Projeto cria política de atenção à saúde das mulheres na menopausa
Está tramitando na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que institui a Política Municipal de Conscientização e Atenção Integral à Saúde das Mulheres no Climatério e na Menopausa. A proposta é de autoria da vereadora Vera Armando (PP) e visa propor diretrizes para informar, humanizar e qualificar o atendimento às mulheres no climatério e na menopausa, garantindo assistência e amparo à sua saúde física e mental.
Climatério e menopausa
Climatério é a fase de evolução biológica da mulher em que ocorre o processo de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. Já a menopausa, para os efeitos do projeto, é o último ciclo menstrual, reconhecido somente após transcorrido um ano de sua ocorrência.
A política tem os seguintes objetivos: garantir o acesso gratuito a medicamentos hormonais e não hormonais pela Prefeitura nas unidades municipais de saúde pública e privada conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS); assegurar a realização de exames diagnósticos; disponibilizar o tratamento contínuo e individualizado e garantir acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às mulheres desde o diagnóstico.
Entre as diretrizes da política, estão as seguintes: estimular a realização de campanhas, seminários ou palestras sobre o climatério e a menopausa, abordando a conscientização sobre sintomas, exames, diagnósticos e orientações, inclusive sobre os benefícios e efeitos colaterais da reposição hormonal; incentivar a formação, capacitação e sensibilização de profissionais especializados para atender às particularidades inerentes à mulher no climatério e na menopausa; e estimular a adoção de estratégias de cogestão, com acolhimento, escuta qualificada, oferta programada e captação precoce na perspectiva da promoção da saúde.
“As mulheres enfrentam diversas mudanças físicas, hormonais e emocionais durante esses períodos, podendo apresentar sintomas como ondas de calor, insônia, alterações de humor, osteoporose, doenças cardiovasculares e impactos na saúde mental. No entanto, há uma carência de políticas públicas voltadas à conscientização e ao atendimento especializado para esse público”, destaca a vereadora na exposição de motivos do projeto.