PLENÁRIO

Projeto tomba mural do Daer como patrimônio histórico-cultural

  • Projeto de leii que entra em discussão na Câmara prevê tombamento de mural do DAER como patrimônio e impede alterações
    Mural fica localizado no prédio do Daer, na avenida Borges de Medeiros (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA - Uso público, resguardado o crédito obrigatório)
  • Na tribuna, vereadora Natasha Ferreira
    Natasha Ferreira (PT) (Foto: Ederson Nunes/CMPA - Uso público, resguardado o crédito obrigatório)

Entrou em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre projeto de lei que tomba como patrimônio histórico-cultural da Capital o mural de grafite localizado no prédio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A proposta é de autoria da vereadora Natasha Ferreira (PT).

O texto proíbe intervenções, obras ou procedimentos que alterem, modifiquem, removam, inutilizem, danifiquem ou descaracterizem o mural. Caso haja necessidade de obras, deverá ser garantida a manutenção da arte do mural em seu estado original. Cabe ao Executivo municipal determinar as restrições necessárias à preservação do aspecto histórico-cultural original da obra, conforme a proposta.

Mural

O mural fica localizado na lateral do prédio do Daer e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), na av. Borges de Medeiros. O grafite foi realizado pelos artistas Mauro Neri e Mona Caron.

“O mural retrata a planta nativa Justicia gendarussa, também conhecida como ‘quebra-demanda’, ‘quebra-tudo’ ou ‘vence tudo’, que cresce entre os braços de uma mulher negra”, destaca a vereadora Natasha na exposição de motivos do projeto. “Com 65 metros de altura e 15 metros de largura, a obra, iniciada em 2021, retrata Beatriz Gonçalves Pereira, mãe de santo, educadora e moradora da Ilha da Pintada. O trabalho foi planejado durante oito anos e é referência em arte urbana”, complementa.

“Este mural não é apenas uma obra de arte, mas também um importante marco artístico que reflete a criatividade e o talento dos artistas que o conceberam. Ele embeleza o espaço urbano e promove a arte pública como um meio de expressão acessível a todos os cidadãos. É fundamental que tomemos medidas para preservar esse marco, garantindo que futuras gerações possam apreciá-lo”, defende a vereadora.

Texto

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)