Plenário

Projeto denomina como Santa Efigênia praça na Restinga

Vereador João Carlos Nedel.
Vereador João Carlos Nedel (PP) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Tramita, na Câmara Municipal de Porto Alegre, projeto de lei de autoria do vereador João Carlos Nedel (PP) que denomina Praça Santa Efigênia o logradouro não cadastrado conhecido como Praça Sete Mil, Cento e Sessenta e Dois, localizado no Bairro Restinga. O projeto prevê que as placas denominativas conterão, abaixo do nome do logradouro, os seguintes dizeres: Santa da Igreja Católica. Santa Efigênia ou Santa Ifigênia, como também é conhecida, é a responsável pela difusão do cristianismo na Etiópia, nordeste da África, um dos países mais antigos do mundo. Nascida no início do primeiro século da era cristã, Efigênia e Efrônio, seu irmão, eram filhos de Eggipus e Eufenisa, reis de Noba, ou Núbia, um pequeno reino pagão da Etiópia. O nome Ifigênia, do grego, significa “nascida forte”.

“As grandes provações de Santa Efigênia começaram logo após a morte de seus pais, que ela tanto amava. Havia na corte um príncipe egoísta e ardiloso, chamado Hirtaco, tio de Efigênia, irmão de seu pai. Este se levantou contra a linha sucessória natural e roubou o poder herdado por Eufrônio, irmão de Efigênia. Nessa luta, ela ficou ao lado do irmão. Naquela mesma época, o apóstolo Mateus e mais dois discípulos chegaram para evangelizar a capital da Núbia. Suas palavras, porém, foram mal recebidas, e ele foi tido como louco pelos habitantes. Somente a princesa Efigênia aceitou a ideia de um único Deus e passou a rejeitar o politeísmo pagão”, diz o vereador.

Nedel continua: “Tocada pela mensagem de Mateus, o evangelista, Efigênia converteu-se ao cristianismo. Porém, dois influentes sacerdotes pagãos ditavam as regras naquele reino etíope. Sabendo das pregações do apóstolo Mateus e da crença da princesa Efigênia, iniciaram uma campanha para difamar aqueles ensinamentos, afirmando que Mateus insultava seus deuses. Usando de suas influências, os sacerdotes convenceram o rei de que os deuses só se aplacariam se oferecessem Efigênia em sacrifício. Ela deveria ser oferecida por meio de um ‘incêndio sagrado’”.

“Conta a história que Efigênia esperou o momento do sacrifício e ofereceu-se ao Deus Criador único e verdadeiro. Encorajada por São Mateus, com fé na vitória sobre o mal, ela se pôs a esperar a hora decisiva. Os sacerdotes prepararam e acenderam a fogueira no formato de um trono. Quando as chamas subiram, Efigênia ergueu a voz, invocando o nome de Jesus. Então, um anjo veio do céu, arrancou Efigênia das mãos inimigas e tornou-a invisível, aparecendo em outro lugar. Após esse milagre de libertação, Efigênia multiplicou seus esforços e o zelo pela conversão do palácio e de toda a Núbia”, conclui o parlamentar.

Texto

Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)