ATIVIDADE LEGISLATIVA

Projeto de Ruas visa dar moradia aos que perderam suas casas com as enchentes

Além de protocolar o projeto, o vereador do PSOL fez pronunciamento no qual lamentou as falas do governador Eduardo Leite sobre a falta ações de prevenção contra as intempéries

Sessão Ordinária realizada de forma virtual devido aos estragos da enchente.
Sessão Ordinária realizada de forma virtual devido aos estragos da enchente. (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Um projeto de lei, PPl Calamidade, que visa autorizar pelo prazo de 12 meses, a utilização gratuita dos imóveis desocupados em Porto Alegre, por parte das pessoas com necessidade comprovada de abrigo residencial, foi protocolado pelo vereador Pedro Ruas (PSol) na Câmara Municipal de Porto Alegre, na última segunda-feira, dia 20 de maio. Na sua justificativa, Ruas aponta os efeitos nefastos da catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul e Porto Alegre, ceifando a vida de quase 200 pessoas e, ao mesmo tempo, destruindo cidades e algumas regiões, deixando milhares de desabrigados.

O vereador alerta que além disso, somente a Capital gaúcha já tinha algo em torno de 6 mil moradores em situação de rua, sem terem onde morar. Destaca, na justificativa do projeto, que segundo dados do último Censo do IBGE (2022), existem 101.013 imóveis desocupados em Porto Alegre, enquanto que o Observatório das Metrópoles aponta que Porto Alegre tem 30,5% dos domicílios do Centro e 22,5% do Quarto Distrito desocupados. Coincidentemente, essas são duas das regiões mais afetadas pela referida catástrofe na cidade.

MENOSPREZO DO GOVERNADOR

Além de protocolar o PPL Calamidade, Pedro Ruas fez um  pronunciamento na Tribuna da Câmara Municipal de Porto Alegre, no qual manifestou seu desgosto e incredulidade com as afirmações do governador do Estado, que em entrevista publicada no Jornal Folha de São Paulo na edição do dia 19,  confirmou que fora alertado sobre os riscos mas que tinha outras agendas mais importantes. “É inacreditável que o governador considere menos importante a proteção do povo gaúcho, das mulheres e homens, dos idosos, das crianças, optando por outra agenda que não fosse a de evitar a tragédia que lamentavelmente ocorreu”, afirmou Ruas.

Texto

Jurema Josefa/ Assessoria de Imprensa

Edição

Jurema Josefa (MTB 3.882/RS)