INSTITUCIONAL

Procuradoria da Mulher promove debate sobre Climatério e Menopausa

Primeira Semana Municipal CLIMATÉRIO e MENOPAUSA, Procuradoria da Mulher/ Procuradora Ver. Abigail Pereira
Encontro foi realizado na manhã desta sexta-feira no Plenarinho (Foto: Marlon Kevin/CMPA)

Na manhã desta sexta-feira (18/10), a Câmara Municipal de Porto Alegre promoveu um encontro para discutir a primeira Semana Municipal de Debate sobre Climatério e Menopausa. O evento, aberto ao público, ocorreu no Plenário Ana Terra e foi organizado pela Procuradoria da Mulher.

A Semana Municipal de Climatério e Menopausa acontece do dia 16 a 22 de outubro. A idealizadora, Márcia Selister, discursou sobre o tema e pontuou que a expectativa de vida entre as mulheres no Brasil é de 75 anos, o que significa que um terço da vida dessas mulheres será vivido no climatério — período que engloba as fases pré, durante e pós-menopausa. “É mais ou menos aos 40 anos que começam essas oscilações, e isso deixa a mulher mais perdida, porque os sintomas ora vêm, ora somem, e ela não identifica isso como climatério. Muitos médicos também não identificam, porque não têm essa experiência de tratar uma mulher no climatério ou na menopausa”, explicou.

Márcia também ressaltou a importância de políticas públicas que promovam mais informações às mulheres, principalmente aquelas em situação de vulnerabilidade, além de serviços que incentivem a prática de atividades físicas e atendimentos de saúde adequados (acompanhamento psicológico, terapias hormonais e médicos especializados).

A médica especialista na saúde da mulher, Carla Vanin, chamou a atenção para os diagnósticos de doenças neurológicas e a necessidade de acolhimento das mulheres no climatério. “A gente diz assim: isso passa. Isso passa, eu não tenho a menor dúvida de que passa, mas por que passar com sofrimento se a gente pode passar de uma maneira mais adequada?”, questionou.

A vereadora Biga Pereira (PCdoB), que coordena a Procuradoria da Mulher, afirmou que apresentará um projeto de lei que disponha sobre a garantia do atendimento especializado nas Unidades Básicas de Saúde municipais para mulheres em climatério e menopausa. “Nós precisamos cuidar de quem cuida. Nós somos cuidadoras. A gente não nasce cuidadora, mas o mundo nos atribui essa tarefa. Quando chegamos a essa fase da vida, nós também precisamos de cuidado”, finalizou.

Texto

Brenda Andrade (estagiária de jornalismo).

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)