Prefeito quer auxílio da Câmara em propostas para áreas públicas
O prefeito Sebastião Melo compareceu hoje (30/5) ao plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre para solicitar que o Legislativo ofereça alternativas para o cuidado dos espaços públicos da Capital. Pediu ainda a criação de uma comissão especial, com a representação de todas as bancadas, para estudar um conjunto de medidas a serem executadas para melhorias dos parques e praças da Capital. “Nós não temos pernas, não temos dinheiro. Só os furtos da Redenção vão custar aos cofres públicos mais de R$ 600 mil, e vai demorar muito tempo. Não tem um dia pela manhã que eu não recebo notícias de mais furtos de fios.”
O prefeito afirmou que não quer cercar os parques, mas disse que é preciso revisar o chamado Código de Convivência do município, criado por ele mesmo, quando vereador, em 2016, e atualizar as regras feitas ainda nas décadas de 60 e 70 e que não estão sendo capazes de garantir o uso dos espaços públicos com o máximo de responsabilidade de liberdade possíveis. Melo observou que mesmo que os chamados prefeitos de praça, que hoje são 118, cheguem a 250 até o final do ano, ainda vão ficar mais de 400 parques e praças sem fiscalização e que mesmo com o concurso que está sendo feito, a Guarda Municipal não vai conseguir atender nem a metade de todos os parques.
O vereador Aldacir Oliboni (PT), líder da oposição, tratou o trama como “instigante, provocante e participativo”. Segundo o parlamentar, a discussão do Plano Diretor e dos espaços públicos envolve diretamente a vida do cidadão. Por isso, disse ele, "a gente não pode fazer um Plano Diretor fatiado. Centro Histórico e o 4º distrito agora e as demais regiões ficarem sabe-se lá para quando.” Destacou também que é preciso um plano que inclua mais as áreas necessitadas, que possuem uma demanda maior de serviços.
O líder do governo, vereador Cláudio Janta (SD) falou que existem temas que a cidade tem pressa, e que não é possível esperar o pelo Plano Diretor. “Nós não estamos de fora da periferia, pelo contrário, a cidade tem feito obras, muitas vezes obras que causam transtorno nas pessoas, na questão, por exemplo, da água no Morro da Cruz. Até o final do ano vai estar resolvido algo que vem desde o tempo que eu morava no morro”. Ele acrescentou que o governo está mexendo em estruturas que há décadas atrapalham a vida do porto-alegrense e que é preciso avançar na questão.