Precursora do feminismo é lembrada em exposição

Escritora potiguar Nísia Floresta viveu cinco anos em Porto Alegre

O Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre apresenta, até esta sexta-feira (23/3), no T Cultural, a exposição Nísia Floresta – Uma Mulher à Frente do seu Tempo, concebida pelo Projeto Memória, da Fundação Banco do Brasil e Petrobras, e doada ao Legislativo. Estruturada em 16 banners, a mostra retrata a vida da escritora potiguar, educadora, indianista e nacionalista. Nísia Floresta é considerada precursora dos ideais feministas no Brasil e uma das grandes pensadoras do século XIX.

Nascida Dionísia Gonçalves Pinto em 12 de outubro de 1810 no município de Papari (RN), que hoje leva seu nome, Nísia Floresta viveu também em Pernambuco, no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e na Europa, onde passou seus últimos 28 anos. Escreveu 15 livros, sendo o primeiro - Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens (1832) – o que melhor reflete seu pensamento libertário.

Após a publicação do primeiro livro, Nísia, o companheiro, Manuel Augusto, a filha, a mãe e duas irmãs mudaram-se para Porto Alegre, onde nasceu seu filho mais novo. Em 1837, devido à instabilidade provocada pela Revolução Farroupilha, a família transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde Nísia, já viúva, fundou o Colégio Augusto, para moças. Morreu em 24 de maio de 1885 na França. Em agosto de 1954, seus despojos foram transladados para o Rio Grande do Norte e levados para sua cidade natal.

A exposição pode ser visitada das 9 às 18 horas, de segunda a quinta-feira, e das 9 às 16 horas, às sextas-feiras. Informações no Memorial da Câmara (Avenida Loureiro da Silva, 255), telefones (51) 3220-4187 e 3220-4318.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)