Sessão Ordinária Virtual - Lideranças
Na tarde desta quarta-feira (2/9), em sessão ordinária virtual, vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre fizeram os seguintes pronunciamentos em período de Lideranças:
INCOMPETÊNCIA - Adeli Sell (PT) aplaudiu a fala do presidente Reginaldo Pujol (DEM) e disse ser um pronunciamento digno de quem está levando a Câmara adiante do jeito certo. “Estamos vivendo um dia muito difícil em Porto Alegre, e acabamos de perder R$ 60 milhões que evaporaram mais uma vez pela incompetência deste governo. Ele só perde.” O vereador mencionou também o masterplano de desenvolvimento econômico, social e ambiental no 4º distrito. “A gestão anterior havia contratado a Universidade Federal. A atual contratou várias terceirizadas para o serviço e nada foi concluído.” Disse que são “escandalosamente incompetentes” e citou, para concluir, o relógio digital que foi instalado no Shopping Praia de Belas em um rebaixamento para cadeirantes. (LMN)
COMBATE - Aldacir Oliboni (PT) disse que a oposição, desde o início, sempre combateu as maldades do governo, e que hoje vários outros partidos também estão lutando junto. “Muitos já abandonaram o barco do Marchezan porque não aguentaram a forma como ele quer fazer a gestão da cidade.” Falou sobre a rejeição do governo e sobre como o prefeito sempre quis que a Câmara funcionasse como um cartório. “Ele tranca as pautas e depois diz que somos nós que não queremos trabalhar. Quem está obstruindo o processo é o prefeito. Seu governo faz muito mal para Porto Alegre”, concluiu Oliboni. (LMN)
INTERVENÇÃO - Roberto Robaina (PSOL) mencionou a fala de Reginaldo Pujol (DEM) e disse ser muito adequada nesse grave momento que a cidade enfrenta. “O prefeito conseguiu interferir provisoriamente nos trabalhos da Câmara e do poder legislativo. As medidas adotadas em relação ao processo do impeachment são todas legais e com amplo direito de defesa e debate público.” Falou também que o prefeito Marchezan antecipou seu processo eleitoral há bastante tempo, e que a situação ficou mais grave no contexto da pandemia, quando usou recursos da saúde para publicidade. “É necessário que a Câmara defenda seu trabalho e continue fazendo o serviço que deve ser feito.” (LMN)
DESPREZO - Mauro Zacher (PDT) manifestou solidariedade, apoio e reconhecimento pela maneira digna com a qual o presidente Pujol (DEM) tem encaminhado esse momento difícil na cidade. “Estamos acompanhando tudo e sabemos que todo o processo legal foi devidamente cumprido e que a justiça há de se rever. Nosso papel é fazer com que as coisas sejam transparentes para que a população faça suas decisões.” Disse que toda essa situação é reflexo de 3 anos e meio de desrespeito com Câmara. “Ele despreza todo o nosso trabalho e age de forma autoritária.” Para concluir, disse que o prefeito não comprou respiradores, não fez hospitais de campanha e agora, com o maior índice de ocupação nas UTIs, decidiu abrir o comércio. (LMN)
DISCURSOS – Moisés Barboza (PSDB) disse que os ataques da oposição ao prefeito não passam de um discurso “montado conforme a necessidade do momento da eleição”. Barboza afirmou que os vereadores do PSOL e do PT atacaram diversas vezes o presidente da Casa, Reginaldo Pujol (DEM), nas suas proposições, e completou: “Vejo alguns vereadores baterem no prefeito e é totalmente compreensível no momento da eleição”. Apontou ainda que “não se deve ignorar o que foi feito de bom quando houve coalisão dos partidos” e que “não existe essa terra arrasada”. O vereador também falou acreditar que existem pessoas que “não querem que esse governo mostre o que foi feito” e disse que não vai ficar calado, pois “tem muita coisa boa em andamento”. (RF)
ÉTICA – Lourdes Sprenger (MDB) prestou solidariedade a Reginaldo Pujol (DEM), que, segundo a vereadora, “soube atuar na hora exata na defesa da Casa”. Lourdes acredita que os ataques, além de serem infundados, foram “tentativas de rotular a Câmara como não tão importante na cidade” por parte de alguns profissionais da área da comunicação. “Temos que trabalhar com ética, dentro do regimento e legislação”, disse, se mostrando preocupada com os ataques pessoais e lembrando que, na eleição passada, um coordenador de campanha se suicidou em decorrência de ataques. Segundo Lourdes, em 2020, “a tendência é levar muitos outros ao desgaste emocional e muitos não são tão fortes para aguentar”. Como registro positivo, Lourdes falou sobre projeto para melhorar a categoria de adestradores e proibição do uso de coleiras de choque por leigos, pois torna algumas raças mais violentas. (RF)
FISCALIZAÇÃO – Para Mônica Leal (PP), é chegado um momento de “registrar coisas que parecem que a grande maioria da imprensa desconhece”. A vereadora recordou que no Legislativo se faz juramento de “cumprir fielmente um mandato confiável e o regimento interno, guardar a Constituição e a Lei e trabalhar pelo desenvolvimento do município”. Além disso, Mônica salientou que a Câmara é o poder de fiscalização e os vereadores são “fiscais do cumprimento da lei na cidade” e não podem “engavetar qualquer pedido”. Ela contou que quando foi presidente da Casa se viu em situações em que só tinha uma saída, que era “seguir os ritos legais e colocar a denúncia nos exatos termos da lei”, assim como a vereadora acredita que Reginaldo Pujol (DEM) está fazendo. Sob o olhar de Mônica, “o processo de impeachment segue todos os procedimentos legais”. (RF)