Presidente da Cosmam defende incentivo a empresas recicladoras

A cidade de Porto Alegre e o estado do Rio Grande do Sul não estão subsidiando como deveriam a cadeia responsável pela reciclagem dos resíduos tecnológicos. O alerta foi feito nesta terça-feira (22/5) pelo presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Beto Moesch (PP), ao participar do 1º workshop "Fluxo econômico da reciclagem tecnológica". Para Beto, não adianta ter uma estrutura adequada para recolher o material reciclável se não houver estímulos para as empresas recicladoras atuarem no RS. "Hoje, para reciclar uma bateria de celular temos de enviá-la para São Paulo. Para reciclar uma lâmpada fluorescente é preciso mandá-la para Santa Catarina."

O presidente da Cosmam elogiou o trabalho desenvolvido pelo DMLU, pela Fiergs e pela Fecomércio em relação à reciclagem do chamado resíduo tecnológico (computadores, celulares, baterias, CDs, fios e cabos, por exemplo). Salientou que o ciclo tem de ser partilhado e que a responsabilidade principal da reciclagem, neste caso, é do gerador (fabricante). "É a chamada logística reversa, pela qual quem fabrica um celular, por exemplo, ao colocar o produto no mercado tem de prever o destino do material após sua vida útil." Hoje no Brasil, disse ele, ao contrário do que já ocorre nos países ricos, "a sociedade que se vire."

O workshop foi dividido em três painéis: "Experiências da prefeitura de Porto Alegre no descarte tecnológico"; "Tratamento do resíduo eletrônico pela indústria e o comércio"; e "Destino final do resíduo eletrônico". O evento foi realizado pelo DMLU e Gabinete de Inovação e Tecnologia de Porto Alegre (Inovapoa), com apoio da Cosmam.

Além de Beto, participaram do workshop os vereadores Mário Manfro (PSDB) e Carlos Todeschini (PT), ambos integrantes da Cosmam. O evento correu no Auditório Ana Terra da Câmara.