua toda a Legislação vigente”. O vereador pediu que o Executivo corrija imediatamente a questão, pois a Câmara quer votar o orçamento de 2021 o mais rápido possível. (RF)

PREOCUPAÇÃO - Prof. Alex Fraga (PSOL) fez uma saudação especial aos servidores públicos, principalmente àqueles que “atendem a população que mais precisa. Sem eles, há um desamparo total e completo das pessoas mais vulneráveis da sociedade”. O vereador criticou o prefeito e o secretário da educação, dizendo que eles são “mentirosos, divulgando que a média salarial dos professores municipais é de R$ 11 mil”. Fraga disse que a média real “não chega a R$ 6 mil” e afirmou que Marchezan ou mente nos seus pronunciamentos ou no Portal da Transparência. O vereador atentou para o salto de ocupação dos leitos nos hospitais de Porto Alegre. “A reabertura das escolas municipais, que não têm a mínima condição de funcionamento, podem agravar esse quadro”. Fraga também demonstrou preocupação com o projeto que permite licenciamento ambiental por adesão e compromisso na capital. “Daqui a pouco nós tenhamos o autojulgamento de pessoas que estão aguardando a demora da Justiça. Temos um empresário que pode se autolicenciar”. (RF)

SERVIDORES - Airto Ferronato (PSB) falou sobre o Dia do Servidor Público e cumprimentou os colegas servidores de todas as esferas e se disse orgulhoso de “ser servidor público desde 1975”. O vereador afirma que, nestes tempos de pandemia, os servidores “salvaram vidas, fiscalizaram recursos públicos e fortaleceram a democracia”. Ferronato criticou a reforma administrativa do Congresso Nacional, pois “fere os direitos e segurança” dos servidores. O vereador disse que “precisamos de vozes nas tribunas, de parlamentares comprometidos com o serviço público e com o setor público, em nome de um bom trabalho em prol da sociedade”. (RF)

Texto

Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)
Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)