PLENÁRIO

Projeto aplica sanções a quem aumentar preços em calamidade pública

  • Água
    Proposta busca evitar aumentos abusivos dos preços de itens básicos (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
  • Vereador Roberto Robaina
    Roberto Robaina (PSOL) (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Está em discussão na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que determina a aplicação de sanções administrativas a estabelecimentos comerciais que, durante situação de emergência ou estado de calamidade pública, promovam aumento de preços de itens básicos. O autor da proposta é o vereador Roberto Robaina (PSOL).

A iniciativa propõe as seguintes sanções: multa de 5.000 Unidades Financeiras Municipais (UFMs), no caso de aumento de preços em até 25%; multa de 10.000 UFMs, por aumento entre 25% e 50%; multa de 20.000 UFMs e suspensão das atividades por um mês, no caso de aumento entre 50% e 100%; e multa de 40.000 UFMs e cassação do alvará de localização e funcionamento do estabelecimento, no caso de aumento superior a 100%. Atualmente, o valor da UFM é R$ 5,50.

“As penalidades estabelecidas nessa proposta têm acentuada e progressiva carga sancionatória porque o objetivo central da norma é a operação do caráter preventivo das penalidades nela previstas (ou seja, a criação de efetivo mecanismo de dissuasão da prática da conduta), operando somente em segundo plano seu caráter repressivo (uma vez que, mais do que punir, a principal finalidade da medida é evitar que as práticas abusivas ocorram)”, afirma o vereador Robaina na exposição de motivos do projeto.

As sanções não se aplicam caso haja razão econômica legítima para a subida dos preços, como um aumento promovido por fornecedores diretos ou por frete de mercadorias vendidas nos estabelecimentos.

Texto

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)