Projeto institui Trajeto de Memória Caminhos da Ditadura
Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que institui o Trajeto de Memória Caminhos da Ditadura na Capital. Trata-se de um conjunto de áreas públicas e estruturas do espaço urbano do município que evocam a memória histórico-social dos anos entre 1964 e 1985. A iniciativa é de autoria do vereador Giovani Culau e Coletivo (PCdoB).
Entre os objetivos do projeto, estão promover o conhecimento e a vivência sobre os lugares de memória da ditadura civil-militar na Capital; refletir sobre a memória e o legado do período ditatorial em Porto Alegre; fortalecer os debates sobre a nomeação de espaços públicos com homenagens às vítimas da ditadura; e reforçar a necessidade de criação de espaços de memória em diferentes bairros dedicados à memória e à história das vítimas.
O trajeto proposto tem os seguintes pontos: Teatro Leopoldina, que se localizava na esquina da rua João Telles com a av. Independência; Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, na av. Independência; Dopinho, na rua Santo Antônio; Esquina Maldita, entre a rua Sarmento Leite e a av. Osvaldo Aranha; Campus Centro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Praça Argentina; Loja Masson, que se localizava na rua dos Andradas; e Esquina Democrática.
Na exposição de motivos do projeto, Culau afirma que “carecem iniciativas por parte do município que proponham uma maior reflexão e conhecimento para a população sobre os lugares relacionados à violação de direitos humanos durante a ditadura civil-militar brasileira”. O vereador destaca que o trajeto é uma proposta de “política permanente de história e memória da cidade”.