OUTUBRO ROSA

Prevenção ao câncer de mama é tema de evento na Câmara

Procuradoria Especial da Mulher realizou ciclo de palestras em alusão ao Outubro Rosa

  • Fórum de conscientização sobre a importância da Campanha Outubro Rosa e formas de prevenir o Câncer de Mama. Na foto, a palestrante Déborah Vecchio.
    Evento foi realizado do Plenário Ana Terra (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Fórum de conscientização sobre a importância da Campanha Outubro Rosa e formas de prevenir o Câncer de Mama.
    Coro do Dmae fez apresentação no início do encontro (Foto: Giulia Secco/CMPA)

Em alusão ao Outubro Rosa e visando estimular a prevenção e o combate ao câncer de mama no ambiente legislativo, foi realizado na tarde desta terça-feira (30/10) o evento "Outubro Rosa: vamos falar sobre isso?". Promovido pela Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre e pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) da Prefeitura de Porto Alegre, com o apoio do Instituto da Mama do RS (IMAMA) e da Escola do Legislativo Julieta Battistioli, o evento levou grande público ao Plenário Ana Terra, que pode acompanhar as palestras da embaixadora e voluntária do IMAMA Ieda Maria Beier, da pedagoga e educadora comportamental Deborah Vecchio e da mestra em Saúde Coletiva pela Unisinos Carolina Montiel.

Na abertura do evento, o grupo Coro do DMAE apresentou releituras de canções de músicos como Beto Guedes e de artistas dos tempos da Jovem Guarda. Posteriormente, em uma apresentação interativa, com exposição de vídeos e dinâmicas com a plateia, Deborah Vecchio abordou a importância do bem-estar e da autoestima para a mulher, e de como esse cuidado próprio reflete na saúde. Durante a palestra, a plateia recebeu balões rosas que, após serem enchidos, simbolizavam uma mama. 
 
“Estamos brincando com a vida ou estamos levando tudo a sério?”, questionou Deborah durante a explanação. “Precisamos da conscientização com e sobre as nossas mamas. Inclusive os homens, porque mesmo que eles sejam do sexo masculino, a doença também pode acometê-los”, relatou. A educadora comportamental deixou claro o lema a ser seguido: “Quem se ama, ama a vida”. “Vamos nos acolher, nos amar e nos perdoar. É comprovado cientificamente que quando olhamos positivamente para um problema, melhor ele se resolve”, ressaltou.

A vereadora Fernanda Melchionna (PSol) também participou do evento. Lembrou a correria da vida das mulheres. “Muitas de nós têm tripla jornada de trabalho. Às vezes isso faz com que a gente negligencie o cuidado e a prevenção do câncer”, disse. Preocupada, a vereadora informou que “Porto Alegre é a capital com maior incidência do câncer de mama. Não sabemos o porquê”. “Por isso, é necessário um momento para a gente”, apelou Fernanda. 

“Quem procura, cura”, falou a embaixadora do IMAMA, Ieda Maria Beier. Além do autoexame, ela enfatizou que hábitos de vida fazem a diferença. “Nós podemos nos gerenciar. Cuidados com o peso, o não sedentarismo, uma alimentação saudável e não abusar do álcool são importantes para evitarmos o câncer”, considerou Ieda.

Ana Lúcia Gomes, coordenadora das Relações Institucionais da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de apoio à Saúde da Mama), explicou como a instituição atua com projetos de assistência e luta pela prevenção e pelo tratamento da doença. Conforme ela, o período de espera por tratamento é um dos graves problemas enfrentados pelos pacientes. “Impacta o tempo de vida”, disse. Ela ainda alertou que o autoexame é fundamental, mas que a mamografia não pode ser substituída. A Femama conta com 74 ONGs associadas em 18 estados do país e no Distrito Federal. De acordo com dados apresentados pela entidade, a expectativa ainda é que ainda surjam 60 mil novos casos de câncer no Brasil.

“É preciso pensar na integralidade de serviços”, disse a mestre em saúde coletiva pela Unisinos, Carolina Pereira Montiel, que defendeu a atenção integral à saúde das mulheres. Ao longo de seu pronunciamento, a palestre trouxe diversos casos históricos que incidem até hoje nos cuidados da saúde da mulher. A falta de política pública, por exemplo, foi um dos pontos destacados por ela, que apontou maior necessidade de investimentos na prevenção de câncer de mama. “Não temos que lembrar da mama só em outubro”, afirmou no encerramento do evento. 

Texto: Matheus Closs (estagiário de jornalismo)
          Bruna Schlisting Machado (estagiária de jornalismo)
          Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)