PLENÁRIO

Projeto concede auxílio-aluguel às mulheres vítimas de violência doméstica

Vereadora Karen Santos
Karen Santos (PSOL) (Foto: Fernando Antunes/CMPA)

Entrou em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que concede auxílio-aluguel às mulheres vítimas de violência doméstica no município. O texto é de autoria da vereadora Karen Santos (PSOL).

O benefício será destinado às mulheres que, por conta de violência doméstica, não puderem retornar ao seu lar. O auxílio terá o valor de um salário mínimo mensal e será concedido durante um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano, mediante justificativa técnica do serviço social. O recebimento do auxílio-aluguel é compatível com o de outros benefícios sociais.

Para fazer jus ao auxílio, a interessada deverá comprovar ter renda familiar de até dois salários mínimos, ter medida protetiva de urgência expedida de acordo com a Lei Maria da Penha e comprovar estar em situação de vulnerabilidade, de forma a não conseguir arcar com suas despesas de moradia. 

Conforme o projeto, terão prioridade na concessão do benefício as mulheres gestantes ou que possuam um ou mais filhos menores de idade. O auxílio será suspenso caso haja o retorno da mulher ao convívio junto do agressor e a cessação dos efeitos da medida protetiva de urgência.

De acordo com Karen Santos, “a medida protetiva, por si só, não rompe com a dependência financeira que muitas vezes ‘amarra’ as mulheres aos seus agressores, sendo esse, em muitos casos, o motivo pelo qual a mulher não consegue sair desse contexto de violência”. Nesse sentido, “são necessárias políticas que atuem para romper a dependência econômica da vítima em relação ao agressor, e assim impedir que o ciclo de violência se perpetue”, afirma a vereadora.

“A concessão do auxílio-aluguel proporcionará a essas mulheres um novo recomeço em suas vidas ao custear um novo lar por um período razoável e, assim, dar uma maior efetividade à medida protetiva de urgência, dando concretude ao afastamento da vítima do contexto de violência”, complementa Karen.

Texto

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)